O Benfica já foi notificado do controlo antidoping positivo a Paulo Barata, jogador de râguebi, que acusou positivo. A revelação foi feita por Fernando Tavares, vice-presidente para as modalidades, que em declarações ao Maisfutebol fala da independência do râguebi: «Confirmo o controlo antidoping positivo. Já recebemos a nota de culpa, apresentámos as nossas alegações e agora aguardamos pela decisão da Comissão Disciplinar, mas acreditamos que nada de grave se irá passar. Ressalvo que o râguebi é um desporto amador, autónomo e não há ligação do Benfica com o departamento médico. Como modalidade amadora há menos informação das substâncias que não se podem ingerir.»
Apesar de defender a independência do râguebi na estrutura encarnada, Fernando Tavares ressalva as razões que, defende, terem estado na base do controlo antidoping positivo de Paulo Barata: «O jogador estava a tomar medicação para a queda de cabelo», defende, numa leitura diferente de Luis Horta. O director do Laboratório de Análises e Dopagem disse, à agência Lusa, que o jogador «não solicitou a autorização para o recurso à terapêutica» e mesmo que o fizesse o CNAD (Conselho Nacional Antidopagem) teria recusado pois «nem em Portugal, nem a nível mundial é autorizado».
«Ele não informou o CNAD nem sabia que tinha de informar pois estava na sua inocência de que não havia qualquer problema. Ele já tinha sido controlado numa prova internacional da selecção e disseram-lhe que não havia problema de tomar aquele medicamento», considera Fernando Tavares.
Críticas para Luís Horta
O controlo positivo a Paulo Barata é o terceiro a jogadores do Benfica esta época, depois de Nuno Assis e do basquetebolista António Tavares. O vice-presidente das modalidades do Benfica não poupa críticas a Luis Horta: «No fundo lamento que um funcionário público utilize matéria sigilosa para ser protagonista e que o Secretário de Estado assista a esta imprudência sem se pronunciar. Esse senhor não tem o direito de vir para a praça pública falar de matéria sigilosa do Benfica e de um atleta do Benfica.»
O Maisfutebol contactou Luis Horta para que este se pronunciasse sobre a leitura diferente que o Benfica tem das razões para o controlo antidoping positivo e sobre as críticas de que é alvo, mas o director do Laboratório de Análises e Dopagem declarou «não ter mais nada a dizer sobre o assunto».
Fernando Tavares diz ainda que o Benfica aguarda pela «nota de culpa» do controlo de António Tavares, para depois apresentar as alegações referentes aos dois controlos positivos ao basquetebolista, durante o mês de Dezembro. Recorde-se que o clube da Luz defende que este atleta acusou positivo também devido a um medicamento para a queda de cabelo.