Nuno Assis terminou a carreira no final da última época após quatro anos ao serviço dos cipriotas do Omonia. O jogador que se notabilizou ao serviço de clubes como o V. Guimarães e o Benfica teve várias propostas para sair para o estrangeiro, mas só deixou Portugal em 2010. Quando já tinha 33 anos rumou ao Al Ittihad, da Arábia Saudita, onde diz ter aprendido muito num país com uma cultura diferente.

Em conversa com o Maisfutebol, Nuno Assis seleciona ainda os melhores craques com quem jogou e fala dos treinadores que o marcaram, entre eles Jorge Jesus e Rui Vitória, com quem trabalhou no V. Guimarães em duas fases distintas.

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Quem foi o melhor jogador com quem se cruzou na mesma equipa?

Foram vários, mas as referências são o Rui Costa, o Aimar, o Miccoli, o Nuno Gomes…

Em 2010 saiu pela primeira vez para um clube estrangeiro. Foi jogar para a Arábia Saudita aos 33 anos. Do que foi à procura?

Na altura tinha propostas de Inglaterra, uma delas do Leicester, que na altura estava no Championship. Optei por ir para a Arábia Saudita porque, com a idade que eu já tinha, era uma proposta irrecusável. Fui com o Manuel José.

Correu bem a adaptação a uma cultura completamente diferente?

Adaptei-me super-bem. Não é fácil, principalmente para a família. Não tive qualquer tipo de problema, mas é complicado em termos de organização. É mais ou menos assim: se correr bem, dão-te tudo. Se não corre, não te dão nada. Mas tive bons momentos. Joguei em países onde provavelmente nunca teria jogado e aprendi bastante.

Jorge Jesus, Trapattoni, Koeman, Fernando Santos… Qual foi o melhor treinador que apanhou na carreira?

Não fica bem estar a referir-me a um ou outro. Mas tive vários bons treinadores desde os meus… 16 anos. Uns melhores do que outros, mas todos me marcaram. Claro que o Jesus, o Fernando Santos, o Manuel Cajuda, que foi alguém que me fez ver as coisas de outra forma, o Rui Vitória, não esquecendo Trapattoni, como é óbvio, o Manuel José e o próprio Toni, que são pessoas com muita experiência e que me ensinaram muita coisa.

Alguma vez pensou em seguir a carreira de treinador?

Pensei e ainda continuo a pensar [risos]. Nunca se sabe.

Falou em Rui Vitória, com quem trabalhou no V. Guimarães. Ficou surpreendido com o sucesso dele no primeiro ano no Benfica depois das dificuldades iniciais que enfrentou?

Não! Ele tem mérito pelo que fez, por ter conseguido que as coisas mudassem. Mas não fez algo de anormal. No Benfica a exigência é ganhar.

Tem acompanhado este início de época? Quem parte à frente?

Ainda estamos no início. Os clubes têm jogadores novos. No ano passado, o Benfica não começou bem e acabou por ganhar o campeonato. É muito prematuro falar no que quer que seja. Se perspetivo uma luta a três? Claro. Até esperava que fosse mais do que a três, com o Sp. Braga e o V. Guimarães, mas não é fácil.

E por quem é que torce um jogador que esteve tantos anos ligado ao Sporting e que foi campeão no Benfica?

[risos] Pelo melhor! O melhor que ganhe. Costumo dizer que sou do Vitória para ninguém se chatear. Também foi o clube onde passei mais tempo e onde fiz grandes épocas. Que ganhe o Vitória!

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