A temporada de 2016/17 é definitivamente uma temporada atípica na primeira liga portuguesa que já conta com dezassete mudanças de treinadores, depois desta terça-feira terem sido confirmadas as saídas de Manuel Machado do Arouca e de Jokanovic do Nacional, poucos dias depois de Augusto Inácio também ter rescindido com o Moreirense.

Somando às «chicotadas» as saídas «voluntárias» de Lito Vidigal (do Arouca para o Maccabi Telavive) e de Jorge Simão (do Desp. Chaves para o Sp. Braga), são já dezassete as alterações nos comandos técnicos das equipas da I Liga. Apenas cinco clubes - Benfica, FC Porto, Sporting, V. Guimarães e V. Setúbal - mantêm-se fieis ao treinador que iniciou a temporada.

O primeiro de todos foi Paulo César Gusmão, técnico brasileiro que assumiu o Marítimo no início da época mas durou apenas cinco jornadas à frente do cargo, tendo sido despedido a 19 de setembro.

No mês de outubro foi a vez de Júlio Velázquez deixar o Belenenses, no dia 6, e ainda Erwin Sánchez, que saiu do Boavista quatro dias depois.

Em novembro somaram-se, mais três saídas. Nuno Capucho deixou o comando técnico do Rio Ave no dia 10, Pepa saiu do Moreirense a 21 e Carlos Pinto rescindiu com o Paços de Ferreira no dia 28.

Em dezembro, no dia 11, foi a vez de Fabiano Soares também deixar o Estoril. Seguiu-se José Peseiro, com a mudança de Jorge Simão, e depois José Mota, que deixou o Feirense. A vez de Manuel Machado chegou ainda antes do final do ano.

Ao nono dia de 2017, Petit demitiu-se do Tondela e o clube recorreu a Pepa, que começou a temporada no Moreirense. E a 10 de fevereiro foi a vez de Vidigal, uma saída confirmada pouco depois da derrota do Arouca na Luz (3-0) que abriu a 21ª jornada. De forma rocambolesca, porque o clube e o treinador não quiseram comentar o tema na sala de imprensa, mas oficializaram a saída momentos depois. Manuel Machado, que começou a temporada no Nacional, é o homem que se segue em Arouca. 

Já este mês foi a vez do Estoril prescindir dos serviços do espanhol Pedro Gómez Carmona para ir contratar Pedro Emanuel, depois de ter começado a época com Fabiano Soares. Seguiu-se Augusto Inácio que, depois de ter conquistado a Taça da Liga, afundou-se com o Moreirense.

Nacional e Arouca juntam-se agora ao Moreirense e Estoril como os únicos clubes que já mudaram duas vezes de treinador. Petit, que tinha começado a época no Tondela, é também o terceiro treinador a treinar mais do que um clube na I Liga, depois de Jorge Simão (trocou o Desp. Chaves pelo Sp. Braga) e de Manuel Machado (começou no Nacional e está agora no Arouca).

Sobram, assim, cinco clubes que ainda não trocaram de técnico nesta edição da Liga: Benfica (Rui Vitória), FC Porto (Nuno Espírito Santo), Sporting (Jorge Jesus), V. Guimarães (Pedro Martins) e V. Setúbal (José Couceiro).

Alterações de treinadores na Liga:

Marítimo - Paulo César Gusmão, Daniel Ramos

Belenenses - Julio Velázquez, Quim Machado

Boavista - Erwin Sanchez, Miguel Leal

Rio Ave - Nuno Capucho, Luís Castro

Moreirense - Pepa, Augusto Inácio

Paços Ferreira - Carlos Pinto, Vasco Seabra

Estoril - Fabiano Soares, Pedro Gómez Carmona

Sp. Braga - José Peseiro, Jorge Simão

D. Chaves - Jorge Simão, Ricardo Soares

Feirense - José Mota, Nuno Manta

Nacional - Manuel Machado, Pedrag Jokanovic

Tondela - Petit, Pepa

Arouca - Vidigal, Manuel Machado

Estoril - Pedro Gómez Carmona, Pedro Emanuel

Moreirense - Augusto Inácio, Petit

Arouca - Manuel Machado, ainda sem sucessor

Nacional - Jokanovic, João de Deus