Gerard Piqué, que aceitou baixar o salário que aufere no Barcelona para que o emblema espanhol pudesse inscrever na Liga espanhola jogadores contratados nesta época, garantiu que os restantes capitães dos blaugrana também estão dispostos a ajudar o clube. «Desde o primeiro dia que eu, o Busquets, o Jordi Alba e o Sergi [Roberto] estivemos abertos a isso. Nascemos e crescemos aqui, somos da casa. Não nos alheamos da situação e facilitamos as coisas», disse numa conversa no Twitch.

Para já, apenas Piqué baixou o vencimento, algo que o jogador de 34 anos desvalorizou, certo de que o exemplo dele será seguido. «Todos eles estão perto de chegar a um acordo. Por uma questão de 'timings' decidiram que eu fosse o primeiro para que se pudessem inscrever as novas contratações. Às vezes a informação não flui como gostaríamos ou há mal-entendidos. E eu quero deixar isto muito claro! Os meus companheiros vão fazer o mesmo esforço que eu e gostaria que no Camp Nou as pessoas nos ajudassem estando com a equipa: é disso que precisamos», frisou.

Piqué criticou a anterior direção do Barcelona por «uns anos de gestão não muito boa». «Com Bartomeu [ex-presidente], houve bastantes jogadores que se sentiram enganados. Com Joan [Laporta] a cultura é diferente. Mais trato, vem mais à cidade desportiva... voltaram a haver hierarquias e o presidente assume o comando e toma decisões», constatou.

O defesa catalão garantiu que vai terminar a carreira ao serviço do Barcelona, embora não saiba quando. «Vou-me retirar no Barcelona, tenho 100 por cento de certeza. Não me vejo a jogar noutra equipa. São muitos anos e já fui jogar para fora», disse, referindo-se ao período no qual esteve ao serviço do Manchester United nos primeiros anos de carreira. «No dia em que vir que não sou suficientemente competitivo para não defender a camisola do Barcelona, levanto a mão e dou um passo ao lado.»

Gerard Piqué mostrou ainda confiança nos talentos emergentes da cantera do Barcelona. «Vem aí uma geração que é fantástica: Gavi, Nico, Demir, Riqui e Pedri, que não é da formação mas é muito jovem. E o Ansu, o Araújo e o Eric... Temos muito nível, muita gente jovem com muito nível. Há que preservar sempre a essência do Barcelona! A La Masia é muito importante e não podemos deixá-la de lado para poder competir com outras equipas, clubes ou até países», rematou.