A vida de Franclim Carvalho deu uma volta de 180 graus na passagem de 2016 para 2017. Depois de ter passado por todos os escalões do futebol português, nas mais diversas funções, em várias equipas técnicas, o treinador natural de Miranda do Corvo recebeu um convite inesperado para ser preparador físico do Gwangiu, na longínqua Coreia do Sul. Uma verdadeira cambalhota na carreira do jovem treinador de 29 anos que já o levou, inclusive, a subir literalmente uma montanha. Esta semana está de volta a Portugal para dar início a um estágio no Algarve, em Albufeira, e aproveitámos a ocasião para recolher as primeiras sensações e expetativas da nova aventura que está agora a começar.

Uma aventura «arriscada» para um treinador que está em início de carreira, mas que já tem uma larga experiência, por mais que não seja, por já ter jogado em todos os escalões do futebol português. Apesar de tudo, não deixa de ser um forte contraste trocar a «pacata» cidade de Coimbra ou a «pequenina» Famalicão pela gigantesca e luminosa Gwangiu, uma cidade em pleno crescimento, carregada de néon e ecrãs digitais, com trânsito caótico e comida picante, onde Franclim passa a vida a ficar com a mão estendida [já explicamos este pormenor mais à frente].

Vamos começar pelo princípio para perceber como é que o nosso protagonista começou a carreira no Eirense, nos distritais de Coimbra, e que num curto espaço de cinco anos viajou para o outro lado do mundo. Uma carreira que começou cedo, diga-se, aos 24 anos, quando Franclim percebeu que não ia longe como jogador, a dar pontapés na bola. Começou também perto de casa, no Eirense, modesto clube da Associação de Futebol de Coimbra, na altura orientado por José Viterbo, atual coordenador da formação do União da Madeira, que tinha sido professor de Franclim nos primeiros níveis no curso de treinador. «Sentia-me mais do que preparado. Como jogador, era um jogador fraco, de nível distrital apenas. Na altura comecei a tirar os cursos [nível I e II]. Quando o José Viterbo me convidou ainda jogava, mas decidi deixar tudo para ir trabalhar com ele». Os primeiros passos abriram desde logo um novo horizonte. «O Eirense é um clube modesto do meu próprio distrito, mas acabei por aprender muito com o mister Viterbo. Ele acabou por me dar muita liberdade com o passar do tempo. Foi aí que fiquei com a certeza que era aquilo que queria e que quero fazer».

Ainda em fase de formação, já a caminho do mestrado, Franclim trocou o Eirense pelo vizinho Penelense. «Era à beira da minha casa, davam-me mais dinheiro. Na altura estava a tirar o mestrado em treino desportivo na Escola Superior de Rio Maior. Tinha aulas à sexta e ao sábado, treinávamos à sexta em Penelas e vinha de Rio Maior para dar o treino. Treinávamos noite, voltava a Rio Maior depois do treino porque no sábado de manhã tinha aulas. Fiz esta viagem durante cinco ou seis meses, todos os dias, mas acabou por valer a pena».

Ainda a terminar o mestrado, Franclim rumou ao Paços de Ferreira para integrar a equipa de scouting que estava ao serviço de Henrique Calisto, numa primeira fase, e depois de Jorge Costa. A primeira experiência na I Liga foi enriquecedora, mas conturbada. Além de Calisto e Jorge Costa, os «castores» contaram ainda com Costinha e acabaram a temporada a jogar um play-off de manutenção frente ao Desportivo das Aves. «Trabalhava diretamente com o Luís Sousa, responsável pelo departamento de scouting. Fazia observação e captação de possíveis alvos de jogadores e também fazia observação de adversários para a equipa técnica».

