DESTINO: 90’s é uma rubrica do Maisfutebol: recupera personagens e memórias dessa década marcante do futebol. Viagens carregadas de nostalgia e saudosismo, sempre com bom humor e imagens inesquecíveis. DESTINO: 90’s.

ESQUERDINHA: FC Porto (1999 a 2001) e Académica (2003/04)

Chegou como um perfeito desconhecido, em janeiro de 1999. Demorou a entrar, mas quando começou a jogar nunca mais perdeu o lugar. A concorrência chegava, anunciava-se a substituição, mas só quando trocou o FC Porto pelo Saragoça de Espanha, no ano em que Octávio Machado chegou ao clube, deixou definitivamente de jogar.

Falamos de Esquerdinha, lateral que chegou oriundo do Vitória da Bahía e conquistou o seu espaço, fazendo da humildade e abnegação características mais vincadas do seu jogo. E também não se pode descurar o forte pontapé que fez muitas vezes saltar os adeptos no Estádio das Antes, fosse num tiro de fora da área ou num livre venenoso.

O Maisfutebol encontrou Esquerdinha na sua cidade natal, João Pessoa, na Paraíba, numa conversa que só termina quando acabam as questões e ainda leva o lateral a soltar um: «Pode perguntar mais coisas se quiser».

Esquerdinha continua apaixonado pelo FC Porto, humilde e orgulhoso do que conseguiu construir. E, meio a sério, meio a brincar, tem uma certeza, aos 45 anos: «Se aparecesse uma proposta para jogar, assinava na hora.»

Os números de Esquerdinha em Portugal:

1998/99: FC Porto, 12 jogos (1 golo)

1999/2000: FC Porto, 44 jogos (3 golos)

2000/01: FC Porto, 31 jogos (5 golos)

2003/04: Académica, 3 jogos

Esquerdinha na festa no Jamor, em 2000

Esquerdinha, a vida é boa longe do futebol?

É uma vida boa, não me posso queixar. Vivo aqui na zona da Paraíba com a minha família, uma vida tranquila. Tenho agora uma arena desportiva que vou alugando e uma escolinha de futebol. Graças a Deus, tudo em paz.

Então continua, de certa forma, ligado ao futebol?

Sim, sim. Não posso deixar, amo demais o futebol. Foi o meio de conseguir as minhas coisas, criei muitas amizades. Fazia o que gostava e fui parar numa equipa grande como o FC Porto. Por isso o futebol está-me no sangue. Não tem como parar. Apesar da idade, tenho de estar sempre perto da bola. Acho que se o tempo não pesasse ainda hoje estaria a jogar futebol profissional.

Se aparecesse algum clube ainda dava uma perninha, não?

Sem dúvida nenhuma. Assinava na hora (risos). De certeza que ia treinar muito, dedicar-me bastante. Adoro jogar futebol. Agradeço demais ao futebol tudo o que tenho hoje. Agradeço aos clubes onde joguei na Europa, principalmente ao FC Porto e ao Pinto da Costa, um cara que apostou em mim. Eu não fui para o FC Porto vindo de uma equipa de ponta, vinha do Vitória da Bahía, mas fui bem acolhido, confiaram em mim, pude mostrar o meu futebol aí e dar muitas alegrias aos adeptos do FC Porto, que são maravilhosos.

Tem saudades do Porto?

Muitas, mesmo. Em 2012 estive aí em Portugal para falar com o Jorge Mendes, que era o meu agente. O tempo que passei no FC Porto foi maravilhoso. Joguei aí cinco temporadas (ndr. Na verdade foram três) e foi incrível.

Voltando atrás, como se passou então a vinda para o FC Porto?

Estava no Vitória da Bahía e tinha sido tricampeão baiano. Estava a jogar muito bem e fui indicado ao FC Porto por um amigo que tinha jogado lá como central, o Lula, conhece?

Claro.

Pois, foi ele que falou de mim ao FC Porto. Eles andavam à procura de um lateral esquerdo e tinham observado muitos no Brasil, como o Serginho ou o Júnior. Mas o Lula indicou-me, até porque nesse ano estava a ser o melhor lateral esquerdo do campeonato brasileiro. Vieram ver-me jogar, gostaram de mim e fizeram a transferência. Graças a Deus não desapontei.

