André Villas-Boas concedeu uma grande entrevista à TVI e ao Maisfutebol, onde abordou vários temas relacionados com o passado, o presente e o futuro.

A relação com José Mourinho fez parte, naturalmente, da longa conversa no Jardim Botânico do Porto. Mas antes, um grande elogio à escola de treinadores portugueses.

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Portugal teve seis treinadores na Liga dos Campeões, como encara esse número?
«É um imenso orgulho, penso que nesta altura a escola de treinadores portugueses é mesmo a mais forte, não esquecendo outras importantes como a própria escola dos treinadores que passaram pelo Barcelona, com uma mentalidade de jogo ofensivo. Em Portugal, o salto dá-se com José Mourinho, claramente, a partir daí viu-se a quantidade de jovens que prefere ser treinador a jogador, foi algo que se tornou notório a partir de 2001/02. O que marca a escola portuguesa é a vontade de dominar vários aspetos de jogo. Para além disso, a nossa capacidade de adaptação a vários ambientes e costumes. Isso vem da nossa história, da história de um povo emigrante, descobridor e explorador.»

Aceitaria tomar um copo de vinho com José Mourinho?
«Se houver novamente essa oportunidade, porque não? Essa pergunta é colocada de forma recorrente, como se houvesse animosidade. Ainda há pouco tivemos uma conversa, há uma relação de respeito mútuo e não se esquecem os momentos de vivemos, muito marcantes. Claro que, quando as pessoas passam a competir, as amizades costumam passar para segundo plano. Não devia acontecer, mas é assim.»

Como assistiu ao regresso de alguns jogadores à seleção nacional, entre os quais Danny do Zenit?
«Os que foram sendo excluídos com Paulo Bento foi mais por questões de disciplina, creio, e a partir do momento em que a Federação decide que pela Federação não há impedimento, acho que Fernando Santos tomou a decisão certa em os fazer regressar.»

Concorda com a aposta em Fernando Santos?
«Acho que Fernando Santos foi uma boa escolha, pela sua grande experiência, pelo trabalho na seleção da Grécia, e esperemos que o castigo seja ultrapassado, era importante. Mas na equipa técnica estão elementos competentes para assumir se isso não acontecer, como Ilídio Vale, uma pessoa que admiro e que tem muita competência.»

Acredita que Portugal estará no Campeonato da Europa de 2016?
«As vitórias frente a Arménia e Dinamarca apareceram, como era essencial aparecerem, e isso criou um espírito novo na seleção, sente-se isso. O leque de opções também aumentou e sinto que estamos no bom caminho para chegar ao Europeu.»

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