Da I Liga, Franclim deu um passo atrás para ser adjunto no Nogueirense, no Campeonato de Portugal. «Foi o ano e que fiz o mestrado. Acumulei funções de ajunto e observador. Fomos à fase de subida. Foi o primeiro ano que teve duas fases e garantimos a manutenção». Uma passagem rápida, porque logo a seguir José Viterbo voltou a repescá-lo para a I Liga, para a briosa Académica. Mais uma época com muitos problemas que começou com Viterbo, mas que acabou com Filipe Gouveia. «Ainda fique com o Vítor Alves para fazer a transição para o Filipe Gouveia. Houve a hipótese de ficar, a direção chegou a falar comigo nesse sentido, mas acabámos por não chegar a acordo porque queria continuar a trabalhar no campo e essa não era a opção deles».

Franclim preferia claramente o relvado à bancada e, enquanto concluía o III nível do curso de treinador, no Porto, regressou às origens ou melhor, ao Eirense, agora como treinador principal. «Com 28 anos fui treinador principal. Acabei por aceitar, estava há dois meses em casa, estava farto de não fazer nada, além disso sentia que tinha uma dívida para com as pessoas do Eirense que me tinham dado a primeira oportunidade. Acabou por ser muito enriquecedor para mim, é muito diferente ser treinador principal ou adjunto ou preparador físico. Voltei a sentir todas as dificuldades de treinar à noite. Jogadores que trabalham e às vezes faltam aos treinos ou chegam atrasados. Fico doido com os atrasos porque sou muito pontual e muito rigoroso. Mas isto fez-me crescer mais um bocadinho, ver o jogo de outra forma, principalmente a relação com os jogadores e com a estrutura de todos os clubes por onde passei, agora vejo as coisas de outra forma».

Já em 2016, uma nova oportunidade para regressar às ligas profissionais e ao escalão que faltava ao currículo de Franclim, a II Liga. «No verão o mister Ulisses Morais ligou-me para ir trabalhar com ele para o Famalicão. Acabou por não correr bem, acabámos por sair cedo. Mas o não correr bem é subjetivo porque conseguimos os mesmos resultados frente aos mesmos adversários relativamente à época anterior em que o Famalicão tinha feito uma campanha fantástica. A equipa tem qualidade, fizemos tudo para que tivesse corrido melhor».

No Famalicão, Franclim construiu uma sólida amizade com Ulisses Morais. «Gostei muito de trabalhar com o mister Ulisses, ficou uma relação de amizade e mantemos contato diário. Falamos todos os dias, mas mesmo todos os dias, mesmo estando aqui na Coreia, continuamos e falar e acho que vamos voltar a trabalhar juntos. Tenho a certeza disso, em Portugal ou no estrangeiro».

A missão no Famalicão acabou cedo, antes do final do ano e, foi nessa altura que a carreira de Franclim viria receber um volte face inesperado. Ki-Il Nam, antigo internacional da Coreia do Sul, atual treinador do Gwangiu, estava em Portugal e, através de um empresário, marcou uma reunião com o preparador físico português. «Recebi uma chamada de um empresário num domingo a perguntar se queria ir trabalhar para a Ásia. No dia seguinte reuni-me com o treinador. Apresentei-lhe as minhas ideias, expliquei a minha forma de trabalhar, ele gostou e passada uma ou duas semanas chegámos a acordo».

Foi-lhe apresentada uma proposta que, tendo em conta a realidade do futebol português, era praticamente irrecusável, mas Franclim ainda hesitou. «Ainda hesitei, mas depois de falar com o treinador e de ver alguns jogos admiti aceitar. Vi logo dez jogos de seguida e perante os números que me foram apresentados, deixei de ter dúvidas». «Todos conhecemos os salários que são praticados em Portugal. Na Académica e no Famalicão não me ficaram a dever nada, felizmente, mas os vencimentos que se praticam em Portugal, excetuando nos três grandes, são reduzidos e o que ganho aqui, não ganhava em Portugal na I Liga, tirando os três grandes e, se calhar no Braga e no Vitória. Nos outros clubes, como adjunto, nunca ganharia o que ganho aqui».

«Ainda pensei voltar atrás na porta de embarque»

E como se explica o interesse de um treinador coreano num preparador físico português? «Além do prestígio que os treinadores portugueses têm neste momento, eles tinham tido um preparador físico brasileiro e, este ano, o treinador quis mudar a forma de trabalhar, quis europeizar, digamos assim, o treino».

