Os oitavos de final do Euro 2016 – os primeiros de um Campeonato da Europa – deixaram algumas indicações estatísticas que ajudam a perceber parte do como as oito seleções que estão nos quartos de final carimbaram o seu apuramento.

A outra parte, a que não é mensurável, vai desde o talento individual dos jogadores à estratégia da equipa e, claro está, comporta o restante das explicações naquilo que o futebol diverge das ciências exatas.

No que há de estatístico nestes oitavos de final verificou-se um total de 235 remates. A seleção mais rematadora foi a Suíça (29) e foi também no Suíça-Polónia que houve o maior número de remates (49) num jogo desta fase.

Aquele que foi logo o primeiro jogo a eliminar do Euro 2016 teve prolongamento, mas jogar 30 minutos não é uma condição fundamental, para se ter mais disparos à baliza. O outro jogo com prolongamento foi o Croácia-Portugal e o total de remates ficou pelos 23 (17-6), enquanto o Hungria-Bélgica teve 41 (16-25). A partida com menos remates acabou por ser o País de Gales-Irlanda do Norte, com 12 (7-5).

Já quanto a pontaria tem de se mudar de campo. O total de remates à baliza foi de 81. O jogo em que houve mais pontapés certeiros foi o Hungria-Bélgica (20) numa divisão 6-14. Os belgas foram mesmo quem mais vezes acertou na baliza adversária sendo que a Croácia nunca conseguiu alvejar na baliza de Rui Patrício.

Foram, no entanto, os croatas os reis do passe nesta ronda do Campeonato da Europa. A Croácia fez 713 passes no confronto com Portugal sendo a única seleção acima das sete centenas neste parâmetro em que a Islândia foi a menos produtiva: 250.

O Inglaterra-Islândia acabou mesmo por ser o único encontro em que uma das equipas fez (mais do que) o dobro de passes do seu adversário. Os oitos jogos desta ronda do Euro 2016 tiveram os jogadores das 16 seleções a fazer um total de 7.452 passes entre si.

Já quanto ao acerto, a seleção com maior percentagem de passes acertados foi a Alemanha: 86,9%. No sentido inverso, das seis seleções que não chegaram aos 80%, quatro ficaram na casa dos 70% e duas não passaram da dos 60%. A República da Irlanda tem o pior registo, com 62% – a Islândia ficou pelos 63%.

Houve um total de 322 cruzamentos nos jogos dos oitavos de final e a Suíça rebentou a escala, com 41. No extremo desta tabela está a Islândia, que fez apenas quatro..

Os desarmes conseguidos foram no seu total de 284 e a seleção que mais travou o adversário dentro das leis foi a Islândia (27). As equipas que menos produziram neste aspeto foram Hungria, Espanha e Inglaterra: 11.

Os ingleses acabaram por ser os jogadores menos faltosos dos oitavos fazendo apenas seis faltas, enquanto a seleção que mais faltas cometeu foi Portugal: 28. Os dois jogos mais faltosos (30 faltas) acabaram por ser os dois com prolongamento. O total de faltas cometidas nesta ronda foi de 218.

Veja todas a estatísticas dos jogos dos oitavos de final em pormenor:

Suíça-Polónia, 1-1 (4-5, g.p.)

País de Gales-Irlanda do Norte, 1-0

Croácia-Portugal, 0-1(a.p.)

França-R. Irlanda, 2-1

Alemanha-Eslováquia, 3-0

Hungria-Bélgica, 0-4

Itália-Espanha, 2-0

Inglaterra-Islândia, 1-2