Sábado, a festa. Domingo, o descanso do guerreiro... na medida do possível. Eduardo foi eleito um dos heróis do V. Setúbal ao ter defendido três dos penalties através dos quais foi conquistada ao Sporting a primeira Taça da Liga.
Depois dos festejos que começaram logo no relvado do Estádio Algarve a seguir à defesa do remate de Izmailov, agora há mais tempo para pensar nas coisas; para saboreá-las já à distância do turbilhão de emoções e para desfrutá-las, agora que a equipa goza o descanso dos justos, com a família.
Foi assim - ou quase, não fossem as sucessivas conversas com todos os meios de comunicação solicitadas - que Eduardo passou o dia seguinte àquele em que passou a pertencer à galeria de heróis do Vitória.
«É um dia feliz, que foi passado com a família. Almocei com a minha mãe e agora estou com a minha namorada», contou Eduardo ao Maisfutebol sobre um dia em que o triunfo tem sido vivido «com mais reflexão» e em que se dá mais tempo à «felicidade por aquilo que se conseguiu». «É um dia bom», sintetizou.
A necessidade de partilhar com os adeptos
Um primeiro momento de festa logo no estádio algarvio foi seguido pela viagem de regresso a Setúbal para se terminar as comemorações do dia em casa, junto das «centenas de adeptos» que prepararam a recepção junto à Câmara Municipal.
«Fomos recebidos em apoteose. Foi tudo eufórico», recordou Eduardo sobre mais uma etapa que durou até de madrugada, mas que valeu a pena. Ganhar um troféu é sempre motivo para celebrar; agradecer o apoio tem a importância recíproca para o guardião da equipa sadina: «Estávamos cansados, mas não podíamos deixar de estar presentes. Não podíamos deixar de partilhar com a cidade e com os adeptos esta alegria.»
A alegria mantém-se, mas também a época continua. Ganho primeiro troféu do ano de 2008, o Vitória vai voltar à normalidade dos treinos e dos jogos: «Agora, o que se segue daqui para a frente é o Boavista. E é nisso que nos vamos concentrar.» «As coisas ganham-se, desfrutam-se, mas há outros jogos e estamos a disputar o campeonato», frisou.
Vários jogos faltam ainda ao V. Setúbal em duas competições e não se sabe se não será preciso Eduardo voltar a defender penalties. O guarda-redes dos sadinos acredita que ninguém passará a ter algum gosto especial por batê-lo entre os postes depois da exibição decisiva de ontem; acredita que «vai ser normal».
Mas sobre o efeito-Eduardo que pode influenciar o marcador no sentido inverso pelo adversário que vê na baliza, o guardião até gostaria que aquele se verificasse: «Era bom que se sentissem pressionados, sim. Era bom para mim que falhassem.»