«Esta primeira fase vai abranger 70% da população e 40% do território», avançou em conferência de imprensa o administrador da Anacom, Eduardo Cardadeiro.
A segunda fase ocorrerá em Março de 2012, altura em que se dará swich off [ou seja, o desligamento] nas regiões autónomas dos Açores e Madeira, que vai atingir 5% da população.
Já a terceira fase está apontada para Abril de 2012, data em que deverá acontecer o «desligamento total» que irá «abraçar» o restante do território continental, correspondendo a 25% da população.
Mas antes de arrancarem estas três fases - e para evitar problemas - a Anacom explicou que haverá «em algumas zonas piloto do país a cessação do sinal analógico já em Janeiro de 2011», acrescentou Eduardo Cardadeiro, no dia em que a Anacom revelou que vai colocar o documento em consulta pública até 18 de Maio.
A ideia é «monitorizar o que acontece nessas áreas, porque é muito mais fácil controlar o que acontece em pequenas localidades, de 20 mil habitantes, do que no país todo», adiantou ainda o mesmo responsável antes de revelar que «a cobertura da rede de TDT em sinal aberto [atribuída à PT] já chega a 80% da população portuguesa», sendo que se prevê que «compreenda os 100% no final deste ano».
O plano já foi submetido à audiência prévia da PT Comunicações e também aos canais RTP, SIC e TVI.
Recorde-se que a União Europeia já tinha fixado 2012 como o ano limite para o fim da televisão analógica, que vai ser substituída pela Televisão Digital Terrestre (TDT). O próprio Conselho de Ministros também já tinha dado «luz verde» a data de 26 de Abril de 2012 para o final das emissões.
A operadora Portugal Telecom chegou a avançar que estava em condições de antecipar a data limite para Janeiro de 2011, mas o regulador preferiu não se comprometer e, por isso, manteve o plano inicialmente apontado.
Quanto é que as famílias podem vir a gastar?
Apesar de «muitos televisores» já serem compatíveis com a televisão digital, os mais antigos ainda não suportam as novas emissões. Por isso, é essencial que as famílias portuguesas que comprem novos equipamentos (plasmas ou LCD) verifiquem se são compatíveis (Full HD, MP4). Para já estão a ser estudadas formas de apoiar a compra das set-top-boxes.
O preço de uma set-top-box, por exemplo, pode variar entre 75 euros (uma versão mais básica) e 200 euros.
O administrador da Anacom, Eduardo Cardadeiro, adiantou na mesma conferência de imprensa que «os preços de muitos equipamentos (como televisões, LCD) já caíram cerca de 60%», sendo que «continuam com uma tendência decrescente.
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