Éder foi institucionalizado quando era jovem e chegou a passar por Braga. Durante um ano, esteve na obra do Frei Gil. Rumaria a Coimbra e despontaria na Académica até regressar à cidade dos Arcebispos, onde realizou uma bela temporada, marcada por uma lesão que condicionou a sua afirmação.

- Em Touriz jogou com nomes como Licá e Gonçalo Santos, que agora se destacam no Estoril. Como foram esses tempos com eles? Acha que merecem algo mais, como um grande ou a seleção?

- Sim, acho que merecem algo mais. Ainda mantemos contacto, são meus amigos e, pelas qualidades que eles têm, acho que merecem mais, sem dúvida. Para além das qualidades futebolísticas, são também grandes pessoas.

- E há alguma situação especial ou caricata desses tempos que queira recordar?

- Cheguei a viver com o Licá, quando fomos para a Académica. Também vivi com o Gonçalo, em Touriz. Há muitos episódios engraçados, mas....» [risos].

- Teve vários treinadores na Académica como Domingos, Pedro Emanuel, Jorge Costa ou Villas-Boas. O que recorda deles?

A vontade de vencer. São grandes treinadores e foram sempre muito ambiciosos.

- Tinha vários clubes interessados, mas acabou por assinar pelo Sp. Braga. Porquê essa aposta?

- Recebi o convite do Sp. Braga e achei que era um bom projeto para mim. Decidi agarrar a oportunidade com todas as forças e acho que me tem corrido bem, tirando este pequeno infortúnio. Acho que optei bem e sinto-me feliz aqui.

- Esta vinda para Braga acaba por ser, também, um regresso...

- Sim, é verdade. Antes de ir para o Lar Girassol, em Coimbra, estive internado aqui em Braga na obra do Frei Gil, e passei cá um ano. Por isso, acaba por ser um regresso a Braga, e um regresso feliz.

- Lesionou-se numa fase crucial da época. Foi a sua primeira lesão grave na carreira?

- Sim, foi a mais grave até agora. Já tinha sido operado ao menisco, mas esta é, sem dúvida, uma lesão mais grave. Mas vou conseguir superar.

- Como tem sido o seu dia a dia? É difícil lidar com esta situação?

- Não tem sido muito difícil lidar com a situação. Os primeiros dias depois de saber o diagnóstico foram um bocado chatos, atendendo até ao momento por que eu estava a passar. Depois disso, é só pensar em recuperar. É para isso que estou a trabalhar com a equipa médica e com a equipa técnica do Sp. Braga, que me têm dado muito apoio, e acredito que vai correr tudo bem.

- Lamentou não ter ajudado mais o Sp. Braga nesta temporada?

- Lamento não ter podido fazer parte da lista de convocados de alguns jogos. Lamento não ter estado mais presente, mas estive sempre a torcer pelos meus colegas.

Acha que com a sua ajuda esta disputa pela Liga dos Campeões teria ficado resolvida mais cedo?

- Vivia um bom momento, as coisas estavam a correr-me bem. O que aconteceu foi uma infelicidade, mas nós temos jogadores com o seu valor e que souberam ajudar a equipa.