Data Nascimento: 26 setembro 1981
Posição: Guarda-redes
Clube: Dínamo Bucareste (Roménia)
Internacionalizações: 108*
Primeira escolha e o verdadeiro líder da equipa, enfrenta sempre de frente todos os desafios. Para ele, jogar o Mundial é um sonho tornado realidade, essa é a sua ambição desde 2005. Agora o antigo guarda-redes dos LA Galaxy conseguiu-o e está ansioso por defrontar a Inglaterra e a Bélgica. Quando o Panamá perdia ao intervalo do último jogo de qualificação com a Costa Rica, o guarda-redes suplente disse-lhe que os outros resultados lhes eram favoráveis, mas ele disse a José Calderón para não dizer nada ao resto da equipa, temendo que afetasse a sua concentração. Quando se qualificaram, tendo aguentado os últimos quatro minutos, ele disse: «Senti-me como uma garrafa cheia de gás. Há demasiado gás e quando se abre é como o champanhe. Quando ouvi o árbitro apitar para o fim do jogo senti a pressão a libertar-se.»
Data Nascimento: 11 fevereiro 1996
Posição: Lateral Direito
Clube: New York Red Bulls (EUA)
Internacionalizações/Golos: 21/2*
É jovem, mas o seu trabalho árduo e dedicação garantiram-lhe um lugar na Rússia. Demonstrou o seu talento no San Francisco FC no Panamá há mais de três anos. No entanto, a sua grande afirmação foi nos New York Red Bulls, onde chegou por empréstimo antes de assinar em definitivo no ano passado, e foi eleito para a equipa da época da Liga dos Campeões da Concacaf. «Vim para cá para melhorar o meu jogo», disse quando assinou, e é mesmo isso que parece ter feito. Com um bom Mundial pode acabar na Premier League, embora o PSV Eindhoven também tenha mostrado interesse no lateral-direito, que também pode ser o central do lado direito. Também gosta de subir à área para marcar ocasionalmente um golo.
Data Nascimento: 1 março 1992
Posição: Defesa Central
Clube: San José Earthquakes (EUA)
Internacionalizações: 51/0*
O selecionador Hernán Gomez disse em tempos que Cummings era o seu melhor central, mas uma entorse no tornozelo e uma fratura no perónio, sofridos em casa, obrigaram-no a falhar todo o ano de 2017. Voltou a jogar e será uma excelente opção de apoio na Rússia. A equipa precisa dele no banco e ele sabe-o. Quando joga, a sua força e concentração são vitais perante contra-ataques rápidos e ele tem o tipo de confiança que o leva a entrevistar companheiros em campo para a San Jose TV. Curiosamente, as suas internacionalizações equivalem ao maior número de jogos que fez por qualquer clube – meia centena no Arabe Unido, no seu país natal – numa carreira de nove anos.
Data Nascimento: 9 janeiro 1995
Posição: Defesa Central
Clube: New York Red Bulls (EUA)
Internacionalizações/Golos: 22/1*
A capacidade de decisão e a calma com a bola, além da versatilidade, fazem de Fidel Escobar uma das peças chave da equipa. Abençoado com um pé direito brilhante, embora jogue com frequência como central do lado esquerdo, a sua juventude é outra virtude. Impossível dizer quão longe pode ir e seguramente brilhará na Rússia. Um dos heróis do apuramento de outubro frente à Costa Rica, só se mudou para a MLS no ano passado. Fez parte da equipa do Panamá que foi vice-campeã do Campeonato sub-20 da Concacaf em 2015.
Data Nascimento: 20 março 1986
Posição: Defesa Central
Clube: Seattle Sounders (EUA)
Internacionalizações/Golos: 110/10*
Foi o seu golo, a dois minutos do final, que deu ao Panamá a vitória de que precisava, sobre a Costa Rica, para se qualificar para o seu primeiro Mundial, embora tenha esperado mais do que queria para o marcar, depois de ter sido controversamente validado a Blas Pérez o golo da igualdade aos 53 minutos. Ele explica: «Estava à espera de instrções para ir para a frente e a cinco minutos do fim recebi essas instruções, por isso subi. Nem tinha noção dos resultados dos outros jogos.» O golo, o mais importante da história do futebol panamiano, fez dele um herói, e ele emergiu como o rosto e símbolo da equipa a caminho do Mundial. A equipa depende dele e ele vai liderar a defesa frente à Bélgica, Inglaterra e Tunísia. A nível de clubes ganhou o campeonato na Colômbia, onde jogou sete anos, e também na MLS, em 2016, tendo sido vice-campeão no ano passado. Apesar da qualificação para a Rússia, o seu cabeleireiro continua a perder dinheiro. Quando o Panamá falhou por pouco o Mundial do Brasil em 2014, ele prometeu que não cortaria as «rastas» até se qualficarem para um Mundial, mas depois de vence a Costa Rica ele explicou: «A minha filha disse-me que não queria que cortasse, por isso não cortei.»
