Maisfutebol

Espanha

1
David de Gea

David de Gea

Data Nascimento: 7 novembro 1990

Posição: Guarda-redes

Clube: Manchester United (Inglaterra)

Internacionalizações: 27*

A vida numa equipa treinada por José Mourinho é normalmente difícil para os guarda-redes e o Manchester United não é exceção. De Gea fez 3.2 defesas em média por jogo na última época da Premier League, embora argumente que o estilo defensivo do Manchester United o tornou melhor jogador, porque tem de jogar como se estivesse sob cerco, encarando remates frequentes. É uma arma útil também em termos ofensivos: entre os seus atributos estão os pontapés longos para o meio-campo, que já valeram várias assistências para Romelu Lukaku. Essa característica estendeu-se à seleção, onde Lopetegui lhe pede para recorrer a passes diretos para apanhar os rivais em contra-pé com contra-ataques rápidos. Fê-lo com belos resultados na vitória por 6-1 sobre a Argentina em março, lançando Iago Aspas para o quinto golo da Espanha. De Gea festejou como se tivesse sido ele próprio a marcar e os adeptos no Wanda Metropolitano – a nova casa do seu antigo clube, o Atlético Madrid – aplaudiram-no entusiasticamente. Foi um momento recompensador de comunhão para De Gea, que lamenta ser mais apreciado em Inglaterra do que em Espanha.

2
Daniel Carvajal

Dani Carvajal

Data Nascimento: 11 janeiro 1992

Posição: Lateral Direito

Clube: Real Madrid

Internacionalizações/Golos: 15/0*

Carvajal é um dos melhores laterais-direitos do momento. Ele cumpre primeiro e primordialmente as suas tarefas defensivas, mas também encaixa perfeitamente nas exigências de Zinedine Zidane, que quer que os seus laterais no Real Madrid avancem no terreno. Ao lado do lateral-esquerdo Marcelo ele foi um dos jogadores mais proeminentes na campanha vitoriosa da Liga dos Campeões de 2016/17 – mostrando que é rápido, incansável e decisivo com a última bola na área. Cresceu na formação do Real Madrid e passou um ano na Bundesliga – com o Bayer Leverkusen em 2012/13 – para ganhar experiência de futebol de primeira divisão. Agora é insubstituível no clube e será um jogador importante no verão na tentativa da Espanha de recuperar a glória no Mundial.

3
Gerard Piqué

Gerard Piqué

Data Nascimento: 2 fevereiro 1987

Posição: Defesa Central

Clubee: Barcelona

Internacionalizações/Golos: 96/5*

Com a Espanha, Piqué nunca está longe da polémica. Isso deve-se às suas opiniões sobre a sua Catalunha natal, que são sempre articuladas de forma calculada e cuidadosa. A sua opinião é que os cidadãos da Catalunha deviam poder votar para dizer se querem ou não continuar a fazer parte da Espanha, embora ele nunca tenha assumido a preferência por uma Catalunha independente. Mexe tanto com os adeptos que é regularmente vaiado. Uma vez perguntou a Marc Bartra, no intervalo de um jogo da Espanha: «Hoje não me vaiaram, pois não?» «Estás a brincar?, respondeu o central, sem querer acreditar que a pergunta era a sério: «Foi horrível, super intenso.» Isto mostra, pelo menos, como ele se concentra em competição. Piqué é um extraordinário competidor e ganhou muitos troféus – todos os grandes títulos que disputou, na verdade, excluindo a Taça das Confederações. Os seus dias na seleção parecem no entanto contados. «O Mundial da Rússia será a minha última competição pela Espanha», afirmou Piqué em outubro, depois de mais uma vez ter sido vaiado pelos adeptos no jogo com a Albânia. «Estou cansado de ver as pessoas duvidarem do meu compromisso.»

