Esta é a história de Nuno Andrade, de 29 anos, que deixou Portugal em junho passado para rumar à longínqua e poluída Shijazhuang, na China, para liderar um projeto de formação de raiz numa província que é do tamanho de França e conta apenas com dois clubes de futebol e em que está quase tudo por fazer. A história de um jovem treinador que, depois de passar pela formação do FC Porto, agarrou a oportunidade que lhe foi proporcionada pelo «padrinho» Fernando Meira e que agora procura modelar a inabalável mentalidade chinesa sustentada numa cultura milenar e que procura transmitir o sentido de «jogo coletivo» a miúdos de catorze anos.

A história de um treinador, natural de Guimarães, que, na infância queria ser guarda-redes. «A minha família tem historial de desporto, o meu avô paterno foi treinador de futebol e desde muito pequeno comecei a jogar à bola. Comecei no Freamunde, apesar de ser de Guimarães, depois estive sete anos no Vitória como guarda-redes», conta logo a abrir o nosso interlocutor . Um sonho que começou a esfumar-se quando o pequeno Nuno, na passagem para sénior, deixou de crescer. «Saí do Vitória, ainda estive dois anos no Taipas e foi aí que tive o prazer de conhecer o treinador que, embora me achasse útil, me abriu os olhos e que me explicou que, com 1,74m, ia ser difícil ser guarda-redes».

Nuno Andrade aceitou o duro veredito, pendurou as luvas e atirou-se de cabeça para os estudos. «Ainda cheguei a jogar como sénior antes de entrar na faculdade, mas quando saíram as colocações, decidi abandonar o futebol e prosseguir os estudos. Se faltava estatura para Nuno Andrade chegar à trave, não faltou para, num ápice, concluir a licenciatura em Ciências do Desporto – Alto Rendimento Futebol – no Porto. A aplicação que demonstrou na faculdade levaram um professor a abrir-lhe as portas do FC Porto. Nuno Andrade, aos 22 anos, estava lançado na nova carreira e log num dos «grandes». «Mal terminei a licenciatura recebi um convite do professor Vítor Frade [além de professor, foi adjunto de treinadores conceituados como Henrique Calisto, Mário Wilson, João Alves, José Torres, Augusto Inácio, Tomislav Ivic, Bobby Robson, Jorge Jesus, Carlos Brito, Fernando Santos, entre outros], que tinha sido meu professor na faculdade, para integrar a estrutura da formação do FC Porto. Inicialmente pensei que o convite fosse para ser adjunto de uma das equipas da formação, mas comecei logo como treinador principal», conta.

Integrado na estrutura do FC Porto, Nuno Andrade começa a trabalhar no Campo da Constituição. Primeiro com os sub-11, depois fez dois anos com os sub-13 e outros dois anos com os sub-14. Cinco anos, entre 2010 e 2015, que ainda não produziram «frutos» para a equipa principal, embora o jovem treinador tenha ficado, entre os muitos miúdos que lhe passaram pelas mãos, com dois jogadores debaixo de olho. «Os frutos ainda estão para chegar. Apanhei o Zé Esteves, que ainda continua na equipa de juniores do FC Porto, e apanhei o David Veiga que agora está nos juniores do Braga. Foram dois jogadores que me encheram as medidas, foram capitães e foram claramente importantes nesse percurso. Esses e mais alguns», recorda.

«Precisava de um contexto mais difícil para crescer»

A verdade é que Nuno Andrade já tinha adquirido as bases que necessitava integrado numa estrutura que lhe proporcionava quase tudo. O jovem treinador estava determinado agora em abrir um novo capítulo na sua vida. Queria sair da zona de conforto e enfrentar uma realidade mais dura que o obrigasse a crescer e a ganhar novos atributos. Surgiu uma oportunidade no Moreirense, ainda por cima perto de casa, e Nuno Andrade não hesitou. «Por entender que necessitava de um contexto de trabalho mais difícil, mais real. No FC Porto temos excelentes condições de trabalho, com uma estrutura muito forte a trabalhar, com todos os departamentos disponíveis para o treinador e no Moreirense obviamente isso não existe. Achei que para o meu trabalho crescer precisava de um contexto mais real».

