Os futebolistas profissionais são uma classe com elevado risco de desenvolver doenças cerebrais, que podem causar demência, indica um estudo divulgado esta quarta-feira na revista Acta Neuropathologica.

O estudo analisou 14 futebolistas aposentados e com sintomas de demência que começaram a jogar futebol na infância ou juventude.

Exames ‘post mortem’ realizados a seis atletas mostraram que quatro deles tinham sinais de Encefalopatia Traumática Crónica (CTE), distúrbio cerebral também observado em antigos praticantes de futebol americano e pugilistas.

Estes dados ficam muito acima da taxa média de 12% encontrada na população em geral.

«As conclusões do nosso estudo mostram uma ligação potencial entre a prática do futebol profissional e a CTE», disse a diretora do estudo, Helen Ling, do Instituto de Neurologia do University College de Londres.

Helen Ling considerou que «há uma necessidade premente de identificar o risco», acrescentando: «É necessário um estudo em grande escala, com a cooperação da federação inglesa de futebol e da FIFA».