Domingos Paciência é sinónimo de esperança em Alvalade. Enquanto não chegam reforços sonantes, é o novo técnico quem gera maior entusiasmo, e na apresentação conseguiu reunir 250 adeptos no Auditório Artur Agostinho. «Venho para ganhar», anunciou.

«É um grande desafio. É um passo enorme e não quero falhar», disse o novo dono do banco leonino, que assinou um contrato válido por duas épocas e assumiu a intenção de lutar pelo título: «O Sporting deve lutar pelo primeiro lugar. Quando o presidente falou comigo, com a ideia de concretizar essa ambição, eu disse que podia contar comigo.»

Antes de se apresentar aos adeptos e aos jornalistas na sala de imprensa, Domingos passou pelo museu. Mostrou-se rendido à história do clube, mas lembrou que «no passado não se pode mexer». «Vamos mexer no presente e no futuro», acrescentou.

A pressão em Alvalade é superior à de Braga, onde Domingos fez um excelente trabalho, mas o técnico garante estar preparado: «A responsabilidade existe em tudo na vida. Acreditamos no nosso trabalho, e que é possível fazer muito melhor do que na época passada. Quem acredita no trabalho está mais perto do sucesso.

Sobre as mudanças esperadas no futebol falou-se muito pouco. Domingos limitou-se a dizer que as pessoas responsáveis estão a trabalhar no sentido de lhe dar condições para lutar pelo título, e realçou a importância do «critério de escolha». «Temos qualidade no plantel e na formação. Quem vier tem de acrescentar, e vamos tentar que errar menos», sustentou.

Depois de ouvir o presidente Godinho Lopes falar na «fome de vitórias e de bom futebol» que os sportinguistas sentem, Domingos manifestou a vontade de «fazer com que os adeptos tenham prazer em vir ao estádio». O líder do clube, que foi o primeiro a usar da palavra, assumiu ainda que a seu lado tinha «o treinador escolhido desde o primeiro momento».

A terminar a cerimónia na sala de imprensa, Domingos recebeu o cartão de sócio com o número 87.741, para além de uma camisola com o seu nome e o número um. Depois seguiu para o relvado, onde foi recebido por algumas crianças do clube. Voltou a usar da palavra para pedir união à «grande família» sportinguista, e acabou a distribuir algumas bolas para a bancada.

[artigo actualizado]