DESTINO: 90’s é uma rubrica do Maisfutebol: recupera personagens e memórias dessa década marcante do futebol. Viagens carregadas de nostalgia e saudosismo, sempre com bom humor e imagens inesquecíveis. DESTINO: 90’s.

PAREDÃO: Académica (1992/93), Tirsense (1993 a 1995), Benfica (1995/96) e Alverca (1996/97)

Paredão em Portugal. Emerson Thome em Inglaterra.

Nos anos 90, a facilidade de acesso à internet não era a mesma dos dias que correm e, também por isso, a história do central que saiu do Benfica sem honra nem glória e se tornou figura de clubes como o Chelsea, o Sheffield Wednesday ou o Sunderland ganhou um cariz especial.

Com um nome diferente, muitos nem o reconheciam de imediato. Aquele central era o mesmo que ajudara a construir o melhor Tirsense da história e passara com pouco sucesso pelo Benfica de Artur Jorge e Mário Wilson, na turbulenta fase de transição entre a presidência de Manuel Damásio e Vale e Azevedo.

Hoje em dia, Emerson Thome deixou de vez a alcunha com que se fez jogador e trabalha no scouting do West Ham. Está várias vezes nos estádios portugueses a observar jogadores e aceitou o repto do Maisfutebol para recordar a carreira nos relvados lusitanos.

Os números de Paredão em Portugal

1992/93- Académica (II Liga), 3 jogos

1993/94- Tirsense (II Liga), sem dados

1994/95- Tirsense, 30 jogos (2 golos)

1995/96- Benfica, 12 jogos (1 golo)

1996/97- Alverca (II Liga), 16 jogos (1 golo)

Paredão no plantel do Benfica em 1995/96

Cinco anos em Portugal, nem todos bons, é certo. Como olha, passado este tempo para o seu percurso na Liga?

Não foi a fase mais feliz da minha carreira, mas tive muitos bons momentos. Comecei por ter uma experiência agradável na Académica, apesar de ter tido pouco tempo para jogar, por causa de burocracias e papelada. Por causa da antiga lei dos estrangeiros só tive condições de jogar quando libertaram um jogador que era o Earl, de Trinidad e Tobago, numa altura em que lá estavam também o Latapy e o Lewis. Ele depois saiu e entrei na vaga dele quase a meio de março. Fiz apenas três jogos na Académica, na II Liga, na altura. A Académica tinha uma equipa espetacular. Acabamos em quarto lugar, quase a subir de Divisão. Tinha o Zé do Carmo, Latapy, Lewis, Tó Luís. Uma equipa engraçada.

E chegou cá, para a II Liga, vindo do Inter de Porto Alegre, algo que hoje em dia não seria muito fácil…

Formei-me no Inter de Porto Alegre desde os 12 anos. Subi aos seniores e fui campeão gaúcho. Na equipa estava o Márcio Santos, Tafarell, Cuca...Uma equipa muito experiente. Também o Helcinho, que jogou no Farense, e o Dacroce, no Paços de Ferreira. Estes dois vieram comigo, aliás.

Outros tempos, não é?

São realidades muito diferentes. Não existia a observação que hoje há, a rodar o mundo todo. Havia o passa a palavra. E depois era na confiança: ninguém ia ver o jogador ao vivo, ninguém tirava a prova dos nove. Acreditavam no empresário, de acordo com a credibilidade que tivesse. E eram poucos empresários na altura. O Manuel Barbosa fez um negócio com o Inter por causa de um jogador que agora não lembro quem foi. E com isso ficou com direito sobre dois ou três jogadores que estavam a subir aos seniores e outros já da primeira equipa. Vim eu, Helcinho, Dacroce e um guarda-redes chamado César que não ficou. A transição era muito mais difícil.

O que conhecia de Portugal e da Académica nessa altura?

Vim para o desconhecido, completamente. Na altura conhecia Benfica, FC Porto, Sporting. Ouvia-se falar do Belenenses por causa do Marinho Peres e do Abel Braga. Ouvia-se falar do Vitória de Guimarães. Um bocadinho do Marítimo e do União da Madeira por causa das ligações aos brasileiros e do treinador Ernesto Paulo. Agora Académica, Penafiel…eram clubes de expressão nacional, mas pouco conhecidos internacionalmente. E vejam a dimensão do Inter de Porto Alegre. Hoje em dia até para FC Porto, Benfica e Sporting é difícil ir lá buscar jogadores.