Chegou em janeiro, certo?

Isso. Tinha acabado o campeonato brasileiro de 1998. Fui a correr às pressas para Portugal, porque a janela de transferências ia fechar.

Foi mais difícil o início por chegar cá a meio da época?

Foi mais pelo frio (risos). Não estava habituado àquele clima. No Brasil jogava no Vitória e é muito calor. Já sentia bastante quando ia jogar a São Paulo para o campeonato. Em Portugal mais ainda. Tive muitas dificuldades no começo, pensei que não ia adaptar-me. Mas hoje posso quase dizer que nasci em Portugal (risos). Uma semana depois, com os treinos e esse negócio todo, deixei de sentir o frio. Habituei-me. Era pior para a minha família, eu como ia treinar sentia menos o frio, mas depois também eles se adaptaram e adoraram Portugal. Fomos muito felizes aí.

Um golaço de Esquerdinha a dar a vitória num jogo da Supertaça:

Como era trabalhar com Fernando Santos?

Foi um pai para mim. Eu não o conhecia e quando cheguei ele preocupou-se muito comigo. Disse-me para ter paciência, porque tinha de aprender algumas coisas. No Brasil eu jogava totalmente livre e em Portugal tive de habituar-me muito à marcação. Um futebol diferente, muito rápido, muito pegado, com muita marcação e força física. Mas ele [Fernando Santos] foi sempre falando comigo e dando-me força. E, graças a Deus, quando entrei adaptei-me bastante ao estilo de jogo dele, ao que me pedia para fazer. Dei conta do recado.

Pedia-lhe muitos cruzamentos para o Jardel?

Sem dúvida! Tínhamos essa referência muito grande chamada Mário Jardel. No final dos treinos, ficava sempre mais um pouco a cruzar para ele. E o Fernando Santos insistia muito nisso. A ideia era só uma: chegar à linha e nem olhar para o Jardel. Não olhar para quem estava na área. Meter lá a bola. Porque o Super Mário haveria de lá chegar. Ninguém tinha de se preocupar em meter a bola na cabeça do Jardel, ele é que ia procurar a bola. Treinávamos muito isso, o Fernando Santos cobrava muito este tipo de jogadas.

Portanto, era meter a bola na área e depois o Jardel fazia o resto...

É verdade. Na maior parte dos cruzamentos, não há essa ideia de meter a bola na cabeça do avançado. A gente manda a bola para a área, na esperança de sair boa e ele aparecer para desviar. Era como dizia o Fernando Santos: nem olha, cruza com precisão e ele vai aparecer. Portanto era só ter a certeza que ele estava na área, tomar um ponto de referência e colocar, mais ou menos, onde ele costumava aparecer. Normalmente ao segundo poste. Treinávamos muito isto. Eu, Drulovic, Capucho, Secretário...Depois nos jogos em três cruzamentos ele fazia dois golos. Fazíamos isto muito bem e, graças a Deus, fomos felizes.

Quando o Jardel saiu, o FC Porto passou uma fase difícil. Dizia-se que os jogadores continuavam a cruzar bolas mas não havia ninguém para empurrar. Foi difícil mudar o chip?

Tivemos de aprender outro estilo. Perdemos o ponto de referência que tínhamos, porque o Jardel era aquele fenómeno de cabeça. Pouco depois veio o Pena e tivemos mesmo de mudar o nosso estilo de jogar. Inclusivamente, antes da chegada do Pena até, o Fernando Santos falou comigo e deixou-me de fora num jogo com o Anderlecht, para a Liga dos Campeões. Queria mudar a nossa forma de jogar e o Rubens Júnior atacava mais, ele preferiu jogar com ele. Mas eu marcava muito melhor do que o Rubens Júnior. Não sei se foi por isso, também porque acabámos por ficar fora da Liga dos Campeões, o Fernando Santos voltou a usar-me, dizia que o estilo novo não estava a resultar. Graças a Deus o Pena veio, com aquela qualidade dele, a vontade de marcar, de não deixar o defesa jogar, aquilo tudo, e eu fui também feliz novamente. Eu e ele, porque o Pena foi o melhor marcador do campeonato.

