Sol Campbell esteve apenas um mês no Notts County, equipa do quarto escalão do futebol inglês. O defesa assinou no final de Agosto com a equipa que tem Sven-Goran Eriksson como director desportivo, e rescindiu no final de Setembro. Um jogo oficial, do qual saiu derrotado, bastou para o jogador mudar de ideias.
A mudança de Campbell foi curta, mas em Portugal há casos de jogadores que tiveram passagens ainda mais efémeras pelos principais clubes. Algumas relações laborais duraram apenas escassos dias, ou até mesmo algumas horas.
Confira a lista das transferências mais efémeras do futebol português:
1. Rodion Camataru. O Benfica andou vários anos a «namorar» este avançado romeno, por indicação de Eriksson, mas só o conseguiu trazer para Lisboa em Setembro de 1985, quando o técnico sueco já tinha seguido para Itália. Camataru defrontou o F.C. Porto no segundo de dois jogos particulares que assinalaram a inauguração do terceiro anel do Estádio da Luz, mas depois regressou a casa. A ditadura romena de Ceausescu impediu a transferência.
2. Frank Rijkaard. Uma das mais figuras da história do futebol holandês chegou a Lisboa em Fevereiro de 1988, para jogar no Sporting, pela mão de Jorge Gonçalves. A Federação Portuguesa de Futebol vetou a inscrição, por ter expirado o prazo, e o holandês seguiu emprestado para o Saragoça. Alguns meses depois era contratado pelo Milan.
3. Nial Quinn. Foi anunciado como reforço do Sporting no verão de 1995. Chegou mesmo a passear com Santana Lopes (então presidente leonino) no Cais do Sodré, mas voltou para o Manchester City. Terá sido recusado por Carlos Queiroz, dizem.
4. Sigurd Rushfeldt. O avançado norueguês foi apresentado como jogador do Benfica em Agosto de 1999. Problemas com as garantias bancárias fizeram com que o Rosenborg ordenasse o seu regresso à Noruega. Vale e Azevedo, presidente do Benfica na altura, disse mais tarde que o jogador não tinha aguentado a pressão e que até se tinha urinado pelas pernas abaixo, no dia da apresentação.
5. Oleh Luzhny. Em 1999 apareceu na Luz e até chegou a treinar, mas Vale e Azevedo não satisfez as exigências do Dínamo de Kiev. Acabaria por ser vendido ao Arsenal, sem grande sucesso.
6. Leandro Amaral. O F.C. Porto via nele o substituto de Jardel, transferido para o Galatasaray. Chegou à Invicta no dia 14 de Julho de 2000, para fazer exames médicos, e no dia seguinte foi apresentado...na Fiorentina. «Se for preciso peço desculpa», disse ao Maisfutebol dias depois, já em Florença.
Estas são algumas das transferências mais fugazes da história do futebol português. Outros exemplos existem, que os nossos leitores podem recordar através da caixa de comentários. Recorde-se que a ideia é recuperar jogadores que estiveram apenas alguns dias nos clubes, e não referir aqueles que jogaram muito pouco, mas que permaneceram por cá algum tempo.