Domingos Paciência faz uma abordagem pragmática à recepção ao Liverpool. Se o Sp. Braga «venceu o Benfica», então pode muito bem «vencer qualquer equipa». O lenitivo do triunfo de domingo tem acompanhado o grupo de trabalho arsenalista e é com essa força motivadora que os minhotos entrarão em campo frente aos reds, na primeira-mão dos oitavos-de-final da Liga Europa.

«Gostaria que esses resultados surgissem mais vezes. Tenho sido obrigado a mexer na equipa várias vezes devido a lesões e isso retira alguma qualidade e continuidade. Mas o que fizemos contra o Benfica demonstra que podemos ganhar a qualquer equipa. Queremos deixar tudo em aberto para a segunda-mão. Pode acontecer qualquer resultado», disse Domingos, na conferência de imprensa desta quarta-feira.

«Queremos voltar a fazer história»

Apesar do optimismo, não há ponta de vaidade ou facilitismo. Domingos conhece o Liverpool «na perfeição» e até nomeia os principais perigos públicos para o Braga. Mesmo na ausência de Steven Gerrard e Luís Suarez, o Liverpool possui argumentos de respeito.

«Dirk Kuyt, Andy Carroll, Raul Meireles... enfim, atletas de grande qualidade. Conhecemos todos muito bem, pois os jogos deles entram pela nossa casa adentro. O futebol inglês é diferente dos outros, tem uma grande incerteza e por isso é que gostamos de o ver. É um futebol espectacular.»

«O Liverpool tem mais amplitude do que o Arsenal»

Numa abordagem mais pormenorizada ao estilo de jogos dos reds, Domingos Paciência falou sobre um colectivo com um futebol «apoiado e intenso». «São rápidos na frente, têm avançados potentes e assentam o seu jogo nos dois médios mais defensivos e nos dois extremos.»

Na liga inglesa, o Liverpool está bem atrás de um Arsenal que até já perdeu no Estádio AXA esta época por 2-0. Quererá isso dizer que os homens de Anfield são mais acessíveis?

«Não. O Liverpool é uma equipa muito difícil. Vem de uma vitória sobre o Manchester United e a qualquer momento põe tudo o que sabe cá fora. É diferente do Arsenal. O Liverpool é mais profundo, tem mais amplitude no seu jogo. O Arsenal joga com as linhas mais próximas.»
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