4
Nacho Monreal

Nacho Fernández

Data Nascimento: 10 janeiro 1990

Posição: Defesa Central / Lateral

Clube: Real Madrid

Internacionalizações/Golos: 15/0*

Nacho vem da formação do Real Madrid e tornou-se um jogador importante de forma discreta. Pode jogar em qualquer posição na defesa e essa versatilidade é uma das suas melhores qualidades. Zinedine Zidane tirou partido disso, utilizando-o esta época com mais frequência que qualquer outro defesa. «Adoro defender, especialmente em situações limite», disse uma vez. Nacho, que na infância sofreu de diabetes, tem que ter mais cuidados consigo próprio do que os outros e só se lesionou uma vez na carreira – nomeadamente esta época. Estreou-se pela Espanha em 2013 mas esta é a sua primeira presença na seleção para uma grande competição.

5
Sergio Busquets

Sergio Busquets

Data Nascimento: 16 julho 1988

Posição: Médio Defensivo

Clube: Barcelona

Internacionalizações/Golos: 102/2*

Nascido e criado em Badia del Vallés, uma das localidades mais pobres da Catalunha, onde o pequeno estádio local tem o seu nome, o altruísta médio marca o ritmo na Espanha há quase uma década, sendo parte integral dos triunfos no Mundial 2010 e no Euro 2012. Ganhou tudo a nível de clubes, também, desde que foi promovido à primeira equipa do Barcelona por Pep Guardiola, que jogou ao lado do pai de Sergio, Carles. E ainda não chegou aos 30 anos. Dito de forma simples, ele é um dos melhores médios de contenção de sempre, lendo o jogo e recuperando a bola como só poucos conseguem. Esperava-se que o Barcelona vacilasse este ano com a partida de Neymar e um meio campo em mudança, mas tornaram-se mais resilientes e selaram o título a quatro jornadas do fim. Em boa parte graças à influência estabilizadora de Busquets. O antigo selecionador espanhol Vicente del Bosque disse uma vez: «Vê-se o jogo todo e não se vê Busquets. Vê-se Busquets e vê-se todo o jogo.»

6
Andrés Iniesta

Andrés Iniesta

Data Nascimento: 11 maio 1984

Posição: Médio

Clube: Barcelona

Internacionalizações/Golos: 125/14*

«Tendo em conta as circunstâncias e a natureza, este pode ser o último Mundial que jogo pela Espanha», anunciou Iniesta em março. O jogador da Mancha, autor do golo definidor de uma era que coroou a Espanha campeã do Mundo em 2010, vê o seu percurso como jogador da Roja a caminhar para o fim. Ao longo da carreira o jogador do Barcelona combinou momentos decisivos com uma refinada técnica – ao ponto de se sentir como se fosse Lionel Messi quando veste a camisola vermelha. Ganhou todos os títulos com o Barça e com a seleção, pela qual se estreou em maio de 2006, com Luis Aragonés. Jogando preferencialmente pela ala esquerda no clube, Iniesta trabalha na linha ofensiva com Lopetegui e os seus passes rápidos são a melhor munição para os avançados e médios ofensivos da Espanha. É um tempo de despedidas para Iniesta: em abril anunciou em lágrimas o adeus ao Barcelona, ao fim de mais de duas décadas.

7
Saúl Ñíguez

Saúl Ñíguez

Data Nascimento: 21 novembro 1994

Posição: Médio

Clube: Atlético Madrid

Internacionalizações/Golos: 9/0*

Ninguém duvida da força do caráter de Saúl. Demonstrou-a quando, aos 18 anos, se atreveu a dizer a Diego Simeone que queria jogar mais. E voltou a reforçá-la quando disse que a ala não era a sua melhor posição. Na verdade, diz muito sobre Saúl que ele se tenha destacado mesmo jogando numa posição menos favorável, apesar de Simeone quase já não o utilizar aí. O caráter de Raúl pode resumir-se numa história da época que passou por empréstimo no Rayo Vallecano, em 2013/14. Numa manhã de treino em que os jogadores tinham de correr por um caminho florestal, Saúl liderava o grupo. Um dos jogadores mais veteranos não conseguia acompanhar o ritmo e disse-lhe para irem mais devagar porque tinham jogo nessa tarde. «À tarde, se tiveres algum problema, passa-me a bola», respondeu. É típico Saúl, mas se alguém precisa de mais provas da sua determinação, os dois anos em que jogou com um problema sério nos rins depois do regresso ao Atlético devem chegar para o convencer de vez.

