Bruno Lopes não esconde o «orgulho» de o seu país ter organizado o último Campeonato do Mundo, mas assume também que sentiu «vergonha» depois de ver as manifestações que considera um aproveitamento político de um acontecimento desportivo que poderia ter beneficiado muito o Brasil.

«O que se passou no Mundial foi uma das piores coisas que aconteceram para o nosso país. Para mim não passou de uma jogada política», afirmou em entrevista ao Maisfutebol o avançado brasileiro do Estoril frisando que os seus compatriotas «podiam estar a protestar agora e não estão».

«Agora é a época das eleições e se querem mudar alguma coisa, agora é a altura, nas urnas. E não expondo o país para o mundo», analisou o jogador de 28 anos com deceção: «Durante aquelas manifestações sentia-me envergonhado pela imagem que se estava a passar para o mundo.»

Bruno Lopes considera que «aproveitaram as manifestações para tentar derrubar o governo», mas também que «não se mudou nada: a saúde continua acmesma coisam, a educação a mesma coisa...» O que aconteceu foi que «as pessoas diminuem as idas ao brasil porque acham que não é seguro».

O jogador brasileiro refere que «não pararam um instante para pensar em aproveitar para levar investidores para o país, para criar emprego» e contrapõe medidas de força para a acabar com a criminalidade: «A pena de morte.» «O meu país é o único em que o bandido recebe mais do que o trabalhador», diz.

Apontando o dedo aos opositores da pena capital que nunca forma vítimas de um crime de sangue, Bruno Lopes assegura quer «o mal» do Brasil «é uma pessoa não ter medo, estar aqui a conversar e por qualquer perturbação ou necessidade pegar numa arma e tirar a vida de um inocente». «Porque no meu país ninguém tem medo de ser preso», esclarece.