Depois de vários jogos de ausência, Diego regressou ao onze portista. Colectivamente é verdade que o jogo não correu nada bem, mas individualmente o brasileiro diz que não leva motivos que lamentar. «Vi o meu regresso da melhor maneira», garante. «Foi um jogo complicado, frente a uma equipa que coloca dez jogadores atrás da linha da bola, e o meio-campo é sempre o sector que sofre mais com isso. Mas percebi que não podia ir lá pela técnica e tentei sacrificar-me. Acho que dei a minha contribuição para a equipa».
A substituição quando ainda faltava quase meia-hora para o final não o aborreceu. «Preparo-me durante a semana para jogar os noventa minutos, mas tenho de perceber que a saída é sempre em favor do colectivo e se for para dar certo não há problema», começou por dizer. «Naquela situação foi uma opção do treinador. Tínhamos acabado de fazer o golo e não se justificava continuar com apenas três defesas, jogando quase mano-a-mano. Por isso aconteceu a minha substituição para colocar mais um defesa».
«Os interesses de clubes brasileiros? É sinal que há algo de errado no facto de eu não jogar»
A perda da titularidade indiscutível, acentuada pelas evidências nos últimos tempos, tem sido encaixada com algum desportivismo. O que não quer dizer que seja encaixada com conformismo. «Não, não fico desiludido», garante. «Sei da minha qualidade e do meu potencial». O que o leva a acrescentar que se deve tratar apenas de uma situação temporária. «É lógico que não gosto de ficar de fora, como nenhum jogador gosta, e nunca vou conformar-me com isso. Apesar de respeitar as opções. Mas meu lugar não é o banco de suplentes e tenho trabalhado todos os dias para o provar».
Enquanto isso, enquanto continua a jogar a espaços e nunca os noventa minutos completos, vão continuando a chegar notícias de interessados no Brasil. Primeiro foi o S. Paulo, depois o Santos, na última semana falou-se do Fluminense. «Por um lado é bom que esses interessados continuem a aparecer», garante «É sinal que alguma coisa de errado tem estado a acontecer no facto de eu não estar a jogar. Mas a minha vontade é continuar no F.C. Porto, estou muito satisfeito aqui e quero continuar». Pelo que os interessados podem esperar. «Por enquanto não vejo hipótese nenhuma de regressar ao Brasil».