FC Porto e Benfica empataram este domingo no clássico da 10ª jornada da Liga. Se a olho nu se notou alguma superioridade do FC Porto sobretudo até ao primeiro golo, assinado por Diogo Jota, e uma reação do Benfica após o mesmo, alguns dados estatísticos em posições nevrálgicas apresentam desequilíbrios para uma e outra equipa.

Num exclusivo GoalPoint para o MAISFUTEBOL, comparámos quatro prestações individuais de jogadores que pisam terrenos idênticos em ambas as formações. No ataque, colocámos frente a frente Gonçalo Guedes e Diogo Jota, no meio-campo o internacional português Danilo e o grego Samaris, o substituto de Fejsa, na defesa Felipe e o autor do golo dos encarnados Lisandro López, e ambos os guarda-redes, Iker Casillas e Ederson.

Na baliza, o brasileiro, que até pode ser de certa forma culpabilizado pelo golo sofrido, teve bastante mais trabalho e somou mais intervenções decisivas, como se pode ver pela imagem abaixo.

Uma defesa de Casillas para muitas mais intervenções de Ederson.

Lisandro López marca o golo do empate e tem uma importância maior para o desfecho da partida do que o rival brasileiro. No entanto, também no desarme o argentino foi mais eficaz, garantindo mais uma vitória parcial nestes duelos para os encarnados.

Menos minutos, mais desarmes e um golo: os números de Lisandro.

No meio-campo, será que os números confirmam a fragilidade da exibição de Samaris? Nunca seria fácil substituir Fejsa, mas o grego foi bastantes vezes ultrapassado e demonstrou, por vezes, deficiências de posicionamento e lentidão na abordagem das jogadas. Danilo esteve, por sua vez, bem mais tranquilo e estável em toda a partida. O grego perde em quase todos os capítulos para o português.

Samaris teve melhor eficácia de passe e remates tentados que Danilo.

Tal como na defesa no ataque também o golo influencia muito a nota de Diogo Jota, mas será apenas aí que ganha o duelo com o esforçado Gonçalo Guedes? Bem pelo contrário, o duelo entre os dois jovens está claramente inclinado para o portista, que bateu o rival em praticamente todos os critérios.

Jota foi muito mais influente que Gonçalo Guedes no clássico.

Em quatro duelos, dois triunfos individuais para cada lado no clássico. Faz sentido que tenha dado empate.