Data Nascimento: 29 maio 1984
Posição: Médio Defensivo
Clube: Atlético Bucaramanga (Colômbia)
Internacionalizações/Golos: 143/12*
É algo que Gómez disse vezes sem conta: «Gabriel é o treinador em campo.» O treinado não poupa elogios à sua capacidade de trabalho. «É como os trabalhadores que trabalham das cinco da manhã às seis da tarde.» Mas ele é mais que um braço de trabalho. Graças à sua experiência, Gabriel tornou-se a «águia» do Panamá, controlando tudo, lendo o jogo e marcando o ritmo, como um maestro e a sua orquestra. O Panamá chegou aos quartos de final da Copa América 2016 com Goméz a acabar por ser batido pelo meio-campo do Chile, mas saiu desse jogo a ver o lado positivo. «Esperamos que possa ajudar o Panamá a ir ao Mundial», disse. E, como sabemos, ajudou.
Data Nascimento: 13 março 1981
Posição: Avançado
Clube: CSD Municipal (Guatemala)
Internacionalizações/Golos: 117/43*
Quando o Panamá defrontou a Costa Rica em outubro, Pérez foi escolhido para liderar a equipa e foi-lhe creditado o golo da igualdade nesse histórico jogo de apuramento para o Mundial. Vale a pena descrever o que realmente aconteceu. A partir de um canto, Gabriel Torres tenta o remate e a bola sobra para Perez, que cai ao chão e encosta a bola ao poste com o braço e o ombro, antes desta ser afastada. Os protestos da Costa Rica foram em vão e o árbitro atribuiu o golo.
Apesar da sua idade, Pérez, que é muito forte no ar, é o primeiro a defender quando o Panamá perde a bola. Há algum tempo que não joga futebol de clubes a alto nível, no entanto: nos últimos dois anos jogou no seu país natal, na Bolívia e agora na Guatemala. Esteve no entanto quatro anos na MLS, no FC Dallas – um dos companheiros descreveu-o como uma praga, por causa da sua energia e atitude em relação aos defesas – e Vancouver, e quatro anos no México antes disso. Tem uma tatuagem do pai no peito e homenageia-o sempre que marca golo fazendo o símbolo de uns cornos de touro na cabeça.
Data Nascimento: 23 outubro 1993
Posição: Médio
Clube: Cafetaleros de Tapachula (México)
Internacionalizações/Golos: 28/0*
Com o Mundial tão perto, Bárcenas é um dos jogadores em melhor forma, tendo tido uma excelente época no seu clube, na segunda divisão do México, onde está há dois anos. Teve uma passagem de seis meses bem sucedida pelo RNK Split, na Croácia, na época 2015/16, mas tirando isso tem jogado toda a carreira na América Central.
Data Nascimento: 31 outubro 1988
Posição: Avançado
Clube: Huachipato FC (Chile)
Internacionalizações/Golos: 71/14*
Tem tudo o que se pede a um avançado-centro e mais: é rápido, auto-confiante e adora fintar adversários. É o homem para quem o Panamá olha quando é preciso um golo. Será um dos jogadores mais importantes do Panamá no Mundial. A nível de clubes jogou por oito equipas na última década, todas à volta da América do Sul, mas também 18 meses com o Lausanne na Suíça, de 2016 a janeiro deste ano, quando se mudou para o Chile.
Data Nascimento: 12 maio 1997
Posição: Extremo Esquerdo
Clube: Deportivo (España)
Internacionalizações/Golos: 10/2*
Díaz estava a atingir um novo patamar em janeiro quando se lesionou. No entanto, depois de operado ao joelho direito, está de volta e pronto para jogar na Rússia, depois de ter percorrido um longo caminho em pouco tempo. Atualmente joga na Segunda B espanhola, ao fim de dois anos na equipa B do FC Porto.
