O futebol foi a modalidade com mais casos de «doping» registados durante o ano de 2010, de acordo com os dados divulgados pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP). No «desporto-rei» foram detectadas quinze violações, mais quatro que no ciclismo. Durante o último ano foram recolhidas um total de 3.632 amostras, as quais detectaram 60 infracções.

De referir, ainda assim, que o ciclismo apresenta um registo superior ao futebol na relação entre o número de amostras recolhidas e casos positivos (2,51 por cento, contra 1,12). O primeiro lugar deste «ranking» vai para o minigolfe (um caso positivo em três amostras, que equivale a 33,3 por cento).

O futebol foi, no entanto, a modalidade que registou o maior aumento no número de casos positivos, já que em 2009 tinham sido apenas quatro. O ciclismo subiu de dez para onze, mas quatro dos casos de 2009 tinham sido em competições internacionais.

Das quinze violações registadas no futebol, oito estão relacionadas com o consumo de drogas sociais, algo que o director da ADoP interpreta como um reflexo da sociedade. Luís Horta destacou ainda a importância dos controlos fora de competição, que contribuíram para quase um terço das amostras recolhidas. «É cada vez mais necessário realizar controlos inteligentes, realizados na altura certa, no dia certo e adaptados a cada caso», explicou o responsável, citado pela agência Lusa.

No dia em que foram apresentados os números de 2010, o Secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, fez questão de reforçar a aposta no combate ao doping, garantindo que a mesma «não vai ser afectada por eventuais cortes orçamentais».