Depois da Académica veio o Tirsense, que é aquele clube que, a par do Benfica, mais facilmente lhe associam em Portugal. Foi a sua melhor fase?

Posso dizer que sim. Tenho muito a agradecer ao mister Eurico Gomes. Ele descobriu-me num amigável da Académica em Paranhos, contra o Salgueiros. Contou-me que ainda nem tinha clube para o ano seguinte mas estava a ver jogos para descobrir jogadores e por casualidade viu aquele jogo e chamei a atenção dele. Quando foi para o Tirsense, falou com o falecido Manuel Barbosa e trouxe-me para o Tirsense. A Académica queria que ficasse, mas na altura o senhor Manuel Barbosa era quem, para dizer de uma forma sintética, tomava conta da minha carreira. E ele achou que era melhor mudar. Na altura veio também o Marcelo, meu grande amigo.

Ainda hoje se fala do Tirsense do Paredão e do Marcelo…

E depois ainda se associou o Giovanella. Havia muita qualidade. Foi uma etapa linda do clube e uma etapa linda minha. Havia já um grupo forte, experiente e os que vieram ajudaram a alicerçar o Tirsense. E o arquiteto de tudo foi o mister Eurico. Se ele hoje em dia tivesse a oportunidade de liderar uma equipa, não deixaria por menos. É uma pessoa de muito caracter e critério.

Nota-se, pela forma como fala, que é um treinador que marcou a sua carreira.

Completamente. Devo-lhe muito. Tive de lutar muito para chegar onde cheguei, mesmo tendo vindo de uma equipa de topo do Brasil. Apesar das ligações culturais, Portugal é sempre muito diferente do Brasil. Senti-me sempre muito bem apoiado tanto na Académica como no Tirsense. O Eurico, então, foi um pai espiritual para mim.

Que momentos guarda em especial daquele Tirsense?

Houve jogos muito interessantes. A nossa derrota, que foi um bocado caricata, com o FC Porto, no jogo em que o Vítor Baía defendeu uma bola com a mão fora da área. Também um jogo para a Taça com o Benfica, em Torres Novas, em que só perdemos mesmo no fim. Lembro-me de um golo ao Belenenses, no Restelo, outro ao Sp. Braga, em casa.

Quase só boas memórias…

Nem todas. Há uma que não esqueço e foi marcante. Ganhamos 2-0 ao União da Madeira em casa. Perdi a minha mãe na noite anterior. Joguei emocionalmente debilitado. O Marcelo, meu amigo desde sempre, marcou os dois golos e veio sempre comemorar comigo. Depois do jogo viajei para o Brasil para enterrar a minha mãe. Foi marcante pela vitória, mas triste por ter sido uma perda irreparável na minha vida.

Como surge depois a mudança para o Benfica?

A primeira equipa que me abordou, logo quando subi com o Tirsense, foi o V. Guimarães, do Quinito. Depois houve a possibilidade de me juntar ao Paulo Autuori no Marítimo. Mas a cumplicidade com o mister Eurico fez com que não olhasse ao lado financeiro e ficasse mais um ano no Tirsense. Depois desse ano, então, estava na hora de sair. Ele dizia que depois dessa época, em vez de ir, com todo o respeito, para um Belenenses ou um V. Guimarães, ia acabar num dos três grandes. Realmente aconteceu. A primeira abordagem foi do FC Porto e creio que o Sporting também chegou a falar com o Tirsense, mas a ligação mais forte do Manuel Barbosa ao Benfica fez com que fosse para lá.

Como era aquele Benfica?

Era um Benfica grandioso, como o de hoje. Sedento de troféus. Mas em turbulência. Um Benfica em fase de transição, que exigia que qualquer jogador que chegasse desse a resposta à altura, com um grupo de adeptos extremamente exigente. E sem margem de erro, para que um jogador tivesse tempo de crescer. Tinha perdido jogadores de prestígio, como o Vítor Paneira, Isaías, Mozer, Caniggia, Neno, Silvino. Foi uma fase de reconstrução do clube. Isso leva tempo para que os jogadores pudessem por em prática a sua qualidade. Não se faz de uma hora para a outra. Ainda para mais com jogadores jovens. Não se deu tempo.

Faltou paciência?