O que prendia Franclim era a distância e a família. «O momento que mais me custou foi a despedida no aeroporto, ver a minha família a chorar. Pensei que não há dinheiro nenhum no mundo que pague esta imagem. Ainda pensei voltar para trás na porta de embarque, mas fechei os olhos e segui em frente. Chorei mais de uma hora dentro do avião, até que me mentalizei. Tinha de ser».

Depois foi o choque com cultura asiática e, sobretudo, com uma cidade com mais de um milhão e meio de habitantes e em movimento constante. Uma cidade milenar, mas que conheceu um crescimento gigantesco no último século, tornando-se num dos maiores polos industriais da região, com destaque para a indústria automóvel [Hyundau e Kia]. «A coisa que me fez mais confusão e continua a fazer é a quantidade de carros [99% têm mudanças automáticas] e de pessoas nas ruas. Quer seja às seis da manhã, quer seja às cinco da tarde, quer seja à meia-noite, há sempre muito trânsito, as ruas estão sempre cheias».

Uma cidade moderna, com edifícios iluminados e publicidade em outdoors digitais por todo o lado. «Depois há a luz, é uma cidade de luz, todos os edifícios têm luz, muitos ecrãs na rua, muita publicidade. A vida da cidade é o que me faz mais confusão. Coimbra é uma cidade pacata, Famalicão é uma cidade pequenina. Depois de vir de sítios tranquilos, isto é uma grande confusão».

Tão confuso que Franclim ainda não percebeu a lógica das regras da estrada. «Por exemplo, quem está dentro das rotundas não tem prioridade, tem que abrandar quando quer sair. Ainda não conduzi aqui, nem sei se vou conduzir».

Depois há a cultura, com todos os rituais asiáticos, a começar pela gastronomia, uma dificuldade extra para Franclim que não vai ser fácil de ultrapassar. «Já cheguei a comer descalço, sentando à chinês. Vais a um restaurante deixas o calçado à entrada e andas descalço lá dentro, com ou sem meias. Eles têm uma entrada, o Kinchi, que é à base de picles que eu não gosto. A sopa também é picante. Depois a comida é muito condimentada, tem muitos molhos, muito picante e não tem sal. Não metem sal em nada. Comem muito pouca batata».

Há também o pormenor do arroz, uma presença constante no dia-a-dia. «Em todas as refeições, pequeno-almoço, almoço e jantar, comem uma tijela de arroz. Depois metem os ingredientes que têm na mesa, os picles, os pimentos, os ovos. Mas comem arroz a toda a hora. Também bebem uma bebida típica, um género de aguardente, mas com vinte graus de volume que misturam com cerveja. Abanam o copo, misturam e dizem que é um cocktail».

Mas ainda antes de comer, Franclim já se tinha apercebido de outra diferença cultural. Cada vez que era apresentado, ficava de braço estendido. «Não têm por hábito cumprimentar as pessoas com um aperto de mão, baixam a cabeça, uma espécie de saudação, uma vénia».

Franclim chegou a Seul a 29 de dezembro e a 2 de janeiro já estava a treinar em Gwangyang, ainda mais a sul de Gwangiu, onde as temperaturas são mais amenas nesta altura do ano. «Estávamos a estagiar mais a sul, onde estavam quatro ou cinco graus, com sol, aguenta-se bem, tranquilo. Mas quando cheguei a Seul estava a nevar e agora quando voltámos do estágio, saí de Gwangyang com sol e chegámos passado uma hora e vinte a Gwangiu e estava a nevar. Mas é um frio diferente, aguenta-se bem».

O clube conta com um centro de treinos moderno, em Mokpo, a poucos quilómetros de Gwangiu, mas a neve obriga a equipa a procurar outras paragens nesta altura do ano. «No centro de treinos temos quatro relvados naturais, três sintéticos e uma academia onde vivem alguns jogadores e treinadores. Tem dormitório, refeitório, mas ainda não trabalhámos lá porque estivemos duas semanas em estágio noutra cidade mais a sul por causa do clima. Agora vamos duas semanas para Portugal [Albufeira] e quando voltarmos temos mais uma semana de estágio e só depois é que nos vamos fixar na nossa academia».