Em Moreira de Cónegos, Andrade trabalha com os sub-15. «Foi importante, deu para entender que, embora a qualidade dos jogadores não fosse tão elevada como tinha no FC Porto, como é natural, eles próprios têm essa noção, deu para passar as minhas ideias, aquilo que pretendia para a equipa, jogar para formar e darmos qualidade ao nosso jogo para o jogador também se valorizar e aprender. Isso conseguimos. A equipa jogava um futebol muito agradável e as pessoas gostavam. Também é possível em clubes pequenos jogar-se bem», recorda com saudade.

Os conhecimentos da faculdade abriram-lhe várias portas para o futebol sénior, mas Nuno Andrade preferiu ir progredindo na formação até ao momento que considerou ideal para dar novo salto. O momento certo coincidiu com um convite de Ricardo Silva, atualmente treinador no Pedras Salgadas, no Campeonato de Portugal, para ser adjunto no Felgueiras no início da temporada 2016/17. «Foi um treinador que sempre me incentivou nos estudos porque achava que tinha perfil de treinador, convidou-me para ser adjunto no Felgueiras. Já me tinha convidado no passado, por duas ou três vezes, mas achei que ainda não estava preparado para o futebol sénior. Quando surgiu a proposta do Felgueiras, senti que era o momento certo», conta.

É já no Felgueiras que Nuno Andrade conhece Fernando Meira, antigo internacional português que, a par de Pedro Mendes, tornou-se empresário e, neste período que o nosso interlocutor relata, tinha investido na SAD do clube. «Essa época tinha tudo para correr bem, mas não fomos apurados para a fase final. O Ricardo [Silva] acabou por sair, mas o Fernando Meira fez-me um convite para continuar até ao final da época. Tinha um projeto para mim que passaria por assumir a equipa B e continuar como adjunto da equipa principal».

Um projeto que não chegou a avançar porque, entretanto, chegou a proposta da China. «Foi também o Fernando Meira que me convidou. Disse-me que havia um clube que ia iniciar um projeto de formação. Aqui na China nem todos os clubes têm formação a trabalhar. Este clube não tinha nenhuma equipa sequer e ele precisava de uma pessoa de confiança que começasse este projeto». Nuno Andrade não hesitou. «Aceitei de imediato. A partir do momento em que tenho uma pessoa como o Fernando Meira, que é uma referência do futebol português, a fazer-me este convite era impossível rejeitar. A confiança foi máxima, ele esteve sempre presente, estamos sempre em contacto, por isso não senti nenhum receio em vir para cá».

«Vivo num 16º andar e nunca vejo o céu azul»

Ainda assim, Nuno Andrade foi primeiro à internet. Onde é que ficava mesmo Shijiazhuang? Que clube era este, o Ever Bright? «Sim, fui logo fazer essas pesquisas de rotina de querer saber para onde é que vamos e deparei-me com algumas coisas que me saltaram logo à vista, como por exemplo ia para uma das cidades mais poluídas da China, coisa que em Guimarães e em Portugal não estamos habituados. Quando saímos daí é que percebemos que temos uma qualidade de vida que nem imaginamos», destacou.

Numa primeira fase, Nuno Andrade nem deu muita importância à poluição. «Cheguei no verão, a 30 de junho, e nessa altura os índices de poluição estão sempre mais baixos. No inverno é que a coisa começa a aumentar pelos aquecimentos e pelo défice energético. É uma cidade fria e no inverno acaba-se por gastar mais energia no aquecimento e os níveis de poluição aumentam. É uma cidade com milhões de habitantes, acaba por ser tudo junto, carros, transportes e o consumo energético». Na altura desta conversa, em novembro, a poluição já saltava à vista.