8
Koke

Koke

Data Nascimento: 8 janeiro 1992

Posição: Médio

Clube: Atlético de Madrid

Internacionalizações/Golos: 38/0*

Koke define Vallecas, o subúrbio de Madrid onde cresceu, como «humilde e de classe operária». Essa definição também lhe assenta e ao seu estilo de jogo. Lopetegui, que o conhece das seleções jovens, reconhece-o como um trabalhador incansável disposto a fazer sacrifícios sem a bola e a jogar um papel secundário no apoio a David Silva, Thiago Alcántara, Andrés Iniesta e companhia. Esta não foi a sua melhor época mas, tal como Diego Simeone no Atlético, Lopetegui vê-o como um jogador fiável, que não erra muitas decisões. A sua timidez torna-o melhor a jogar do que a falar, mas está a melhorar constantemente nessa frente. Chegará ao Mundial recém-casado com a sua namorada de infância, uma professora de inglês cujo pior aluno foi Koke. Nos tempos livres gosta de ver documentários e filmes no sofá.

9
Rodrigo (Reuters)

Rodrigo Moreno Machado

Data Nascimento: 6 março 1991

Posição: Avançado

Clube: Valência

Internacionalizações/Golos: 4/2*

Foi com a chegada de Marcelino a Valência que Rodrigo começou a mostrar regularmente a sua melhor arma – um pé esquerdo letal. O mesmo pé tinha marcado golos atrás de golos pelos sub-21 da Espanha, mas os adeptos do Mestalla não viam essa versão de Rodrigo durante os seus primeiros anos no clube. Nascido no Rio de Janeiro, com cidadania espanhola, chegou via Benfica em 2014 e teve de enfrentar muitas críticas antes de conquistar os adeptos. Só nesta época conseguiu apresentar regularidade. Rodrigo tentava sempre correr e encontrar espaços; e tudo o que precisava de fazer era acrescentar golos. Com a sua intensidade, era uma questão de tempo até eles aparecem com fartura. Qualquer ansiedade que sentisse tinha desaparecido e esta foi a época mais produtiva da sua carreira – melhor até do que em 2013/14, quando marcou 18 golos pelo Benfica. Não surpreende que Lopetegui, na sua busca por um avançado-centro que marque golos, o admire.

10
Thiago Alcántara

Thiago Alcántara

Data Nascimento: 11 abril 1991

Posição: Médio

Clubee: Bayern Munique (Alemanha)

Internacionalizações/Golos: 27/2*

Thiago vem de uma colheita futebolística excecional: o pai, Mazinho, foi campeão do mundo pelo Brasil ao lado de Romário e Bebeto em 1994. Apesar de ambos os pais serem brasileiros e de ter nascido em Itália, Thiago escolheu jogar pela Espanha por sentir que era a sua casa, depois de viver entre Vigo e Barcelona desde os cinco anos. O seu irmão Rafinha (que esta época jogou por empréstimo do Barça no Inter), por outro lado, escolheu jogar pelo Brasil. Produto de La Masia, a academia do Barcelona, foi vendido ao Bayern Munique em 2013, porque o clube preferiu o dinheiro e as perspetivas que julgava ter em Sergi Samper – cuja carreira entrou em declínio desde então – em vez daquilo que Thiago podia oferecer. Pep Guardiola tirou partido desse erro e potenciou uma fabulosa versão do jogador na Baviera. Thiago recuperou de forma brilhante de uma lesão grave no joelho que o afastou dos relvados por um ano entre 2014 e 2015, reclamando um lugar no meio-campo da Espanha com as suas mudanças rápidas de direção e passes precisos e decisivos. Há enorme concorrência nas excelentes opções da Roja para a sua posição, mas Lopetegui parece gostar daquilo que Thiago pode oferecer.

