BOAVISTA:

Carraça: muita capacidade de apoio ao ataque, raça e compromisso a defender. Do seu pé direito saíram várias bolas que podiam ter tomado rumo à baliza em lances de livre ou canto. Mostrou-se com evidência no regresso da equipa ao Bessa.

David Simão: médio deu capacidade de recuperação e força ao Boavista no centro do terreno, quer na missão defensiva, quer nas transições para o ataque. É elemento crucial para o treinador, que não abdicou do agora camisola oito, como um dos seis jogadores no onze inicial desta noite que transitam da época passada.

Falcone: o homem mais adiantado do Boavista, declaradamente isolado a dar profundidade quando a equipa defendia, procurou segurar bola para capacitar transições. Rodou bem sobre vários adversários, mostrando habilidade e técnica com a bola nos pés. O ex-Desp. Aves ainda cheirou o golo perto do intervalo. Mas Djené cortou-lhe as intenções.

Rochinha: a velocidade e irreverência na forma como parte para cima dos adversários é-lhe reconhecida e voltou a ficar patente esta noite. Iniciou a melhor jogada do Boavista na primeira parte, perto do descanso. Deu que fazer ao marcador direto, Damian, aparecendo por vezes mais pelo interior do campo, no apoio a Falcone. Continuou com ímpeto no segundo tempo.

Raphael Silva: apesar de alguns passes errados, deu poder de antecipação na defesa e envergadura nos lances de disputa pelo ar. Foi um de cinco reforços a jogar de início e é sério candidato a um lugar a titular na equipa. No futuro, falarão tempo e rendimento.

Boavista: 24 jogadores apresentados, Robson e Tahar de fora

GETAFE:

Djené: exibição segura do central togolês, que anulou grande parte das aproximações dos axadrezados à baliza de Ruben Yañez.

Alejo: apesar de várias quezílias em alguns lances com jogadores do Boavista, que motivaram um natural cartão amarelo por reincidência, o extremo direito foi um dos que mais deu garra e vontade ao jogo do Getafe. As arrancadas e tentativas, sobretudo pelo flanco direito, originaram alguns cantos e lances à atenção da defensiva do Boavista.

Merveil: algumas incursões pelo flanco esquerdo e um remate – talvez o mais perigoso do jogo – já perto do minuto 90.