«Aqui, mais do que sentir-se, vê-se a poluição, o que ainda é pior. Às vezes é mesmo preocupante. Eu vivo num 16º andar e nunca vejo o céu azul. Quando andamos na rua, não sentimos cheiros, nem nenhum tipo de desconforto, mas fazer exercício físico na rua, como se vê em Portugal, aqui não se vê porque nem é aconselhável por a taxa de poluição ser tão acentuada. Sente-se no horizonte uma neblina sempre constante e parece que não sai do sítio. Parece nevoeiro, mas não é nevoeiro». É mesmo poluição. Não só a produzida pela própria cidade, mas sobretudo pela enorme cinta industrial que a rodeia. Shijiazhuang é o maior centro industrial do norte da China e é o centro económico da província de Hebei, com indústria farmacêutica e têxtil, além de outras secções que incluem maquinaria e químicos, materiais de construção e eletrónica. Fábricas atrás de fábricas.

Uma grande cidade com mais de 10 milhões de habitantes, mais de 4 milhões concentrados no centro, que, apesar de tudo, recebeu Nuno Andrade com pompa e circunstância e até simpatia. «Fiquei extremamente surpreendido com a receção que tive cá. Foram-me buscar ao aeroporto de Pequim, depois trouxeram-se para esta cidade de comboio e, quando cá chegámos, tinha toda a estrutura do clube, presidente e todos os elementos da direção à minha espera. Receberam-me de braços abertos, jantámos, conversámos e deram-me a conhecer as instalações. Tudo no primeiro dia. Foi tudo muito agradável», recorda.

Além do estádio, o Yuting International Sports Centre Stadium, com capacidade para quase trinta mil adeptos, Nuno Andrade ficou a conhecer o seu novo local de trabalho. «Temos treinado sempre em campos relvados, com relva natural, o clube está a construir mais dois campos que já estão na fase terminal, tem outros três em pleno funcionamento e tem mais dois sintéticos», destaca.

Nos primeiros dois meses, até agosto, Nuno Andrade ficou instalado no hotel onde também fica a equipa principal do clube, mas agora já vive num apartamento que lhe proporciona maior autonomia e privacidade. «Já posso cozinhar e gerir a minha vida de forma mais livre. No hotel estávamos sempre limitados aos horários das refeições, tínhamos de estar sempre de acordo com os ritmos da equipa principal. Acabámos por optar por ir para um apartamento para termos essa liberdade, para irmos cozinhando comida portuguesa que é sempre mais agradável», conta.

A partir daqui, apesar do stress que a gigantesca cidade emana, Nuno Andrade consegue ter uma vida pacata. «O cube tem um protocolo com a escola, os miúdos da equipa estão inseridos todos na mesma turma, depois o autocarro do clube vai buscá-los para ir para o treino e eu, como moro perto da escola, vou a pé e junto-me a eles no autocarro», conta.

Mais complicado é a língua, até porque praticamente ninguém fala inglês ou uma segunda língua. «Tenho um tradutor disponível para o trabalho e para aquilo que precisar. Qualquer problema que tenha na minha vida pessoal, contato com ele e ele resolve. O problema aqui é encontrar alguém que fale inglês. Acaba por ser um bocadinho complicado, mas com o tradutor tudo se resolve. Vamo-nos entendendo, para já não senti grandes dificuldades», destaca.

Na China, depois do gigantesco investimento no futebol dos últimos anos, com a contratação de jogadores e treinadores por valores exorbitantes, a nova palavra de ordem é a formação, até para restabelecer a ordem financeira dos grandes clubes que já estão a sentir tremendas dificuldades para cumprir os milionários contratos com que se comprometeram. «A formação está a crescer muito, nem sempre pelos caminhos mais certos. Não conheço a realidade em todos os clubes, mas há muita coisa que já fui vendo em relação, por exemplo, à capacidade de trabalho de um treinador chinês e a nossa. Nós vindo para cá fazemos claramente a diferença. A olhos vistos. Os clubes estão a investir muito neste setor porque também são obrigados. Vão ter de começar a ter, por cada estrangeiro que for titular, jogadores de sub-23 a jogar de início. Isso já existe na primeira liga chinesa, mas na próxima época, cada equipa da I Divisão vai ter de ter três equipas de formação e os clubes da II liga vão ter de ter, pelo menos, duas equipas de formação. Por isso estão agora a investir mais nisso», acrescenta.