11
Lucas Vázquez

Lucas Vázquez

Data Nascimento: 1 julho 1991

Posição: Médio ofensivo / Extremo

Clube: Real Madrid

Internacionalizações/Golos: 5/0*

Vázquez é o jogador perfeito para ter por perto quando se precisa de alguém para agitar as coisas. Nunca se queixa, trabalha de forma incansável e, quando necessário, consegue virar um jogo do avesso. Um médio ofensivo que pode jogar nas alas num sistema de 4-3-3 ou mais solto num 4-4-2, o jogador do Real Madrid – que apareceu na primeira equipa relativamente tarde após várias épocas com o Castilla – é uma boa aposta polivalente. É rápido, ataca, defende e consegue colocar bolas perigosas na área; essas características fizeram crescer a sua importância no Bernabéu e levaram-no à seleção. Já esteve no Euro 2016, onde jogou um jogo.

12
Álvaro Odriozola

Álvaro Odriozola

Data Nascimento: 14 dezembro 1995

Posição: Lateral Direito

Clube: Real Sociedad

Internacionalizações/Golos: 2/0*

A Espanha ultrapassou o Brasil como a maior linha de montagem de laterais. Essa tendência pode ser comprovada na abundância de jogadores modernos capazes de defender, atacar como extremos clássicos e que conseguem também encaixar no meio-campo como organizadores. O mais recente desses talentos a emergir é Odriozola, o entusiasmante lateral-direito da Real Sociedad. Apesar da sua tenra idade esteve completamente à vontade na estreia pela seleção em outubro passado; tornou-se a alternativa natural a Carvajal e eles são parecidos como duas gotas de água. Combina um temperamento combativo com qualidade pura e uma capacidade inabalável para recuperar das exigências físicas da posição. A sua notável energia significa que consegue enfrentar com sucesso o lateral-esquerdo adversário, deixá-lo para trás e fazer assistências com a mesma precisão no início ou no fim do jogo. Tal como Carvajal e David Alaba, o defesa do Bayern Munique, é um lateral que sente que o seu dever é olhar em frente e passar ao jogador em melhor posição.

13
Kepa Arrizabalaga

Kepa Arrizabalaga

Data Nascimento: 3 outubro 1994

Posição: Guarda-redes

Clube: Athletic Bilbao

Internacionalizações: 1*

O maior concorrente de De Gea para a baliza ainda está no início da carreira. Kepa nasceu na cidade costeira de Ondárroa, na Biscaia, conhecida tanto pelos seus pescadores como pelos seus futebolistas. Quando tinha 15 anos os pais ameaçaram tirá-lo de Lezama, a academia do Athletic Bilbao, se não melhorasse as notas nas disciplinas de línguas. Finalista vencido no Europeu sub-21 de 2017, o jovem guarda-redes cultivou uma grande reputação desde esses tempos incertos. É o primeiro guarda-redes do Athletic identificado pelos adeptos como herdeiro de José Ángel Iríbar, o mítico guardião basco dos anos 60 e 70. A sua tez clara, pose elegante, personalidade calma e excecional inteligência tática são reminiscentes do lendário guarda-redes, que venceu o Europeu com a Espanha em 1964. Os reflexos de Kepa são uma qualidade importante, mas a sua capacidade de antecipar as situações são-no ainda mais. A discrição é, no caso dele, uma virtude. Raramente faz defesas espectaculares, mais isso é porque se adianta antes de os guarda-redes terem hipóteses. A velocidade das suas mãos e pés valeria bem menos se não fosse a sua capacidade para adivinhar o que vai na cabeça do adversário.