Exatamente. Não foi falta de qualidade. Posso citar uma série de nomes e todos eles estiveram bem e voltaram a estar bem, noutros lugares. Eu, Marcelo, Luís Gustavo, King...Foram jogadores que tiveram bons trabalhos noutros clubes e não lhes deram tempo. Houve também mudança na presidência. Saiu o Manuel Damásio, entrou o Vale e Azevedo. No ano seguinte, a maioria dos jogadores ligados ao Manuel Barbosa saiu do Benfica. Acredito que o Benfica se restruturou de uma maneira nos últimos anos que já dá aos jogadores o suporte que no nosso tempo não havia. A estrutura é forte, o jogador cresce, tem tempo e desenvolve-se. Se calhar chegaram jogadores de uma craveira e um patamar menor do que o nosso e consolidaram-se na equipa.

Fez 12 jogos no Benfica, mas raramente foi titular em dois jogos seguidos. Isso também o prejudicou?

Isso dificulta, claro. Independentemente das circunstâncias, havia o Ricardo Gomes que era capitão da seleção brasileira, um ídolo do clube e um senhor central. Um gentleman dentro e fora do campo. Depois havia o Hélder, meu amigo até hoje. Era internacional por Portugal. Depois havia o Paulo Pereira, que tinha vindo do FC Porto campeão. E depois havia as migalhas: eu, o King e o Veríssimo que estava a subir aos seniores. Fui jogando naquilo que ia sobrando, passe a expressão.

Alguma vez falou com o treinador para perceber por que não jogava tanto?

Sabe o que aconteceu? Eu apanhei o Artur Jorge na segunda época e ele só fez meia dúzia de jogos até ser despedido. Foi o Mário Wilson a pegar na equipa. E o critério dele estava definido. Havia uma frase que ele dizia sempre: ‘isto aqui é o Ricardo e mais dez’. E o Ricardo até estava numa fase difícil, com lesões, mas sempre que estava disponível, melhor ou pior, jogava. Não interessava se eu ou o Paulo Pereira ou quem fosse jogasse bem quando o substituía. Fiquei muito limitado por isso, mas respeitei sempre.

No final dessa época ficou logo definido que ia sair do Benfica?

Lembro-me que fizemos uma viagem para Macau onde seriam testadas algumas opções. Mas não me esqueço que foi dito que independentemente da minha competência, eu não ficaria no plantel. A pessoa que falou comigo na altura disse que era algo que ultrapassava a questão técnica. Perante isto, já sabia que não ficava no plantel e até tive problemas para resolver a minha vida profissional.

Problemas?

Sim. Tive uma oferta para ir para o Valladolid, estava tudo certo com eles. Também podia ter ido para o Salamanca, do Giovanella e do Pauleta. Mas nunca ficou acertado. Foi colocada a hipótese de ir para outros clubes da I Divisão e foi-me negada por uma questão financeira. Acabei por ser obrigado a ficar no Alverca, porque não havia entendimento entre o meu empresário e o clube. Acabei por ser prejudicado. Fiquei seis meses sem jogar, fui depois obrigado a jogar no Alverca que estava a lutar para não descer na II Divisão. E no ano seguinte nem no Alverca me deixaram jogar.

Como resolveu isso então?

Chegou a uma altura em que a situação era insustentável. Nem estava inscrito no Benfica, nem no Alverca. De certa forma fui empurrado para fora por causa da minha situação com o empresário. O clube não se entendia com o empresário, mas também não soube aproveitar o produto. Acho que toda a gente saiu prejudicada. Acabei por rescindir em finais de janeiro de 1998, sem ter feito qualquer jogo nesse ano.

E o treinador do Benfica, nunca lhe disse nada perante esse cenário?

Essa até é engraçada. Quando eu saí do Benfica o treinador já era o Graeme Sounness. E quando fui para Inglaterra e fiz a carreira que fiz, ele ficou maluco quando soube que eu tinha sido jogador do Benfica e ele nem me pôde avaliar. Quis levar-me duas vezes para o Blackburn Rovers.

Percebeu logo que a decisão nunca foi dele, não é?

Nunca. Ele nem sabia que eu existia, porque eu era um fantasma dentro do clube. Mas há males que vêm por bem. Tenho muita mágoa, tristeza, mas quero é falar das coisas boas.

E falar de coisas boas é falar da carreira em Inglaterra. E já com novo nome. Deixou o Paredão e passou a ser Emerson Thome, o seu nome de batismo. Porquê a mudança?

