Uma semana depois de ter assumido o estatuto de recordista de jogos na Liga Europa (45), ultrapassando o ex-benfiquista Óscar Cardozo, Daniel Carriço concede uma entrevista à MF Total. O desejo de chegar à Seleção Nacional e a luta pelo título em Portugal são alguns dos temas abordados, mas no excerto que se segue a conversa centra-se no recorde, na possibilidade de conquistar a Liga Europa pelo segundo ano consecutivo e a luta por uma presença na próxima edição da Liga dos Campeões.
 
Tornou-se recentemente o recordista de jogos da Liga Europa (45 presenças), ultrapassando o ex-benfiquista Óscar Cardozo. Qual a sensação de alcançar esta marca?
É sempre ótimo. Não é fácil, e eu não sou assim tão velho (risos). Fiz muitos jogos no Sporting, e agora também no Sevilha. Claro que se possível quero estar na Liga dos Campeões, mas atingir esta marca na Liga Europa também é muito prestigiante.
 
Agora já pensa em terminar a época com 48 jogos na prova e o troféu outra vez nas mãos?
Claro, esse é o objetivo a curto prazo. Fazer mais três jogos e revalidar o título. É sempre complicado vencer a prova, ainda para mais dois anos seguidos, mas vamos lutar pelo troféu.
 
Como perspetiva este duelo agora com a Fiorentina, nas meias-finais?
A Fiorentina é uma excelente equipa, tem jogadores de classe mundial. Vai ser um grande desafio, ma eliminatória muito igualada. Queremos já ficar em boa situação no primeiro jogo, para depois encarar da melhor maneira a visita a Itália.
 

O Sevilha costuma ser muito forte em casa. Isso vai pesar na estratégia?

Sim, em casa parece que temos um 12º jogador. Qualquer pessoa que vai ao nosso estádio fica fascinada com a afición. Apoiam do primeiro ao último minuto.
 
E como vai ser reencontrar o Matías Fernández, antigo colega de equipa no Sporting?
Vai ser bom. Joguei vários anos com ele. É um grande jogador e um amigo. Vai ser bom revê-lo. Já joguei umas meias-finais ao lado dele, e agora vamos estar em lados opostos.
 
Após a conquista da época passada, frente ao Benfica, falou-se muito daquele beijo ao Rakitic, nos festejos. Se este ano o Sevilha voltar a erguer o troféu como será?
Foi um momento de euforia. Aqui em Espanha existe o hábito de beijar na cara, e no momento saiu um beijo na boca. Não foi mais do que isso. Falou-se muito, e este ano, se ganhar outra vez, se calhar vou ter mais cuidado (risos). Mas o importante seria o Sevilha voltar a marcar presença na final e a conquistar o título.
 
O Sevilha tem feito excelentes campanhas na Liga Europa, mas a ambição passa por entrar na Liga dos Campeões, não é verdade?

É um dos nossos objetivos. No início da época a meta era alcançar uma qualificação europeia, e isso já está conseguido. Agora queremos algo mais. Valencia e Atlético de Madrid são muito fortes, mas vamos lutar. E depois temos também a via da Liga Europa, pois se vencermos a prova também entramos na Liga dos Campeões.
 
Segue-se agora a receção ao Real Madrid, que está na perseguição ao Barcelona. Vai ser um jogo muito importante...
Já recebemos o Barcelona, mas estamos invictos em casa. Queremos continuar assim, mesmo defrontando uma das melhores equipas do mundo, que tem um dos melhores jogadores do mundo, ou mesmo o melhor. Se o Real Madrid perder fica praticamente afastado do título.
 
O Sevilha a tentar chegar aos lugares de acesso à Liga dos Campeões e o Real Madrid a lutar pelo título com o Barcelona. A pressão é igual?
São objetivos diferentes. O Real Madrid talvez esteja mais pressionado, mas nós nunca queremos deixar mal os nossos adeptos.

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