Os comissários do Dakar decidiram penalizar Carlos Sainz em 10 minutos, na sequência da queixa apresentada por Kees Koolen (fundador da Booking.com) na última sexta-feira. O piloto de quads reclamou que um dos concorrentes da Peugeot lhe acertou e não prestou o auxílio exigido no regulamento.

Analisada a queixa, os comissários concluíram através dos dados GPS que o piloto Peugeot em questão seria Carlos Sainz.

Acompanhado pelo navegador, Lucas Cruz, Sainz foi chamado a testemunhar perante os delegados de corrida do Dakar. O piloto contrariou a declaração de Koolen que reclamou não só não ter sido assistido por Sainz durante a etapa, como também ter sido vítima de abalroamento durante a ultrapassagem.

"Eu não toquei em ninguém. Vi o quad de Koolen, marquei o aviso de ultrapassagem (Sentinel) e ele desviou-se para me deixar passar. Subitamente, voltou para a pista e evitei-o por milagre. Se tivesse tocado, teria feito muitos danos. Ele perdeu o controlo quando marcou o aviso de ultrapassagem”, garantiu o espanhol ao jornal MARCA.“Não tenho espelhos ou algo parecido. Não o toquei e ele ainda estava na estrada. Deve ter sido um equívoco. Graças a Deus, consegui evitá-lo. Se tivesse tocado, teria parado”, acrescentou espanhol depois de ser ouvido pelos comissários FIA.  

A decisão está tomada. Sainz foi penalizado, mas mantém os 56 minutos de vantagem para o segundo classificado da geral, Nasser Al-Attiyah (Toyota) e 1h03 para Stéphane Peterhansel (Peugeot).