Nuno Andrade lamenta, acima de tudo, a falta de oportunidades para competir com equipas do mesmo escalão. Pura e simplesmente por falta de cultura desportiva. «A realidade é muito diferente do que se passa em Portugal. O país é gigantesco, as províncias são do tamanho de países da Europa. Por exemplo a província em que eu vivo, Hebei, tem uma área do tamanho de França e só tem dois clubes. Por isso é difícil organizar uma competição. O que fazem aqui é organizar torneios em que participam várias equipas de todo o país, contam uma pontuação e dessa pontuação depois é feita uma classificação nacional, à medida que se vai participando em torneios», explica.

Assim, há alturas em que Nuno Andrade não tem mãos a medir e outras em que tem de apelar à criatividade para passar o espírito de competitividade aos jovens jogadores. «Às vezes temos um torneio em que fazemos numa semana seis ou sete jogos, depois passamos um mês a tentar fazer amigáveis junto das escolas que têm equipas de futebol. Tentamos fazer as coisas desta forma porque a competição é importante».

Mais do que a língua e a falta de competição, Nuno Andrade trava uma luta inglória contra a mentalidade chinesa, assente em milhares de anos de fortes tradições. «O futebol aqui não é uma coisa cultural. Ainda hoje a caminho do treino vi um miúdo a chutar uma pedra. Em Portugal é uma coisa normal, quando vimos qualquer coisa no chão e estamos com os amigos, tentamos logo passar o objeto pelo meio das pernas do outro, por mais que não seja para brincar. Aqui não se vê isso, não há essa paixão. É o que sinto mais aqui, falta de paixão».

Nuno Andrade explica melhor. Os chineses estão mais vocacionados para os desportos individualizados e sentem dificuldades em interpretar o sentido coletivo. «Eles transportam para o futebol aquilo que é a exigência dos desportos individuais, da ginástica e daquelas modalidades em que, em termos olímpicos, eles são mais fortes. Eles transportam isso, esse tipo de treino para o futebol. Fazem tudo de forma individualizada e isolada. O jogo não é isso. Já vi miúdos, numa observação que estava a fazer, a lançarem a bola com a mão para o colega da frente cabecear durante 45 minutos. Isso é algo que em Portugal não acontece, mas aqui preferem a quantidade à qualidade. Aqui tentamos convencê-los que é melhor treinar uma hora e meia do que treinar duas horas e meia, desde que o treino seja produtivo, os méritos vão ser muito maiores. Essa mudança de mentalidade é a maior dificuldade, é isso que tenho vindo a tentar mudar aos poucos», explica.

«Os chineses dão muito valor a quem faz golos»

O Shijiazhuang Ever Bright é um clube com fortes ambições. Um clube que é propriedade de uma das maiores empresas de construção da cidade e que tem o desejo de regressar, o mais rápido possível, ao primeiro escalão. Este ano lutou até ao fim pela promoção, mas falhou o objetivo, ficando no terceiro lugar da II liga. «A equipa principal tem dois jogadores que são bem conhecidos do futebol português que são o Mário Rondón que jogou no Paços e no Nacional e o Matheus que jogou no Sp. Braga. Fazem um investimento forte. Normalmente os clubes são propriedades de uma empresa grande, no caso do Ever Bright é uma empresa de construção. O investimento é forte e tem como objetivo atingir a I Liga, até porque já lá estiveram. Este clube já teve o Eidur Gudjhonson que jogou no Chelsea e no Barcelona quando esteve na I Liga. É um clube com alguma projeção», conta.