14
César Azpilicueta

César Azpilicueta

Data Nascimento: 28 agosto 1989

Posição: Lateral Direito / Central

Clube: Chelsea (Inglaterra)

Internacionalizações/Golos: 21/0*

A delicada reputação do tiki-taka da Espanha pode ser enganadora. Por trás da mais subtil abordagem ao futebol desde que o Brasil encantou o mundo em 1970, há muito trabalho de força. A Espanha não teria atingido o que atingiu sem defesas robustos que não são os mais delicados a lidar com a bola – homens que se especializam em fazer a guarda aos companheiros, prontos a fazer o trabalho sujo para os criativos lá na frente. Em 2008 esse papel foi desempenhado por Carlos Marchena; em 2010, o papel de «defesa puro» foi de Joan Capdevila; em 2012 essa honra foi para Álvaro Arbeloa. A saga continua com Azpilicueta, que é a primeira opção para render Ramos ou Piqué se um deles estiver indisponível. Azpilicueta demonstrou a sua fiabilidade durante a qualificação e tem as duas qualidades mais apreciadas por um treinador numa grande competição: resiliência e personalidade. Pode jogar a lateral-esquerdo, a lateral-direito ou no centro da defesa e está igualmente confortável num sistema de 4-4-2, 4-3-3 ou 3-5-2. Não é o artista, mas é certamente um bom artesão.

15
Sergio Ramos

Sergio Ramos

Data Nascimento: 30 março 1986

Posição: Defesa Central

Clube: Real Madrid

Internacionalizações/Golos: 151/13*

Diz a lenda que Ramos chegou a experimentar ser toureiro num rancho de gado na Serra de Aracena, e não vacilava frente ao touro. Ramos é um líder destemido e adora esse papel. Agora que já não está Iker Casillas, o jogador mais internacional da Espanha vai capitanear a Roja numa grande competição pela primeira vez. A sua personalidade terra a terra tornou-o líder incontestável do balneário no Real Madrid, onde está desde 2016 envolvido nas decisões estratégicas de Zinedine Zidane. Os resultados falam por si: duas Ligas dos Campeões e uma Liga espanhola, além de outros títulos menos relevantes. Também estende a sua influência à seleção, com a anuência de Lopetegui. «O Sergio não tem medo de nada», disse o seu antigo treinador Carlo Ancelotti, expressando admiração pela coragem do jogador. Ágil como um médio, forte como um estivador e bravo como um toureiro, o central de Sevilha tem todas as qualidades dos melhores defesas. A sua noção de passe e o «timing» para incursões na área contrária também o transformaram num falso médio e num útil avançado de emergência.

16
Nacho Monreal

Nacho Monreal

Data Nascimento: 26 fevereiro 1986

Posição: Lateral Esquerdo

Clube: Arsenal (Inglaterra)

Internacionalizações/Golos: 21/1*

Todos os anos, a 6 de julho, este filho de Navarra enrola um lenço vermelho ao pescoço e junta-se às festas de San Fermín. Orgulhoso das suas origens, de início custou-lhe aceitar a transferência do Osasuna para o Málaga no verão de 2011. Na Andaluzia, no entanto, explanou as qualidades que caracterizam a sua carreira: consistência, bom trabalho defensivo e uma enorme capacidade de andar abaixo e acima no flanco esquerdo. Melhor defensivamente do que no ataque, este fã da NBA mudou-se para o Arsenal em janeiro de 2012, depois de o clube inglês ter oferecido 11 milhões pela sua contratação. Desde então tem sido ultra fiável, jogando sempre mais de 30 jogos por época e tendo ganho três Taças de Inglaterra. Estreou-se pela Espanha em 2009 e voltou à seleção depois do Euro 2016, quando Lopetegui o chamou. Jogador ousado, Monreal é um digno representante dos vastos recursos da Espanha para o lado esquerdo da defesa.

