Sete dirigentes da FIFA, entre os quais dois vice-presidentes do organismo, foram, na madrugada desta quarta-feira, detidos na Suíça, a pedido da Justiça norte-americana, que solicitou a sua extradição para que sejam julgados por corrupção.

As detenções foram levadas a cabo pela polícia suíça, no luxuoso hotel Baur au Lac, nos Alpes, onde os dirigentes se reuniam para o um encontro anual.

Em causa estarão suspeitas de corrupção nas duas últimas décadas, envolvendo os concursos dos Mundiais de futebol, negócios de marketing e transmissão de jogos.

As primeiras informações foram avançadas pelo jornal New York Times, que identificava Eduardo Li, da Costa Rica, e afirmava que Jack Warner, antigo vice-presidente da FIFA, «está entre aqueles que devem enfrentar acusações nos Estados Unidos». O departamento de Estado norte-americano confirmou entretanto as informações, falando em suspeitas de corrupção «ao longo de 24 anos» em torno de nove dirigentes da FIFA, sete dos quais foram detidos. 

As autoridades suíças também revelaram esta manhã um processo paralelo de investigação aos processos de atribuição dos Mundiais 2018 e 2024.

Entretanto, a FIFA foi surpreendida pelas detenções mas diz que é parte lesada. E garante que as eleições marcadas para sexta-feira, onde Joseph Blatter corre para um quinto mandato, vão manter-se como previsto.

A UEFA já anunciou a convocação de uma reunião extraordinária do seu Comité Executivo na sequências destes acontecimentos.

Artigo atualizado (original 8h06)