O sentido de espírito coletivo também é uma lacuna entre os grandes clubes, uma vez que o forte investimento dos últimos anos, como se queixou recentemente o treinador italiano Marcelo Lippi, foi concentrado no ataque, desvalorizando-se os restantes sectores do jogo. «Aquilo que já senti aqui é que os chineses dão muito valor a quem faz os golos. Não interessa o que aconteceu até ao momento do golo. Se não fizeres golos, não prestas, se os fizeres tens tudo, mesmo que jogues mal, fizeste um golo, está tudo bem. Têm de começar a perceber que o jogo não é só golos, há uma construção até ao golo. Contratar jogadores com outras capacidades para outros setores se calhar fazia algum sentido. Percebo perfeitamente essa análise do Macelo Lippi», comentou.

O treinador português está bem visto na China. André Villas-Boas, líder do Shanghai SIPG, é o caso mais mediático, mas ao nível da formação, são cada vez mais os portugueses a trabalhar na China. Só de Guimarães, além de Nuno Andrade, estão na China Tozé Mendes [que também já contou a sua aventura ao Maisfutebol], Nuno Sampaio e Vítor Dimas. «Sinceramente, não sei, mas a maior parte deles que estão aqui na China já trabalharam no Vitória e nós temos a noção que, sendo de Guimarães, para quem é da casa, em termos de exigência é a redobrar. Acaba por ser difícil atingir o patamar da equipa principal porque temos noção que é um clube com uma exigência tremenda e acabámos por não ter muito mais a fazer e a ter de procurar desafios fora também para mostrar o nosso valor e a nossa qualidade. Em Portugal nem sempre nos reconhecem o devido valor e vindo cá para fora e depois voltando, o nosso trabalho acaba por ser mais reconhecido», comenta.

Mas o facto de virem de Portugal é valorizado na perspetiva chinesa. «Quando me perguntam de onde sou e digo que sou de Portugal, a primeira coisa que lhes vem à cabeça é o Cristiano Ronaldo. O Ronaldo e o Mourinho são fenómenos, principalmente o Ronaldo. É uma coisa que em Portugal nem temos noção, que é a paixão e adoração que esta gente tem pelo Ronaldo. É mesmo uma coisa fora do normal», acrescenta ainda.

Ao fim de seis meses, Nuno Andrade não tem dúvidas. O projeto na China é para continuar, até porque já lhe pediram mais um ano. «Já me fizeram a proposta para renovar por mais um ano, portanto é mesmo para continuar. As coisas ainda estão muito no início, mas já participámos num torneio e conseguimos vencer. Embora o nível não fosse o mais elevado, vencemos. Agora é continuar a trabalhar para criar mais equipas, não podemos continuar só com uma. O objetivo é todos os anos criarmos uma nova equipa na formação para em pouco tempo começarem a chegar jogadores à primeira equipa, são esses os nossos objetivos», conta.

Quanto a um eventual regresso a Portugal, Nuno Andrade está determinado em primeiro derrubar barreiras e em ganhar estofo na China. «Voltar a Portugal está sempre presente. Os termos financeiros pesaram para vir para cá, senti que era o passo certo a dar. Acho que quem conseguir ser treinador de futebol na China, vai conseguir ser treinador em qualquer lado. Maior desafio do que este não há. Acabamos por sair daqui mais bem preparados e com um estofo bem definido e bem preparado para encarar desafios, não digo mais exigentes, mas digo bem diferentes num contexto de organização e de mentalidade. É difícil mudar mentalidades numa cultura que tem milénios. Depois desta experiência, chegar a um país da Europa acaba por ser tudo muito mais fácil».

Seis meses intensos longe dos amigos e da família, pelo menos até ao Natal. «Vou a Portugal no Natal. Aqui não há Natal, mas eles entendem a importância do Natal para nós e vão-nos permitir ir a casa. Passo o Natal, a passagem de ano e depois volto para cá», conta ainda.

Até já Nuno!