No final do empate em Guimarães, só os novos dirigentes do Sporting falaram à imprensa na zona mista. Carlos Freitas, por exemplo, começou por não comentar António Salvador. O presidente do Sp. Braga diz que ele lhe tinha dado a garantia que não fizera contactos com o treinador.

Carlos Freitas não confirmou nem desmentiu o telefonema com António Salvador e a certeza que não havia acordo com Domingos. «Não comento nada do que presidente do Sp. Braga disse, este não é o momento para isso.» Mais importante é nesta altura garantir o terceiro lugar, que lhe fugiu.

O Sp. Braga, precisamente, fecha nesta altura o pódio. «O futuro do Sporting é o jogo com a Académica, não dá para fazer projecções. O futuro é jogo a jogo até à 30ª jornada. Mas é inequívoco que esta equipa tem problemas a nível psicológico», garantiu Carlos Freitas à saída dos balneários.

«O futuro será com mais atitude, empenho e eficácia. Apesar do sabor amargo, o ponto acaba por não nos surpreender. Os golos no fim é um quadro que se tem repetido, não há que o escamotear, é uma sucessão de factos que deixa marcas. Sofrer tantos golos assim não é fruto só de um problema.»

Por isso, adianta, é altura do clube se mostrar. «Temos de ser incisivos. O futuro está à mão, temos de dar a cara nos bons e nos maus momentos, a liderança também é isso. Só o facto de envergar a camisola do Sporting acarreta pressão. Os jogadores têm de ter dimensão psicológica para o aguentar.»

Já o presidente Godinho Lopes assinou pelo mesmo tom. «O Sporting teve uma boa atitude na primeira parte, mas é certo que o segundo tempo não foi tão bom. De qualquer das maneiras este ponto mantém incólumes as nossas esperanças de chegar ao terceiro lugar», começou por dizer.

«Vamos concentrar-nos na necessidade de recuperar o terceiro lugar. Temos agora um jogo em casa com a Académica, vamos recuperar a equipa e consolidá-la, porque acreditamos que vamos chegar ao terceiro lugar», adiantou Godinho Lopes, ele que deixou uma garantia: «Não me escondo atrás de nada.»