Leandro Silva, médio de 20 anos do FC Porto B, anda nas bocas do futebol europeu: na Premier League Internacional Cup fez um hat-trick, mas fez sobretudo um grande golo do meio campo, num chapéu perfeito.
 
Em entrevista ao Maisfutebol, o jovem jogador recorda como foi aquele momento de inspiração e conta todos os pormenores de um grande golo.
 
Aquele golo quase do meio campo... o que foi aquilo? Momento de inspiração?
Já tinha reparado durante o jogo que o guarda-redes, quando a bola se encontrava no nosso meio campo, estava sempre muito adiantado. Um minuto antes de dar o chapéu fui ao banco e perguntei ao mister Luís Castro se lhe podia tentar fazê-lo.
 
E ele, o que respondeu?
Ele respondeu-me que sim. E eu fiz o chapéu.
 
Até parece que foi fácil...
Saiu perfeito. Foi uma bola boa.

 

Mas foi um gesto que já tinha ensaiado nos treinos ou em algum jogo?
Sim, volta e meia, nos treinos, tento, e às vezes consigo. Em jogo nunca tinha tentado.
 
E quando tenta nos treinos costuma sair bem?
Sim, sim, volta e meia sai bem. Não é a tanta distância, mas num espaço mais curto também costuma sair bem. Por isso senti que se a bola saísse bem dos meus pés, podia ser golo. O guarda-redes estava bastante adiantado, nunca na vida devia imaginar que eu ia fazer aquilo. A bola saiu tensa e bem direcionada, vi logo que podia ser golo.
 
O Leandro não é um médio goleador, por isso a pergunta é: o que aconteceu naquele jogo para fazer um hat-trick?
Sempre fui falado pelo forte remate, é uma das melhores armas. Tive a felicidade de fazer três golos em três remates e, principalmente os dois últimos, foram muito bonitos. É uma qualidade que eu tenho. Antes disso já tinha feito dois ou três remates ao poste. No jogo com o Fulham, por exemplo, tinha atirado ao poste na origem do golo do André Silva.
 
Mas na II Liga ainda não fez nenhum golo...
Sim, é verdade. São coisas que acontecem. Parece que na Internacional Cup estou com a pontaria mais afinada.
 
Naquele jogo estava Mourinho. Ele falou consigo ou soube se disse alguma coisa?
Não, não, não. A mim ninguém me disse nada. Soube que estava lá, mas só isso.

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