Há dois anos, Diego estava perto do seu sonho. Internacional português pelas camadas jovens, viveu de forma madrugadora aventuras que muitos dos que ambicionam, um dia, vir a ser jogador de futebol nunca conseguem. Hoje tem 23 anos e defende a baliza do Vilaverdense, da II Divisão B. A vida andou para trás, Diego quer voltar onde esteve. Afinal, esteve tão perto...
«Já andei lá por cima e trabalho para lá voltar. Estive no Sp. Braga na equipa que esteve na Champions com o mister Domingos Paciência. Tive momentos felizes. Também joguei em Wembley pela seleção, outro momento que me marcou.Mas é claro que não posso apenas olhar para trás. Tenho de tentar dar o máximo de mim para voltar a uma equipa de topo e jogar na Liga», conta Diego, no final da goleada sofrida em Guimarães, para a Taça de Portugal.
Diego passou a maior parte dessa temporada no Vizela, na altura equipa satélite dos bracarenses. Mas a escassez de opções levou-o, muitas vezes, aos treinos da equipa principal. Era uma promessa. Agora quer recuperar o tempo perdido.
É certo que o resultado de Guimarães não ajuda muito. «É ingrato para o guarda-redes. As pessoas amanhã vão comprar o jornal, vão ver o resultado e pensar que aquele guarda-redes não deve ter feito nada no jogo para sofrer seis golos. Mas ainda fiz algumas defesas. Vinha aqui para mostrar o meu valor, fiz o meu melhor mas não defendi as bolas todos», lamentou.
A culpa, explica, esteve na forma como o Vilaverdense entrou em campo. «Contra uma equipa da Liga não podemos jogar tão abertos e com as linhas tão afastadas», opina.
Mas os seis golos sofridos não desmoralizam e Diego não perde a fé. Aliás, o guarda-redes deixou o balneário em Guimarães com uma Bíblia junto ao saco. «Anda sempre comigo, mas hoje não deu sorte», lamentou. Fica para a próxima.
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