Richard Bevan, presidente da Associação de Treinadores da liga inglesa, saiu esta segunda-feira em defesa de André Villas-Boas, despedido ontem do comando técnico do Chelsea.

Villas-Boas numa cadeira sem tempo para sonhar

O dirigente assinala, em declarações à BBC Radio, que a decisão é «muito embaraçosa» para os «Blues», que «apesar de uma riqueza ilimitada ainda não perceberam como se constrói um clube bem sucedido».

«Ao vermos que se trata do oitavo treinador em nove anos temos de concluir que é muito embaraçoso. Se um clube tem frequentes mudanças no banco, acontecem situações como as que aconteceram ao Chelsea este ano. Quando se chega a um clube, as pessoas têm de se certificar que os objetivos e metas são claros desde o início. Têm ainda de ter a certeza que se consegue gerir as expetativas de jogadores, dirigentes, adeptos e até dos media», afirmou.

Bevan entende que Villas-Boas não teve tempo suficiente para impor as suas ideias: «Os jogadores têm de ter conhecimento de qual é a estratégia do treinador e que o seu trabalho não está em causa. Tem-se sucesso se houver tempo e a estabilidade vem daí. De outra forma é muito difícil para um treinador como o André impor a sua filosofia e construir uma equipa.»

O responsável também confirmou que falou com o técnico depois do anúncio da sua saída de Stamford Bridge. «Ele estava muito desapontado, frustrado e triste, mas os seus pensamentos estavam com o clube, os adeptos e Roberto Di Matteo. Desejou-lhe sorte para o resto da época.»