A Comissão de Disciplina da Federação cancelou a licença de Paulo Barbosa na sequência de uma queixa do Benfica, ainda por causa da transferência do lateral Miguel para o Valencia. O Maisfutebol contactou o próprio empresário para tentar perceber a história, mas Paulo Barbosa apenas se limitou a dizer que vai recorrer desta decisão para o Conselho de Justiça. Fonte ligada ao processo, porém, adiantou não perceber este cancelamento, até porque a licença já estava cancelada antes.
Com efeito, por incumprimento para com o seguro que todos os agentes FIFA estão obrigados a pagar desde que a actividade passou para o âmbito das federações nacionais, Paulo Barbosa viu a licença para representar jogadores ser-lhe cancelada. Logo aí, a FPF comunicou à FIFA que o empresário português estava com a licença suspensa e não podia, portanto, representar jogadores. Nesse sentido, Paulo Barbosa não percebe como pode voltar a ficar com a mesma licença outra vez suspensa.
Empresário foi condenado devido à transferência de Miguel sem ser ouvido
Mas a verdade é que ficou. A Federação afirmou-o esta quarta-feira em comunicado, depois de uma decisão da Comissão Disciplinar na sequência de uma queixa apresentada pelo Benfica. Uma queixa que tem ainda a ver com a transferência de Miguel, a qual deu origem a um processo de inquérito. O referido processo correu os trâmites normais, foram ouvidas testemunhas, foram apresentadas provas, mas Paulo Barbosa nunca foi ouvido. O que a mesma fonte considerou estranho, já que o empresário era a parte mais importante do processo. No final Paulo Barbosa foi condenado por ter feito declarações públicas como intermediário da negociação sem o ter sido e sem ter qualquer contrato com Miguel registado na Federação Portuguesa de Futebol, algo que é uma formalidade obrigatória do código dos agentes FIFA.