O Paços de Ferreira está a um empate de poder chegar de novo a uma competição europeia, por via de pré-eliminatória da Liga Europa.

O sexto lugar é a vaga mais desejada da última jornada do campeonato e o conjunto de Paulo Fonseca é o que está mais bem posicionado para o agarrar.

Um empate basta para selar o sexto posto, mas o jogo será de grau de dificuldade elevada: na Choupana, diante do Nacional, outro forte pretendente. Os nacionalistas, mesmo ganhando, ficam a depender de uma não vitória do Belenenses em Barcelos.

Paulo Fonseca, em entrevista ao Maisfutebol, assume o sonho de levar o Paços pela segunda vez à Europa, em dois anos no clube, mas retira a carga dramática: «Se não acontecer não há problema».

O jogo com o Nacional, este sábado, é o mais importante para si desde que saiu do FC Porto?
Não. Não vejo as coisas assim. É um jogo importante, gostaríamos muito de ultimar, neste último jogo, contra o Nacional, o que conseguimos ao longo da época. Se não acontecer, acho que não vai haver problema nenhum. As pessoas têm a noção do trabalho que fizemos ao longo da temporada. Gostávamos muito de ir à Europa, agora temos a noção de que vai ser muito difícil, muito exigente, perante uma equipa que tem outras armas que nós não temos. Temos que dizer isto de uma forma muito realista: o Nacional foi das equipas que mais se reforçaram em janeiro, mas isso não nos retira ambição. Acreditamos que é possível ir lá e conseguir o resultado.

 
Na primeira volta, o Paços perdeu em casa com o Nacional, talvez tenha sido dos jogos que correram pior para a sua equipa…
Esse jogo não foi diferente do que têm sido os jogos do Paços em casa. Teve a ver com um contexto difícil do futebol que foi termos que atuar nos últimos 40, 50 metros contra uma equipa que é exímia no contra-ataque. A nossa equipa acaba por ser obrigada a expor-se e nesse jogo não conseguiu contrariar as saídas para o ataque do Nacional. E o Nacional tem jogadores fortíssimos no setor ofensivo, criaram-nos problemas, nomeadamente nos golos, porque até aí não nos tinham criado grandes problemas. Não sendo um dos nossos melhores jogos, não foi também um jogo em que merecêssemos sair derrotados.


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«Será com enorme prazer que irei com o Paços para a Europa»

Está muito perto de cometer a proeza de colocar pela segunda vez o Paços numa competição europeia, em duas épocas no clube. Há um ano, estava no FC Porto quando aconteceu a pré-eliminatória da Champions. Não tem vontade de, desta vez, ser treinador do Paços na Europa?
Uma coisa é a minha vontade, outra é o que pode surgir daí. Temos que ser muito claros: tenho mais um ano de contrato com o Paços. Se as coisas continuarem como estão até agora, serei o treinador do Paços na próxima época. Tenho contrato. Sou profissional. Se não me surgir uma proposta desportivamente mais interessante, será com enorme prazer que irei com o Paços para a Europa, a confirmar-se esse apuramento».