O Gwangiu é um clube recente, fundado em 2010, mas com boas instalações, até desproporcionais para os poucos adeptos que tem, a começar pelo Estádio Guus Hiddink construído para o Mundial2002. «Temos um estádio com capacidade para 45 mil pessoas, mas pouca gente vai aos jogos. Eles vão construir um estádio novo ao lado deste para a próxima época com apenas quinze mil lugares».

Todos os treinadores da K-League, a liga da Coreia do Sul, são coreanos, e Franclim Carvalho é mesmo o único elemento estrangeiro da equipa técnica do Gwangiu. Nelo Vingada chegou a trabalhar no Seul FC em 2010/11, mas nos últimos anos houve uma inversão de política e uma clara aposta no produto nacional. Neste quadro, a língua é um claro obstáculo para Franclim, até porque o inglês do treinador é muito limitado. «É mesmo um obstáculo grande. O treinador fala pouco inglês, tenho sempre de falar com o tradutor para falar com o treinador e vice-versa. No treino é mais difícil porque gosto de trabalhar de maneira muito interventiva e de dar muita instrução, muito feedback, parar para corrigir e levo o dobro do tempo porque tenho de falar com o tradutor em inglês, depois o tradutor traduz para os jogadores. Aqui poucas pessoas falam inglês», conta. Dentro do campo, costuma-se dizer que a linguagem do futebol é universal, toda a gente acaba por se entender. «Acaba por funcionar, mas com o dobro do tempo. Um exercício que em Portugal demoro um minuto a explicar, aqui demoro dois minutos porque o treinador tem de estar a traduzir».

Além da língua, a matéria-prima, os jogadores, são bem diferentes dos portugueses. «O que me fascina é que a grande diferença do jogador coreano para o jogador português ou brasileiro é a capacidade de trabalho e de sacrifício destes atletas. Nunca dizem que não, mesmo estejam para cair para o lado, continuam sempre a trabalhar». Franclim Carvalho teve de se adaptar. «Principalmente na primeira semana. Eles faziam trabalho muito à base da resistência, na corrida, sem bola, mais analítico. Fui mudando aos poucos, esta semana já normalizámos e pelo feedback que tenho os jogadores estão a gostar. O treinador português tem qualidade e tem uma forma de trabalhar mais próxima dos jogadores, com bola, com situações específicas do jogo, mais próximas da entidade do jogo. É isso que temos feito, eles também têm abertura para aceitar novos métodos».

«Os jogadores querem estar sempre a cem à hora»

Se a nível físico não há problemas de maior, dentro de campo, na perceção dos momentos do jogo, Franclim Carvalho já percebeu que vai ter mais trabalho. «Além do espírito de sacrifício e da vontade que têm, o jogador coreano é um jogador atlético, com muita capacidade de resistência e velocidade. Não é que sejam forte fisicamente, mas são jogadores rápidos. É um jogador com uma excelente relação com a bola, mas que entende pouco os momentos do jogo. Querem sempre jogar com uma velocidade acima da média, querem estar sempre a cem à hora, quer estejamos a ganhar 1-0 ou 5-0. A forma de abordarem o jogo com bola é igual, é sempre no limite, é isso que queremos mudar».

Um plantel composto maioritariamente por coreanos, mas há a possibilidade de chegarem reforços estrangeiros e, quem sabe, sob a influência de Franclim, um português. «Só permitem ter quatro estrangeiros, três, mais um asiático. Neste momento temos um asiático, que é um japonês [Tomoki Wada] que já cá estava o ano passado. Depois temos um jogador do Níger que é o Oli [Olivier Bonnes] que veio a meio da época. Ainda podem vir mais dois, não sei se um será português ou não, mas estamos a tentar colmatar essas duas vagas. Serão para o meio-campo ou para o ataque ou para as duas posições».

