André Martins é reforço do Olympiakos para as próximas três temporadas e será orientado por Paulo Bento, o mesmo treinador que o chamou pela primeira vez à seleção nacional A pela qual conta duas internacionalizações. 

O médio vai jogar assim pela primeira vez no estrangeiro, mas irá ser orientado por um treinador português e também será em solo luso que se juntará à nova equipa: o Olympiakos vai jogar com o Arouca, esta quinta-feira, e André Martins seguirá depois com a formação grega para a Grécia.

Curiosidades, apenas, numa aventura que precisará de um tempo de adaptação e na qual o internacional português espera ter sucesso e conquistar muitos títulos, tal como disse ao Maisfutebol. Vai vestir de vermelho, depois de 14 anos de verde e branco, mas «é uma cor como outra qualquer».

Ao fim de 14 anos, assinou por outro clube: o Olympiakos. O que espera deste novo desafio?

Espero que corra tudo bem, ter sucesso e ajudar o clube. É um clube que está habituado a ganhar e eu quero ajudar a que assim continue: espero fazer parte da história do Olympiakos e conseguir mais títulos para o clube.

Vai vestir de vermelho, a cor do rival do Sporting...

É verdade, mas é uma cor como outra qualquer. Gosto muito do verde, mas joguei ainda agora de vermelho pela seleção. (risos) 

Vai ser também a sua primeira experiência no estrangeiro. Está com receio? Nem sempre corre bem…

Não, não tenho qualquer receio. Se tivesse não tinha aceitado este projeto, que acho que vai ser bom para mim. Estou a precisar de outros ares. Acho que vai ser uma experiência boa e que vai correr bem. Ao início precisarei de tempo para me habituar, como é normal, mas espero adaptar-me rapidamente para conseguir fazer e dar o meu melhor.

Já conhece alguma coisa da Grécia ou, como se diz, vai ver-se grego?

(risos) Não, não conheço nada. Só o clube. Sei que é uma língua difícil, mas dizem que Atenas é uma cidade boa para se viver e sendo Olympiakos um bom clube, acho que estão reunidas as condições para que tudo corra bem. Tudo dependerá de mim também.

Já há muito se sabia que não ia continuar no Sporting e, inclusive, esteve sem clube durante mais de um mês. Houve outras propostas?

Sim, houve, mas agora não interessa falar sobre elas. Não foram aceites. Houve umas que correram mal e outras que estavam bem encaminhadas, mas eu decidi assim. E acho que foi o melhor para mim.

Porque escolheu o Olympiakos? Já tinha sido apontado ao clube quando Marco Silva estava no comando e assinou numa altura em que também já se falava que Paulo Bento ia ser o treinador…

Sim, é verdade e claro que ter lá o Paulo Bento é importante, mas escolhi o Olympiakos pelo clube em si. Sempre tive boas referências. É um clube muito grande e que está habituado a ganhar. O que me atraiu foi a história, a grandiosidade e a oportunidade de jogar.

O Paulo Bento foi o treinador que o chamou à seleção A e voltam agora a trabalhar juntos…

É verdade, foi ele que me chamou à seleção e vamos estar, outra vez, a remar para o mesmo lado. É um grande treinador, que já conheço há muito tempo. Vamos para lá para ajudar o Olympiakos a ter sucesso. Ele vai fazer o trabalho dele e tentar fazer o melhor, e eu também. Juntos espero que consigamos obter muito sucesso pelo Olympiakos.

Curiosamente os próximos jogos do Olympiakos são já esta quinta-feira e na próxima com o Arouca, a contar para a Liga Europa. O que espera dessa eliminatória?

Acredito que vá ser difícil, pelo menos em Arouca, porque é um terreno muito difícil pelo que conheço dos anos em que lá joguei pelo Sporting. É uma equipa forte a jogar em casa e que nos vai criar com certeza muitas dificuldades, mas acho que temos muitas hipóteses de ser apurados.

Mas é uma equipa portuguesa e até gostava que seguisse em frente, não é?

Claro! Gostava que fosse mais longe, mas apanhou o Olympiakos e por isso agora, ainda que lamente, quero que fique pelo caminho. O Olympiakos costuma andar sempre nas competições europeias, ir à Liga dos Campeões, e não estando, agora vai dar tudo na Liga Europa.

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