Sempre fui um jogador potente, agressivo, daí a alcunha até. Nunca fui tecnicamente fora de série. Não era um David Luiz. Mas esses são muito raros. Até porque o David Luiz começou por ser ponta de lança, depois médio e só mais tarde baixou para central. Eu era um central mais físico, à moda antiga.

Era mais um Mozer…

Exatamente. Com todo o respeito ao Mozer, que foi internacional brasileiro. Mas o perfil era esse. Ou Jorge Costa. Em Inglaterra, então, queriam colocar na minha camisola The Wall. Não deixei. Repare, eu sabendo a virilidade que havia no futebol inglês, o tamanho dos pontas de lança ingleses…Eu marquei muitos bichos, muitas feras...E só pensava: eu não posso ser o Paredão no meio dessas feras. Disse logo: ‘Bota aí o meu nome, porque o Paredão precisa de desaparecer. Se não quando entrar em campo, vai ser uma luta...’

Foi para baixar as expectativas (risos).

Isso (risos). Ficou Emerson Thome que é o meu nome real. E em Portugal muita gente nem associava logo a mim. Lembro-me de alguns adeptos do Benfica dizerem que não era a mesma pessoa, que era impossível lá jogar assim, quando estava no Chelsea ou no Sheffield Wednesday, e aqui não conseguia jogar. A minha questão é: será que foi dado o tempo ao jogador? Sempre vou insistir nisso. Não é autodefesa. É a minha forma de rebater a crítica. Chamavam-me tosco, diziam que não tinha qualidade. Mas a minha resposta é esta. Um jogador que não servia para o Benfica conseguiu servir para jogar a Liga dos Campeões e um futebol de topo como o inglês, que já na altura era.

Paredão, já Emerson Thome, em ação contra Ryan Giggs

Qual foi a experiência que gostou mais em Inglaterra?

Tive lesões graves. Fiz quatro operações aos joelhos e uma ao malar, num lance com o Scott Parker. Mas as experiências foram todas maravilhosas. O Sheffield Wednesday foi o clube que me abriu a porta. O Chelsea levou-me para a ribalta. O Sunderland foi o clube que mais investiu para me contratar. Fui a contratação mais cara do clube durante quatro ou cinco anos. No Wigan e no Bolton também foi muito bom. O Bolton era um clube ioiô e acabamos por acabar o campeonato em sétimo e ir á final da Taça.

Nunca mais teve uma abordagem para voltar a Portugal?

Olhe, tive uma abordagem para ir para a Itália. Na altura foi o Vialli, que me levou para o Chelsea, que me queria levar para a Juventus, mas não quiseram pagar os valores pedidos. Mas só o facto de a Juventus me ter feito uma abordagem já me deixou nos píncaros. Estive com um pé no Olympiakos, também estive para voltar para o Cruzeiro, para ir para o México, para o Celta de Vigo...Mas em Portugal, nunca mais.

Hoje em dia, o Emerson trabalha no scouting, não é?

Tive uma abordagem por parte do Everton, estive lá sete anos e agora estou na terceira temporada com o West Ham. Fiz dois níveis do curso da UEFA de treinador. Acho que tinha perfil para ser treinador. Declinei um convite do Stuart Baxter para me juntar a ele no Elfsborg, onde estava o Henrik Larsson, porque a minha esposa estava grávida. Tive de pensar na família. Depois veio então o convite para o scouting. Pensei que seria algo mais na brincadeira, mas tem evoluído imenso esta área. É preciso raciocinar como ex-praticante, mas não só.

Como é que os clubes ingleses olham para o mercado português?

Como é que vou explicar isso sem magoar nem exagerar? Tenho de arranjar um meio-termo. É assim: existem dois fins em Portugal, mas não há meio-termo. Não há classe média no futebol português. Quando se está lá em cima é preciso pagar muito...

E se estiveram lá em baixo, não se interessam…

É muito, muito difícil convencer. Digo só assim. Não é problema do jogador, porque se tiver personalidade vai adaptar-se bem. Mas como a Liga portuguesa é apenas regular, acaba por ser curto, com todo o respeito, para os clubes ingleses. Aparece alguma coisa, mas não com a fluidez com que aparece, por exemplo, em Espanha. Mas Portugal continua a ser um viveiro de talentos, isso não há dúvidas. 

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