O reitor da Universidade Técnica da Lisboa defendeu esta quinta-feira a decisão de atribuir o grau de Doutor Honoris Causa a José Mourinho, numa cerimónia que vai decorrer na próxima segunda-feira. Fernando Ramôa Ribeiro diz que a proposta foi acolhida quase por unanimidade pelo senado da Universidade.
«Foi um processo normalíssimo. A Faculdade de Motricidade Humana (FMH) propôs dois títulos Honoris Causa, o de José Mourinho e o do professor alemão Dietmar Schmitbelicher, e é estranho que só falem agora do de Mourinho», afirmou o reitor em declarações à Lusa, depois de alguns professores catedráticos da Faculdade terem criticado, no «Diário de Notícias» a opção pelo agora treinador do Inter, defendendo que devia ter sido dada prioridade a outros treinadores, como Carlos Queiroz e Jesualdo Ferreira.
«Há dois processos idênticos, com o mesmo procedimento, sobre um nada foi dito, sobre outro é dito que não foram ouvidos. A decisão foi unânime, só com a abstenção de um professor de Veterinária. O Senado tem os representantes dos professores, com 30 catedráticos a fazer parte da comissão científica. A UTL tem 1.200 professores, é evidente que não sejam ouvidos todos», defendeu ainda.
Ramôa Ribeiro considera de resto que José Mourinho, vencedor da Taça UEFA em 2002/03 e da Liga dos Campeões em 2003/04 pelo FC Porto e campeão inglês em 2004/05 e 2005/06 pelo Chelsea, tem feito muito pela imagem da Faculdade onde se formou, além representar «muito bem» o país.
A cerimónia de segunda-feira inclui um encontro de José Mourinho com os estudantes da FMH, além da cerimónia de condecoração do treinador, terminando com uma conferência de imprensa.