Data Nascimento: 26 novembro 1987
Posição: Médio
Clube: Universidad do Chile (Chile)
Internacionalizações/Golos: 97/7*
Cooper teve de lidar com o homicídio, no exterior da sua casa, do seu companheiro de seleção e amigo Amilcar Henríquez. No dia seguinte a sua mulher deu à luz a sua segunda folha. «Emocionalmente foi muito difícil para mim», disse: «No dia a seguir ao nascimento da bebé foi um turbilhão de emoções, ter que lidar com tudo aquilo – perder um irmão com quem passei muito tempo e partilhei muitos momentos importantes, e depois ter o nascimento de um filho. Isso afetou a vida no relvado.»
Tem boa leitura com a bola nos pés, embora tenha limitações em alguns aspectos do jogo, Cooper é a versão panamiana de um Faustino Asprilla serôdio. Este ano jogou poucos minutos no Universidad do Chile mas tem a Rússia decididamente em mira. É um dos jogadores mais viajados do Panamá: jogou na Argentina, Roménia, teve duas passagens pelo St. Pauli na segunda divisão alemã e esteve dois anos no Toronto FC antes de se mudar para o Chile este ano.
Data Nascimento: 14 agosto 1985
Posição: Guarda-redes
Clube: Chorrillo FC
Internacionalizações: 31*
Presença habitual nas convocatórias de Hernán 'Bolillo' Gómez, mesmo tendo de ficar na sombra de Penedo. Como pontos fortes, é bom nas alturas e nunca comete erros. Para lhe ganhar, se ele jogar, a Inglaterra e a Bélgica vão ter de trabalhar muito.
Data Nascimento: 14 fevereiro 1985
Posição: Defesa Central
Clube: Houston Dynamo (EUA)
Internacionalizações/Golos: 75/1*
Se o Panamá se apurar e acabar a jogar com o México na fase a eliminar, então Machado, um especialista de lançamentos longos, estará no centro das atenções. No verão passado, com um comentário que contrariou a sua imagem descontraída, atacou o que considera a presunção do México, dizendo na televisão: «O México acha-se a última Coca Cola no desrto.» O que atraiu muita indignação. Um duradouro membro da equipa, fez parte da equipa do Panamá qe ganhou a Taça Centroamericana nas Honduras em 2009, com o inglês Gary Stempel como selecionador. Foi também um dos heróis frente à Costa Rica no outono passado. A sua versatilidade permite-lhe jogar como lateral-direito ou central.
Data Nascimento: 30 maio 1991
Posição: Extremo Direito
Clube: CD Plaza Amador
Internacionalizações/Golos: 22/1*
Era avançado, mas Gómez transformou-o num bom médio: alto, forte e bom tacticamente. Para muitos tem sido uma revelação, dada a forma como a seleção quer jogar agora. No entanto, sofreu uma lesão grave na anca em 2016 e desde então tem tido dificuldades em recuperar a melhor forma.
Data Nascimento: 31 março 1991
Posição: Lateral Esquerdo
Clube: DAC (Eslováquia)
Internacionalizações/Golos: 37/0*
Um lateral-esquerdo ou um ala esquerdo à moda antiga, ele joga desde 2015 na primeira divisão da Eslováquia, onde foi segundo classificado com o DAC esta época. Excelente nos cruzamento que gosta de pegar na bola e ultrapassar adversários. Apesar disso, não tem lugar garantido na equipa.
Data Nascimento: 13 dezembro 1993
Posição: Avançado
Clube: LD Alajuelense (Costa Rica)
Internacionalizações/Golos: 33/5*
Tem ritmo para assustar qualquer defesa, algo que demonstrou desde que começou como profissional, mas a sua finalização pode traí-lo. Saiu do banco frente à Costa Rica quando procuravam o golo da vitória que acabaram por conseguir, com o seu rimo como elemento vital. Pode ser um sucesso na Rússia. A nível de clubes, deixou o Panamá para jogar pelo RNK Split, na Croácia, na época 2015/16, mas ao fim de 14 jogos saiu para um clube colombiano.
Data Nascimento: 7 setembro 1988
Posição: Lateral Esquerdo
Clube: Olimpia (Honduras)
Internacionalizações/Golos: 25/0*
Com o Zamora na Venezuela, entre 2013 e 2017, onde ganhou o campeonato várias vezes, ele mostrou o tipo de jogador que é: rápido na defesa, também acrescenta algo no ataque quando é preciso e é forte em situações de um para um. Está seguro de um lugar como titular e deve destacar-se na Rússia.