Mas a forma de jogar acabou por mudar, de qualquer forma.

Sim, porque o Pena não era muito alto, era de estatura média. Apostámos noutras coisas. Eu, o Alenitchev, o Deco, fazíamos muitas combinações e conseguimos fazer do Pena o goleador do campeonato. Era muito diferente do Jardel, ele vinha atrás defender se fosse preciso. Quando chegou, marcava sempre. Todos os jogos havia um golo do Pena. Acho que até hoje ainda não apareceu no FC Porto um jogador como o Pena, que marcasse tantos golos seguidos.

Esquerdinha em ação contra Figo na Liga dos Campeões

Lembra-se do primeiro dia no FC Porto?

Lembro-me que quando cheguei ao aeroporto estava muita confusão. Tinha lá gente do FC Porto à espera, como o Caldeira, o Reinaldo Teles. E muita imprensa também. Pensei: bem, o que me está a acontecer? Senti um pouco de ansiedade, confesso. Nunca tinha passado por nada assim. Nunca tinha usado fato oficial, esse negócio todo. Quando vi tudo aquilo, depois com entrevista coletiva no estádio...Mas com o tempo fui-me habituando e perdi essa ansiedade inicial. Bastou começar a treinar e comecei logo a sentir-me em casa. Tinha os brasileiros que me ajudaram, como o Aloísio e o Doriva. Também os portugueses me acolheram muito bem. O Jorge Costa, Secretário, Peixe, Chainho...Disseram-me para trabalhar, que não era nada diferente dos outros campos e foi o que eu pensei para ficar à vontade.

E não se meteram consigo no início, com brincadeiras?

Ah, sim, sim (risos). Lembro-me que quando cheguei para o primeiro treino estava tão nervoso que fui para o meiinho e sempre que a bola vinha para mim eu acertava com ela no cara que estava no meio e ia para lá direto. Depois fizemos uma peladinha, eu era magrinho e tinha muita velocidade. O Paulinho Santos metia-se comigo, chamava-me urubu. ‘Que urubu é este? Este rapaz corre de mais. Olha para as perninhas dele’.

Pouco depois de chegar festejou o penta-campeonato. Como foi a festa?

Uma coisa do outro mundo. Nunca tinha passado por aquilo. Lembro-me que estávamos na luta com o Boavista. Íamos jogar em Alvalade contra o Sporting e o Boavista estava a jogar em Faro. Estava no balneário a trocar de roupa e entraram aos gritos a dizer que éramos penta-campeões. ‘Penta! Penta!’. Abriu-se logo champanhe. Fizemos a festa antes do nosso jogo, porque o Boavista tinha empatado.

Foram logo festejar...

Sim, mas além do jogo com o Sporting, ainda havia mais um, contra o Estrela da Amadora em casa. Aí sim foi a grande festa. Lembro que quando chegámos ao estádio já estava lá um grupo de mulheres que pintaram toda a gente, o nosso rosto, o cabelo. Coisa bonita, danada... Quando entrámos em campo, o estádio todo de azul e branco. Inesquecível. Ganhámos esse jogo 2-0 e fomos para a Avenida dos Aliados. Ali foi coisa de loucos mesmo, tenho até vídeos disso e de vez em quando vou ver para lembrar.

Esquerdinha em ação na Champions contra o Molde

O Esquerdinha também ficou conhecido pelos livres que marcava. Teve logo confiança para bater?

No Vitória joguei com o Petkovic e no final dos treinos ficávamos juntos a bater livre. Marcávamos trinta, cinquenta...Mas no jogo era quase sempre ele que marcava. Só que no jogo que o FC Porto veio ver, tive a oportunidade de bater e marquei golo. Acho que aquilo ficou marcado. Mal cheguei, o Fernando Santos já dizia para eu treinar livres. Eu, o Deco e o Drulovic ficávamos sempre a treinar. No futebol europeu há muitas faltas, o jogo é muito viril, muito entroncado. E por isso tinha de estar apto a bater.

