Foi ratificada nesta terça-feira, em assembleia-geral da federação espanhola de futebol, uma amnistia que abrange os castigos aplicados a José Mourinho e Tito Vilanova.
O técnico português tinha sido punido com dois jogos de castigo, pelo célebre episódio do dedo no olho do então adjunto de Guardiola, que por sua vez também tinha sido suspenso por um jogo. O perdão da federação espanhola, aplicado tradicionalmente após conquistas da seleção, ou quando o presidente Angel Villar é reeleito, permite que ambos os técnicos ocupem os respetivos bancos na final da Supertaça. Mourinho corria o risco de falhar ambos os jogos, caso não houvesse amnistia, enquanto que Vilanova, agora promovido a treinador principal do Barcelona, perderia a primeira mão.
Esta decisão federativa, antecipada há muito pela comunicação social, mereceu esperadas críticas do Barcelona. «É uma medida que não converte o agressor em inocente, mas que lhe concede a consciência de que pode continuar a agredir impunemente. Entendemos que é um mau exemplo para o futebol espanhol, que uma agressão fique sem castigo», disse Toni Freixa, secretário e porta-voz do emblema catalão.
Já Emilio Butragueño, diretor de relações institucionais do Real Madrid, lembrou que, tal como explicou Villar, «já foram perdoados centenas de atletas». «O Barcelona já foi protagonista no passado e não dissemos nada», acrescentou.