A polícia italiana fez esta segunda-feira uma busca no hotel onde os velocistas jamaicanos Asafa Powell e Sherone Simpson estavam hospedados, em Lignano Sabbiadoro, onde disputariam um meeting terça-feira.

Os quartos dos atletas e do preparador físico canadiano Christopher Xuereb foram revistados e os medicamentos e suplementos musculares que foram encontrados foram apreendidos para serem analisados. O treinador foi interrogado até de madrugada.

«Estamos a examinar as substâncias agora. Nenhuma prisão foi efetuada e ninguém foi colocado sob investigação», disse o responsável policial.

Powell, ex-recordista mundial dos 100 metros, e Simpson, da equipa feminina jamaicana que conquistou a prata nas estafetas de 100 metros dos Jogos Olímpicos de Londres, acusaram o uso do estimulante oxilofrina num controlo. Esta substância faz parte da lista das proibidas pela Agência Mundial Antidoping.

Os atletas foram informados sobre os resultados na manhã de sábado. A notícia do teste positivo de Powell e Simpson surgiu no mesmo dia em que o norte-americano Tyson Gay, outro velocista de grande destaque dos 100 metros, revelou que também teve resultados positivos num teste antidoping.

O agente de Asafa Powell, Paul Doyle, afirma que, quando teve conhecimento de que os atletas acusaram positivo nos controlos, suspeitou de imediato do treinador. Admite ainda que não fez «uma investigação cuidada ao preparador físico» e que a contratação acabou por ser feita de forma apressada.

Segundo Doyle, o preparador físico deu os suplementos diretamente aos atletas e não comunicou o uso de nenhuma substância proibida. Além disso, afirma que Sherone Simpson pesquisou os componentes dos suplementos e não encontrou nenhuma indicação de que tivessem o estimulante em causa.