Data Nascimento: 28 março 1982
Posição: Avançado
Clube: Sport Boys Callao (Peru)
Internacionalizações/Golos: 105/43*
Depois de ter trabalhado em criança nos semáforos na cidade do Panamá, tornou-se conhecido como «Matador» por causa do seu instinto frente à baliza. É um dos jogadores mais experientes do Panamá, um avançado prolífico na América do Sul – passou a maior parte da década no Peru – e uma presença valiosa no balneáio. O Mundial, como para muitos na seleção, é a sua grande recompensa, ao fim de anos de perseverança e sacrifício.
Data Nascimento: 4 fevereiro 1997
Posição: Médio
Clube: Gent (Bélgica)
Internacionalizações/Golos: 4/0*
Versátil, gosta de ter a bola e encontrar espaços, o que faz dele uma das melhores promessas do Panamá. No entanto, passou um período difícil nas últimas duas épocas, jogando apenas 25 jogos de campeonato nesse período. No verão de 2016 trocou o Chorrillo, no Panamá, pelo Koper, na Eslovénia, mas só lá ficou seis meses antes de voltar a casa. No verão passado rumou ao Gent, mas não jogou uma única vez pela primeira equipa esta época. Falhou a lista original de 23 do Panamá, mas entrou depois da lesão de Alberto Quintero.
Data Nascimento: 10 fevereiro 1990
Posição: Médio Defensivo
Clube: San José Earthquakes (EUA
Internacionalizações/Golos: 88/2*
Um pé esquerdo prodigioso, bom com a bola, preciso no passe e com excelente visão. Godoy é a chama da equipa e outro que pode atrair muitos interessados com algumas boas exibições na Rússia. Há cinco anos tentou a sorte com o Honved, na Hungria, mas só ficou duas épocas antes de se mudar para a MLS, onde tem sido um enorme sucesso.
Data Nascimento: 19 junho 1998
Posição: Médio
Clube: Gent (Bélgica)
Internacionalizações/Golos: 1/0*
Uma oportunidade de ouro para o adolescente que joga na Bélgica – será um verão em cheio. Estreou-se pelo Panamá no particular com a Irlanda do Norte em maio (0-0), e mostrou o suficiente para convencer Hernán «Bolillo» Gómez a incluí-lo como «wild card» nos seus 23. Também não lhe fez mal um hat-trick para recordar pelos sub-21 do Gent em maio, mesmo quando Gómez estava a ultimar as suas escolhas.
Data Nascimento: 5 agosto 1990
Posição: Guarda-redes
Clube: San Francisco FC
Internacionalizações: 6*
A altura – 1.98m – é a sua grande força e 'Bolillo' Gómez confirmou-o como um dos três guarda-redes que leva ao Mundial. É improvável que chegue a jogar, mas se for chamado a entrar em campo defenderá a baliza como um guerreiro. É missão impossível ele jogar? Talvez, mas as luvas estão prontas.
Data Nascimento: 24 fevereiro 1981
Posição: Defesa Central
Clube: CSD Municipal (Guatemala)
Internacionalizações/Golos: 102/3*
É capitão de equipa, estatuto que ganhou graças às suas brilhantes exibições com a seleção. Já não está no seu auge, mas ainda cobre cada centímetro de terreno. A par da força, usa a usa vasta experiência com bons resultados no centro da defesa. Passou os melhores anos da carreira no México, onde ganhou vários campeonatos, e a sua história com a seleção começou em 2005, quando o Panamá foi vice-campeão da Gold Cup. Frente aos Estados Unidos na final, a decisão foi a penáltis e Baloy foi o único jogador panamiamo a converter, na derrota por 3-1. Frente aos Estados Unidos em outubro, na derrota do Panamá por 4-0, provocou um corte na sobrancelha a Matt Besler, numa disputa de bola, não deixando dúvidas sobre a sua força física. Não levou a bem as questões após esse jogo que complicou as esperanças de apuramento do Panamá, chamando «imbecil» a um repórter na zona mista. Também se pegou com Javier Mascherano na Copa América 2016, encostando a cabeça ao argentino.
* dados a 14 de maio
Textos originais de Jose M. Dominguez (TVN Panamá)