E os outros cobradores do FC Porto, davam-lhe confiança?

Sem dúvida nenhuma. Quando treinávamos e as coisas não corriam bem, metia duas ou três na barreira, o Deco e o Drulovic eram muito de ‘vai Esquerda, vai Esquerda’. E depois lembro-me bem de um jogo de pré-temporada contra o Tenerife e o Domingos Paciência pediu para ser ele a marcar. Eu deixei, claro, mas ele chutou contra a barreira. Só que o árbitro mandou repetir porque a barreira tinha-se adiantado. E então o Domingos disse-me para ser eu a bater a segunda vez. Fui lá e fiz o golo. Então o Paulinho e o Paredes diziam: ‘Domingos nunca mais chegues sequer perto do Esquerdinha para bater’ (risos)

Jogar a Liga dos Campeões foi também especial?

Nunca pensei jogar uma Champions. Tivemos grandes jogos. Lembro-me de um contra o Bayern Munique em que faço um cruzamento para o Jardel marcar. Mas o que me recordo mais até é contra o Olympiakos que tenho aqui gravado e vou vendo de vez em quando. Fico até arrepiado. O FC Porto tinha empatado em casa e perdido fora com o Olympiakos no ano anterior e o balneário estava com muita fé para ir para cima deles. Vinham para mim e diziam: ‘Esquerda, esses caras tiraram a gente no ano passado, está na hora da vingança’.

Entraram em campo cheios de moral, então?

Como nunca. Fomos muito confiantes. No primeiro livre que houve fiz o 1-0 e no segundo tempo fiz uma jogada com o Drulovic, cruzo e o Jardel faz 2-0. Fui o melhor em campo nesse jogo, fiquei super feliz e ganhei muita confiança para uma bela temporada. Foi uma alegria muito grande.

Aquele jogo com o Bayern que falou é que já teve um final inglório.

Exatamente. Empatamos em casa 1-1 e lá em Munique, o Bayern fez 1-0, empatámos e eles marcaram no fim, num lance esquisito. O Deco sofreu falta, levantou-se, roubou a bola e o árbitro marcou falta do Deco. No livre foi golo. Deu uma confusão muito grande, porque o árbitro, que acho que era escocês, não fez bem o seu trabalho. Saímos injustamente.

Por que saiu do FC Porto, foi decisão de Octávio Machado?

Tinha muitas propostas, estava a jogar bem. Recebi propostas do Atlético Madrid, Celta de Vigo, Saragoça. E como o FC Porto estava a mudar de treinador, o Pinto da Costa dizia que era bom para mim e para o FC Porto sair. Mas deixou-me uma garantia: se as condições não me agradassem eu tinha a porta aberta para ficar. Continuaria jogador do FC Porto. Ficou tudo decidido no dia da apresentação da equipa nas Antas. Fizeram a negociação à noite.

Mas o Octávio chegou a falar consigo?

Não. Não sei se ele contava comigo ou não. Mas digo-lhe, por mim gostaria de ter ficado. Mas surgiu a negociação e infelizmente no futebol estas coisas são assim. Aparecem estas propostas, havia uma da Roma também, e o futebol é assim. Não deu para ficar e transferi-me para o Saragoça. Nunca treinei com o Octávio, ficou fechado no dia da apresentação da equipa.

Foi direto das férias para Espanha.

Isso. Ligou-me o Jorge Mendes a dizer para ir para Madrid e íamos resolver as coisas. Olhe, o Fernando Santos que tinha ido para o AEK Atenas ligou para mim a dizer que queria que eu fosse com ele, mas o Jorge Mendes achou que era melhor para mim jogar em Espanha do que na Grécia. O Fernando Santos compreendeu que Espanha é outro nível e disse-me que se não desse certo lá que me recebia na Grécia. Foi uma boa experiência no Saragoça, mas gostaria de ter ficado no FC Porto.

Até porque o FC Porto depois entrou numa fase de muito sucesso com o José Mourinho.

Exatamente. Era uma equipa já muito diferente da minha. Eu estava no Saragoça a torcer e depois na Académica, uma equipa que também me recebeu muito bem. Fiquei muito feliz pelo FC Porto.

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