17
Iago Aspas

Iago Aspas

Data Nascimento: 1 agosto 1987

Posição: Avançado

Clube: Celta Vigo

Internacionalizações/Golos: 8/4*

Há futebolistas profissionais, depois há entusiastas que se tornam verdadeiros profissionais. Iago Aspas é um adepto de futebol genuíno e um ávido estudioso do jogo. «Chego a assistir a 10 ou 15 jogos por fim de semana», diz: «Alguns na televisão e outros no estádio como espectador.» A sua obsessão leva-o a observar jogadores jovens ao longo da península galega de Morraço, onde nasceu, ou a seguir equipas como o Alondras, do terceiro escalão. Ao longo dos anos tornou-se menos ansioso em campo, marcando mais de 60 golos pelo Celta Vigo nas últimas três temporadas. Não há nenhum avançado em Espanha tão capaz de resolver os problemas que surgem durante um jogo; a sua noção de tempo e espaço, bem como o seu refinado pé esquerdo, permitem-lhe adaptar-se a qualquer posição. Pode jogar como extremo, segundo avançado ou avançado-centro, o que faz do antigo jogador do Liverpool uma ferramenta vital tanto no clube como na seleção. Nenhum jogador trabalhou melhor do que Aspas no sistema assente em posse da Espanha durante a qualificação para o Mundial. Lopetegui pode preferir Diego Costa, mas Andrés Iniesta escolheria o jogador de 30 anos como o seu avançado sem hesitar.

18
Jordi Alba

Jordi Alba

Data Nascimento: 16 julho 1988

Posição: Lateral Esquerdo

Clube: Barcelona

Internacionalizações/Golos: 60/8*

«É o único título que me falta», disse Alba em março, a olhar para o Mundial da Rússia. O lateral-esquerdo voador não fazia parte da equipa que ganhou o Mundial 2010 mas depois daquela que descreve como a sua «melhor época» no Barcelona está com pressa de preencher essa lacuna no seu Curriculum Vitae internacional. Aos 29 anos, parece mais rápido que nunca. Há uma razão para isso: «Deixei de consumer bebidas como Coca Cola e Fanta – bem como «fast food», revelou em novembro. Alba é uma presença combativa na esquerda para a Espanha e oferece uma vasta capacidade ofensiva a partir de trás. Recentemente também foi pai, o que pode ter limitado a sua capacidade para dormir «12 ou 13 horas por noite», como fazia em tempos. Não que esteja a abrandar. Ainda é conhecido como «Moto GP» entre os seus companheiros de seleção.

19
Diego Costa

Diego Costa

Data Nascimento: 7 outubro 1988

Posição: Avançado

Clube: Atlético Madrid

Internacionalizações/Golos: 18/7*

A personalidade extrovertida de Diego Costa leva a que ele se enquadre melhor no balneário da seleção do que em campo. Está sempre pronto a pregar partidas e a qualquer momento os jogadores da Espanha e do Atlético podem ser surpreendidos com coisas como sal no café. No que diz respeito ao futebol, ele argumenta que a sua forma de jogar não choca com o coletivo e que quanto melhor a equipa jogar mais fácil será para ele marcar golos. Lopetegui confia nele de forma considerável, mas a sua presença no onze titular vai certamente causar um debate intenso desde o primeiro dia de concentração da seleção para o Mundial. Ele sabe que há pressão pelo seu lugar. «Na seleção, quando não se marca há sempre pressão, porque não é qualquer equipa, é a Espanha», disse Diego Costa no início do ano.

20
Marco Asensio

Marco Asensio

Data Nascimento: 21 janeiro 1996

Posição: Médio Ofensivo

Clube: Real Madrid

Internacionalizações/Golos: 10/0*

Não há qualquer dúvida: Asensio é um dos maiores talentos do futebol espanhol. Rápido com a bola nos pés e abençoado com grande visão e técnica, ele impôs com estrondo a presença na seleção. Humilde, sério e focado apesar da sua tenra idade, cresceu pouco a pouco no Real Madrid com Zinedine Zidane. Toda a gente teve o cuidado de não colocar demasiada responsabilidade sobre os seus ombros apesar da promessa clara – que pode ter sido pré-determinada, uma vez que a sua mãe, que é holandesa, o batizou em homenagem a Marco van Basten. «Tenho de ser mais ambicioso quando jogo», disse quando lhe perguntaram onde precisava ainda de melhorar: «Às vezes marco um par de golos ou faço um par de assistências e fico satisfeito. Digo a mim próprio: «Okay, fiz um bom jogo e agora vou divertir-me com a bola». Preciso de jogar de forma mais consistente.» O jogador nascido em Maiorca tem neste verão a oportunidade de demonstrar no maior palco tudo o que aprendeu.

