Domingos Paciência sublinhou, por mais de uma vez, a entrega dos seus jogadores, que nunca deixaram de tentar aumentar a vantagem, mesmo com a vitória aparentemente segura: «Há jogadores que têm um coração enorme, e querem mudar os acontecimentos, proporcionando grandes jogos e grandes vitórias a estes adeptos», frisou.

Carrillo, mais uma vez titular, foi muito aplaudido pelos adeptos, e fica ligado à história do jogo pela iniciativa sensacional no lance do 1-0. Nada que tenha surpreendido o seu técnico: «Carrillo é um jogador jovem, como outros, cujo trabalho durante a semana me permite conhece-lo melhor. Estou a pensar nele, mas também no Rubio e no Arias, para mim é importante conhecê-los. A prova é o que fez neste jogo, na linha do que já tinha feito em Zurique e em Vila do Conde. Não tenho dúvidas de que conheço melhor alguns jogadores do plantel do que há umas semanas», admitiu.

Sempre avesso a euforias, o técnico recusou-se a entrar em comparações directas com os rivais F.C. Porto, Benfica e Sp. Braga, agora apenas a três pontos, no topo da tabela:

«Temos consciência do trabalho que temos pela frente. As vitórias ajudam, mas há pormenores que vos escapam. Por exemplo, o Insúa e o Elias jogaram aqui hoje pela primeira vez e nunca tinham pisado este relvado antes de quinta-feira, num treino de adaptação. Parecendo que não, esse tipo de coisas implica adaptações. São esses aspectos que temos de ir resolvendo, para que se torne mais fácil jogar em casa como o fizemos hoje», concluiu.