A imprensa do país vizinho não poupa elogios à exibição da selecção portuguesa, considerando que esta deu uma tareia ibérica à Espanha (4-0), no encontro de promoção

a candidatura conjunta ao Mundial de 2018.

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A manchete do jornal desportivo AS utiliza o tal termo, «tareia ibérica», lançando um texto onde também se lamenta a falta de público no Estádio da Luz para o jogo que serviria de cartão de visita para a candidatura luso-espanhol.

Sobre o jogo, não restam dúvidas. Portugal mereceu a goleada e até Cristiano Ronaldo teria festejado, não fosse a errada decisão da equipa de arbitragem. «Portugal toureou-nos», titula a Marca.

O generalista El Mundo recupera a imagem de luta, considerando que «Portugal esmurrou a Espanha». Todos comparam a selecção lusa à Argentina, que também venceu a selecção de Del Bosque em encontro amigável. A EFE, agência de notícias de Espanha, elogia a determinação dos jogadores portugueses, que terão vingado o desaire no Campeonato do Mundo de 2010.

Eis os textos dos jornais espanhóis:

Agência EFE: «Portugal vingou-se da eliminação nos oitavos-de-final do Mundial da África do Sul com um triunfo amplo frente à Espanha (4-0), que encerra o grande ano de 2010 com outra dolorosa derrota, como a que ocorreu no amigável de Agosto na Argentina. Foi uma questão de intensidade na motivação, quase de ardor guerreiro, o que se viu no conjunto de Paulo Bento para esquecer-se parcialmente do encontro do Estádio Green Point na Cidade do Cabo.»

Marca: «Durísimo correctivo de Portugal a Espanha. Os lusos castigaram-nos com uma goleada exagerada, mas que retrata o que a Espanha fez sem bola na segunda metade. Martins abriu o marcador antes do intervalo e no segundo assalto, os portugueses destroçaram-nos em contra-ataque. Marcaram Ramos na própria baliza, Hélder Postiga e Hugo Almeida. Espanha tem de reflectir. Na Argentina e em Lisboa, deram-nos baile.»

AS: «A selecção espanhola caiu goleada por 4-0 no Estádio da Luz. Os lusos foram merecedores da vitória pelo jogo e pelas oportunidades num encontro em que se viu uma das piores versões de La Roja nos últimos anos. Os locais praticaram um futebol baseado na rapidez e no contra-ataque, contra o qual nada pode fazer a Espanha.»

El Mundo:«Dois meses depois de Buenos Aires, chegou o segundo adversário da campeã do Mundo, extremamente vulnerável de novo perante um rival com mais velocidade e atrevimento. Portugal utilizou as mesmas ferramentas que a Argentina para destruir o toque espanhol, convincente nos primeiros minutos, exposto aos contínuos olés do público depois do intervalo.»