O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, falou do caso dos emails, em entrevista ao canal do clube, admitiu que os encarnados ofereceram bilhetes, mas declarou que «não há nem nunca haverá corrupção» emblema da Luz.

«Que fique muito claro para os benfiquistas», disse Vieira, que acrescentou que «há é seis meses em que um crime está a ser cometido contra o Benfica».

O dirigente assumiu que o clube «não estava preparado» para o que está a suceder, embora diga que não está «preocupado com qualquer email» e que para o Benfica é «importante a investigação» da Polícia Judiciária.

O último desenvolvimento das revelações que têm sido feitas, primeiro pelo diretor de comunicação do FC Porto, mais recentemente pela comunicação social, tem a ver com a oferta de entradas para jogos do Benfica a um juiz do Tribunal Arbitral do Desporto, que entretanto pediu demissão do cargo.

Vieira assumiu que «o Benfica ofereceu os bilhetes», para acrescentar de seguida: «Mas há alguém neste país que não ofereça bilhetes às instituições?»

Questionado sobre o email em que surgia a dizer ao assistente jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, que era preciso «dar cabo da nota» ao árbitro Rui Costa em determinado jogo, o presidente dos encarnados respondeu que «se fossem ver os emails de toda a gente iam surgir coisas muito piores do que esta», referindo-se ao tipo de linguagem usada. De novo, Vieira usou uma interrogação: «Mas isto é condicionar alguém? Vejam que fez mais reclamações.»

Luís Filipe Vieira falou ainda sobre Paulo Gonçalves, que declarou «um grande profissional» e defendeu que «não se faz uma reclamação [da nota de um árbitro] sem se fazer um relatório com imagens», para justificar o conteúdo de emails relacionados com o tema.