21
David Silva

David Silva

Data Nascimento: 8 janeiro 1986

Posição: Médio Ofensivo

Clube: Manchester City (Inglaterra)

Internacionalizações/Golos: 122/35*

O cérebro do dotado criador de jogo ainda funciona mais rápido do que o da maioria das pessoas. Aos 32, teve uma das suas melhores épocas no clube, puxando os cordéis ao lado de Kevin de Bruyne numa equipa que limpou o título da Premier League a várias jornadas do fim. Conhecido como Merlin no Etihad, a sua melhor qualidade é a capacidade para encontrar espaço onde não parece haver nenhum. Apesar de parecer sempre calmo e tranquilo em campo, Silva tem tido tempos desgastantes fora dele, depois de a mulher dar à luz o seu primeiro filho, Mateo, que nasceu prematuro em dezembro, o que levou Silva a falhar jogos e treinos desde então, enquanto fazia viagens regulares a Valência. É um dos jogadores mais internacionais pela Espanha, e também um dos mais amados. «Toda a gente em Espanha o adora pela forma como ele faz as coisas difíceis parecerem tão simples», diz o antigo internacional espanhol Gaizka Mendieta.

22
Isco

Isco

Data Nascimento: 21 april 1992

Posição: Médio ofensivo

Clube: Real Madrid

Internacionalizações/Golos: 27/10*

Médio ofensivo na lista de alvos de muitos clubes europeus, Isco está a prosperar com Julen Lopetegui, depois de ter sido negligenciado por Vicente del Bosque para o Mundial 2014 e Euro 2016. Tornou-se um dos jogadores de topo da Espanha, afirmando-se no Real Madrid mesmo tendo de competir por um lugar com Gareth Bale, Marco Asensio e Lucas Vazquéz. Fez um longo caminho desde junho de 2011, quando o Málaga pagou seis milhões de euros ao Valência por um adolescente de 19 anos que tinha jogado meros 75 minutos na Liga espanhola. Na altura, muitos questionaram uma jogada tão arrojada e interrogaram-se sobre o que iria dar. A sua evolução acabou por levá-lo para o Real, onde já ganhou três Ligas dos Campeões. E a sua afirmação extraordinária na Espanha atingiu o auge em março, quando marcou um hat-trick no arraso à Argentina (6-1). «Os jogos com a seleção dão-me a vida», disse a seguir.

23
Pepe Reina

Pepe Reina

Data Nascimento: 31 agosto 1982

Posição: Guarda-redes

Clube: Nápoles (Itália)

Internacionalizações: 36*

As piadas de Reina não enferrujam e o futebol que ele joga na seleção também não. O guarda-redes vai para o seu quarto Mundial e não dá sinais de abrandar, aos 37 anos. Depois da formação no Barcelona, estreou-se pela equipa principal com Lorenc Serra Ferrer em dezembro de 2000. Victor Valdés acabou por ganhar a camisola número 1 do Barça, e Reina seguiu em frente para se afirmar no Villarreal. Seguiu-se a passagem bem sucedida pelo Liverpool, antes de jogar pelo Bayern Munique e pelo seu atual clube, o Nápoles. Estreou-se pela Espanha frente ao Uruguai, em 2005, tendo estado antes atrás de Iker Casillas na hierarquia da baliza. Hoje é igualmente segunda opção depois de David de Gea. Estreou-se em Campeonatos do Mundo frente à Austrália no Mundial 2014, com a equipa de Vicente del Bosque já eliminada. A Rússia aguarda por um guarda-redes que está mais do que habituado ao papel de ator secundário a este nível.

* dados a 14 de maio

Textos originais de Juan I. Irigoyen, Jordi Quixano, Nadia Tronchoni, Ladislao J. Moñino, Eleonora Giovio, Diego Torres, Gorka Pérez e Rafael Pineda (El País).

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