Depois há aquelas contingências de um país que vive em permanente conflito com o vizinho do norte. Aqui não há estatuto de atleta de alta competição e a tropa é mesmo para cumprir. «Temos quatro jogadores que este ano estão na tropa e vão jogar por empréstimo numa equipa da segunda liga composta unicamente por militares, mas na próxima época regressam à nossa equipa».

Os rituais asiáticos também estão impregnados nos treinos, em todos os momentos. «Antes do treino, e isso é uma imposição do nosso treinador, têm um grito, que é “nós somos uma equipa”, em coreano. No final do treino, os jogadores e os treinadores fazem uma roda e agradecem sempre com mais um grito que quer dizer obrigado. Se o presidente do clube estiver a ver o treino ou o jogo, no fim da nossa saudação, temos que ir sempre saudar o presidente que fala sempre. Tem sempre alguma coisa a dizer».

É nestes gritos que os jogadores elevam um pouco mais o tom de voz, porque, de resto, apenas sussurram. «Eles estranham muito o meu tom de voz. Estou habituado a gritar nos treinos, para todos me ouvirem e eles aqui são todos muito contidos e educados. Não quer dizer que falar alto seja má educação, mas eles falam sempre muito baixo. Falam sempre no mesmo tom, quer seja no treino, numa conversa, num jantar, falam sempre no mesmo tom. Uma das primeiras coisas que o treinador me disse é que eu falava muito alto, mas não vou mudar. Acho que eles já se habituaram. Eu não sei como é que eles ouvem o treinador no treino, porque ele fala mesmo muito baixo».

Além disso há também a cultura do espírito de grupo. «Um destes dias fomos subir uma montanha com cerca de mil metros de altitude. Cerca de quatro horas a pé, para, segundo a ideia deles, fortalecer o espírito de grupo».

Tudo isto em pouco mais de três semanas, uma vez que Franclim viajou para a Coreia a 29 de dezembro, mas voltou agora, no dia 16 de janeiro, para um estágio de duas semanas no Algarve. «O ano passado eles estiveram no sul de Espanha, o treinador esteve entretanto em Portugal e gostou. Conheceu o Algarve e gostou e, além disso, eu também fiz força para que fosse em Portugal, para mim é uma maravilha».

Uma viagem longa, com paragem em Frankfurt, mas quarta-feira o Gwuangiu já está em campo para um jogo frente ao TSV Munique de Vítor Pereira que também está a estagiar no sul de Portugal.

É em Albufeira que o Gwangiu vai acelerar a preparação para o campeonato que arranca em março. Os objetivos do Gwangiu são claros: a manutenção automática. O campeonato tem doze equipas e disputa-se a três voltas, com 38 jogos. Depois os seis primeiros classificados, além de garantiram a permanência, jogam ainda uma liguilha de cinco jogos para apurar o campeão. «O nosso objetivo é ficar nos seis primeiros. O ano passado ficaram a um ponto desse objetivo. Queremos garantir a manutenção automática», conta ainda Franclim, numa altura em que já preparava as malas para o regresso a Portugal.

Franclim está na Coreia do Sul como preparador físico, é nesse papel que nesta altura se sente mais à vontade, mas admite outros cenários. «Como dizia o Ulisses Morais, não há treinadores adjuntos, nem preparadores físicos, há treinadores, só que cada um tem a sua tarefa. Onde me sinto melhor é como treinador adjunto e preparador físico. O acumular de funções que tenho feito, no Famalicão e agora aqui. Preciso de trabalhar no campo e a liberdade que o Ulisses me deu no Famalicão e a que me dão aqui, é o que preciso para trabalhar neste momento. Não sei se vou ser treinador principal ou não, neste momento não penso nisso».

Franclim está totalmente concentrado nesta aventura que tem prazo até ao final do ano. «Tenho um ano de contrato até dezembro. Claro que gostava de voltar a Portugal, gostava de voltar à I Liga portuguesa. Gostava de, e acho que vai acontecer, voltar a trabalhar com Ulisses Morais, mas neste momento estou focado aqui. É aqui que tenho de trabalhar e é aqui que tenho de ganhar».