Luís Castro, treinador do Desportivo de Chaves, na sala de imprensa do Municipal Eng. Manuel Branco Teixeira, em Chaves, após a vitória por 2-1 frente ao Portimonense para a 31.ª jornada da Liga:

«Acho que o futebol é feito de erros e tivemos passes transviados que permitiram ao adversário ataques rápidos. Queremos diminuir isso. Jogo bom das duas equipas, procuraram sempre jogar um jogo de ligação, que o coração das equipas estivesse sempre em campo. O sector intermédio, a ligação foi sempre feita por aí, o que permitiu que o meio campo estivesse virado para o ataque e depois darem profundidade nos seus movimentos.»

«Estivemos bem ao longo do jogo. Vitória bem conseguida. Mesmo depois do 2-0 e 2-1, a equipa continuou a produzir jogo. Não se resguardou. Deixa-me satisfeito a forma como se entregou ao jogo de forma desinibida.»

«Em Portugal chegou-se à triste conclusão que quem ganha tem razão e quem não ganha não tem razão. O futebol é mais do que isso, mas ainda bem que ganhamos para ver se temos alguma razão.»

[Luta pela Liga Europa]

«Nunca o GD Chaves assumiu qualquer tipo de classificação em concreto. Assumiu que gostaria de ficar nos nove primeiros lugares da tabela. Trabalhámos muito ao longo do ano para isso. Tivemos algumas situações difíceis para ultrapassar. Algumas muito complicadas. Soubemos ter arte, engenho e a calma necessária para ultrapassar essas situações. Foi tudo fruto de um trabalho muito bom ao longo de toda a época dos meus jogadores, que só os amparei aqui e ali para conseguir chegar lá. Não sei se o quinto lugar vai dar lugar na Europa, por respeito a quem vai à final da Taça de Portugal. Queremos sempre o lugar acima e vamos procurar o sexto lugar.»

«Por vezes dizem que não se tem coragem para assumir [a luta pela Europa]. O que é isso de coragem? Quem são os tais bruxos no futebol que acham que se pode atingir um ou outro lugar só por dizer? Isso não existe no futebol. Há uma candidatura a jogarmos bem o próximo jogo e a tentar ganhar. Matematicamente somos candidatos, mas se isso é possível não sei. Não sei se o Aves perde a final. Não sei se podemos ganhar o próximo jogo. Se perdemos o próximo jogo e se ficamos matematicamente afastados, ou não. Agarramo-nos ao que é viável.»

«Gostaria muito que tudo isto motivasse muito Chaves e a região. Gostava de ver isso. De ver os adeptos a encherem o estádio, a viverem o clube, a sermos uma família em que quando alguém esta em dificuldade, alguém acolhe. Que quando o Chaves perde, a região apoia para ver se na próxima se atinge a vitória. A nós nem nos motiva mais nem menos, estamos sempre motivados em fazer o nosso trabalho, é a qualidade do nosso trabalho que nos motiva».