Nome: Dino Zoff

Data de nascimento: 28/02/1942

Posição: Guarda-redes

Nacionalidade: Italiano

Internacionalizações: 112

Período de atividade: Jogou entre 1961 e 1983

Clubes que representou: Udinese (1961-63); Mantova Calcio (1963-67); Napoles (1967-72) e Juventus (1972-83)

Principais títulos conquistados: Campeão do Mundo pela Itália (1982); Campeão da Europa (1968); seis vezes campeão de Itália (1973, 75, 77, 78, 81 e 82), sempre pela Juventus; duas vezes vencedor da Taça de Itália (1979 e 1983) e uma Taça UEFA (1977)

Um caso sério de longevidade. Se é verdade que os guarda-redes jogam, geralmente, mais uns anos que os outros jogadores, Dino Zoff é um dos melhores exemplos que confirmam essa tese. Capitão da seleção italiana que venceu, de forma surpreendente, o Campeonato do Mundo de 1982, em Espanha, Zoff foi um dos esteios da squadra azurra que conquistou o ceptro. Tinha então... 40 anos. Nunca um guarda-redes foi campeão do Mundo numa idade tão avançada.

Uma carreira recheada de sucessos, que durou mais de duas décadas, colocou Dino Zoff na galeria dos melhores guarda-redes que o futebol mundial já conheceu. O segredo do seu sucesso não é assim tão difícil de explicar. Zoff simboliza um daqueles jogadores que têm tudo para fazer uma carreira sem mácula - e por muitos e bons anos: sobriedade, elegância, humildade e uma enorme segurança entre os postes. O caldo de virtudes proporcionou-lhe um palmarés só reservado aos eleitos. Manteve-se no top durante 22 anos, foi internacional pela seleção do seu país por 112 vezes, participou em 570 jogos da Série A italiana, ao serviço de quatro clubes diferentes. Mas foi, sem dúvida, na Juventus que Dino Zoff atingiu o patamar dos eleitos. Viveu uma fase de ouro da vecchia signora, ajudando-a a colecionar títulos em Itália e nas competições europeias.

A regularidade de Zoff permitiu-lhe alguns recordes pessoais curiosos. Pela Juventus, foi titular em 213 jogos consecutivos (entre Setembro de 1965 e Março de 1972). Um dos feitos de maior relevo foi o período durante o qual manteve as redes da squadra azurra invioladas: 1143 minutos de jogo! Entre Setembro de 1972 e Junho de 1974, Zoff não sofreu um único golo ao serviço da seleção italiana. Um ano e nove meses. É obra.

Em 1968, Zoff conquistou o seu primeiro grande título, ao ser o guarda-redes da seleção italiana que foi campeã europeia. Mas foi preterido em favor de Albertosi no mundial do México, dois anos depois. Uma excepção numa saga impressionante: nos mundiais de 74, 78 e 82, a baliza italiana apenas conheceu um dono: obviamente, Dino Zoff.

Depois do êxito em 1982, Zoff realizou uma última temporada, já com 41 anos. Mas o fim já estava próximo e a glória do mundial de Espanha esteve muito longe de se repetir. Acabou por fazer parte do fracasso que constituiu para a Itália o não apuramento para o Campeonato da Europa de 1984, em França, e teve algumas culpas na derrota da Juventus na final da Taça dos Campeões Europeus (para os alemães do Hamburgo, 1-0) e na não perda do scudetto para a Roma. Apenas pormenores que estão muito longe de ensombrar um percurso simplesmente espetacular.

Figura altamente respeitada em Itália, Zoff continuou no futebol depois de ter descalçado as luvas. Como treinador, venceu uma Taça UEFA, em 1990, pela sua Juventus. Foi selecionador italiano, para além de ter sido treinador, vice-presidente e presidente da Lazio. A carreira de técnico terminou com uma passagem pela Fiorentina.