O Tondela visita este sábado o Estádio da Luz, para defrontar o Benfica, o que foi um ótimo pretexto para falar com Tomané.

O avançado falou, nesta terceira parte da entrevista, da chamada de Dyego Sousa à seleção e da própria equipa nacional, mas olhou também para o Campeonato de Portugal.

Fernando Santos tem promovido várias estreias na seleção nacional e a mais recente foi a do avançado Dyego Souza, do Braga. O Tomané acredita que pode chegar lá a curto/médio prazo? Como vê a concorrência?

Eu quero é o melhor para o meu país. Se o selecionador decidiu que o melhor era o Dyego ir, ou outro jogador qualquer, não tenho nada a dizer sobre isso. São opções. A mim compete-me apenas dizer que trabalho sempre com o objetivo de um dia jogar pela seleção, porque é o sonho de todos os jogadores. Se esse dia chegar fico muito feliz e vou continuar a trabalhar até aparecer essa oportunidade. Isto se acontecer, claro. Se não acontecer, há que torcer pelo nosso país.

O Cláudio Ramos [guarda-redes do Tondela] foi convocado no início da época e somou a primeira internacionalização. Isso dá um maior alento para continuar a sonhar com essa chamada à seleção?

Sim, é importante. Não é fácil um clube como o Tondela levar um jogador à seleção. O Cláudio tem esse mérito e o Tondela tem esse mérito. Fico muito feliz por ele, é pena não ter sido chamado agora, mas é o futebol e são opções. Vê-se que o selecionador olha para estas equipas também e há que trabalhar, pensar no dia a dia e aproveitar o que acontecer de bom.

O Fafe está na série A do Campeonato de Portugal, envolvido na luta pelo play-off de subida à II Liga. Tem acompanhado a campanha do clube da terra?

Sim, acompanho. É um campeonato com muita qualidade. Vejo poucas vezes os jogos do Fafe, mas sempre que tenho oportunidade vou ver e é uma boa equipa. É pena um clube como aquele estar no Campeonato de Portugal. Acho que merece mais, tem sempre mil ou dois mil adeptos em casa, fora também leva muita gente e vou torcer para que o Fafe consiga a subida. Não é fácil, porque há muita qualidade e muitos jogadores dessa divisão que vêm para a Liga. São jogadores com muita qualidade. Ainda assim espero que subam, é esse o meu desejo.

O Tomané também jogou nesse campeonato. Considera-o uma boa rampa de lançamento para muitos jogadores?

Joguei no Campeonato de Portugal pelo Vitória B, na subida à II Liga [2013/2014]. Antes disso, logo a seguir aos juniores, estive um ano emprestado ao Limianos [2011/2012]. Não joguei muito, lesionei-me logo e dois ou três meses depois chegou outra rutura. Mas é um campeonato com muita qualidade e extremamente difícil.

É uma boa escola?

É outra realidade. Acho que todos os jogadores deviam passar um bocadinho por essas ligas, porque é tudo diferente e baixa-se um bocadinho à terra. Em clubes como o Vitória, Braga, Porto, Sporting e Benfica as condições são top e nós estamos sempre salvaguardados, defendidos ao máximo na nossa zona de conforto. Quando saímos para esses clubes tudo é diferente, há pessoas que trabalham e depois jogam. Acho que é importante para nos ajudar a crescer.