Quando se procura a figura de Boavista, a escolha deve ser consensual. João Pinto, claro. Aos 32 anos, o avançado que já foi menino de ouro, na Luz e grande artista, em Alvalade, apresenta um currículo enorme. Duas vezes campeão nacional, três vezes vencedor da Taça de Portugal, duas vezes campeão mundial de juniores, 77 vezes internacional pela principal selecção portuguesa. Nunca a contratação de um jogador deve ter significado tanto na história do clube axadrezado. João Pinto é antes de mais uma bandeira. Com ele na equipa, a administração axadrezada procura trazer para o clube uma motivação que escasseava perante os fracos resultados desportivos.
João Pinto é um claro sinal de o clube continua forte. E é um factor de orgulho. Com ele espera-se que cheguem ao Bessa mais adeptos, mais sócios e mais dinheiro. Mas João Pinto é sobretudo um craque. E isso traz naturais expectativas para os adeptos do Boavista. João Pinto traz responsabilidades desportivas. Ninguém espera menos que uma pontuação muito próxima dos três grandes. Há essa responsabilidade. O Boavista não é, definitivamente, o mesmo.