Os clubes europeus querem mudanças no calendário internacional, que define as balizas para cada época e os períodos de paragem para as seleções, anunciou Andrea Agnelli, presidente da Associação Europeia de Clubes (ECA). Em cima da mesa, para o ciclo a partir de 2024, uma redução das janelas de interrupção para as seleções, mas também o objetivo de reduzir o número de jogos nas competições nacionais.

O italiano, igualmente presidente da Juventus e membro do Comité Executivo da UEFA, falou sobre o assunto em conferência de imprensa após a Assembleia-Geral da ECA, onde anunciou também o plano para a criação de uma nova competição europeia de clubes.

«O calendário internacional define a agenda de jogos. Neste momento existem as janelas de libertação de jogadores, em setembro, outubro, novembro e março, com dois jogos por janela. Talvez seja possível reduzir as janelas aumentando os jogos», afirmou.

Outra ideia é harmonizar as datas dos campeonatos continentais de seleções. «Há a questão de alinhar os torneios continentais, há provavelmente espaço para alinhar esses torneios», afirmou, falando depois na competição do ponto de vista dos clubes. «Há espaço para aumentar competição internacional, que é os clubes querem, com uma redução de jogos domésticos. Mas também uma harmonização. Por exemplo, em Inglaterra numa época podem jogar-se um máximo de 53 jogos domésticos, na Alemanha 43. Dez jogos no fim da época é muita diferença.»

A Assembleia da ECA analisou ainda o processo de implementação do VAR, com Agnelli a dizer que os clubes são favoráveis a que o processo avance por parte da UEFA. E falou também sobre fair play financeiro, que a ECA defende estar a resultar. Agnelli citou os dados divulgados recentemente pela UEFA. O organismo anunciou que em 2017 o conjunto do futebol europeu deu lucro pela primeira vez desde que há registos, acima dos 600 milhões de euros.