Nuno Morais está a realizar a 11ª temporada no APOEL de Nicósia onde chegou em 2007, há uma década, depois de uma carreira fulgurante desde que começou a dar os primeiros passos no Penafiel. No verão louco de 2004, subiu ao primeiro escalão do futebol português, foi convocado para o Torneio de Toulon e acabou no Chelsea, onde José Mourinho tinha acabado de se tornar no «Special One». Uma carreira feita com passagem por três ilhas, saltando da Velha Albion para a Madeira e da Madeira para o Chipre onde ganhou estatuto, reconheciemnto e respeito. Já este ano, o capitão do APOEL ultrapassou a marca redonda dos 100 jogos nas competições europeias, passando a integrar uma elite de jogadores portugueses. Aos 33 anos, Nuno Morais continua a olhar para o futuro e nem quer pensar no final da carreira: «Ainda é cedo».

Uma viagem que começa na pequena vila de Paço de Sousa, no Vale do Sousa, a apenas trinta quilómetros do Porto, no coração do concelho de Penafiel onde, a 29 de janeiro de 1984, nasceu Nuno Miguel Barbosa Morais. O futebol entrou na vida no nosso interlocutor pela mão do irmão Hélder, três anos mais velho, que queria ser guarda-redes. «Fui um pouco levado por arrasto do meu irmão. Um dia ele pediu à minha mãe para ir jogar para as escolinhas do Penafiel e aproveitou e levou-me a mim também». Hélder, o Morais mais velho, fez toda a formação no clube e jogou em vários clubes de pequena dimensão do concelho, o último, já em 2015, no São Vicente de Irivo. O irmão mais novo, Nuno, acabou por ir bem mais longe. «Entrei nas escolinhas com nove anos, foram tempos muito bons, aprendi bastante. Ia com os meus amigo de infância todos, saíamos da escola e íamos diretos para o treino. Às vezes ficávamos uma ou duas horas à espera porque os treinos ainda eram longe de casa. Depois os meus pais ou os pais dos meus colegas, levavam-nos a casa. São memórias que guardo muito boas», recorda.

Das escolinhas até à equipa principal o tempo voou. Aos dezassete anos, Nuno assinou o primeiro contrato profissional e o tempo passou ainda a correr mais depressa. «Quando comecei a jogar na equipa principal, o Penafiel estava na II Liga, mas em dois ou três anos chegámos à I Liga, mas já não cheguei a jogar no primeiro escalão». Nuno mal teve tempo para festejar a promoção, uma vez que poucos dais depois estava a caminho do conceituado Torneio Toulon, integrado numa seleção liderada por Rui Caçador que contava, entre outros, com Laranjeiro, Amoreirinha, Valdir, Sérgio Organista, Eliseu e Filipe Oliveira.

Portugal até começou bem, com uma vitória diante do favorito Brasil (1-0), mas depois falhou a qualificação para as meias-finais. A verdade é que Nuno Morais já estava a ser observado. «No final de tudo isto tinha vários clubes interessados, acabei por escolher o Chelsea. Foi um ano bastante bom, determinante na minha carreira. Tinha feito 32 jogos no Penafiel, na II Liga, subimos de divisão, fui à seleção e no final estava em Londres», recorda.

O tempo continuava a voar para o jovem de vinte anos que, num ápice, estava no turbilhão do Chelsea onde os holofotes estavam todos concentrados em José Mourinho, acabadinho de chegar a Stamford Bridge. «Curiosamente foi na mesma. Tinha renovado com o Penafiel, o Mourinho já estava lá, surgiu a possibilidade de ir fazer uma experiência. Estive lá uma semana, correu tudo bem e acabei por assinar». Em poucos meses, Nuno Morais saltava do pacato Penafiel para o gigante Chelsea. «Foi tudo diferente, estamos a falar de um dos melhores clubes do mundo. Na altura já lá estavam grandes estrelas e ainda hoje continuam a estar. Foi muito bom para mim, aprendi muita coisa, principalmente ao mais alto nível. Foram dois anos que convivi com craques», destaca.

No Chelsea, Nuno reencontra Filipe Oliveira com quem já tinha jogado na seleção. Os dois jovens haveriam de ter uma carreira com vários pontos em comum. «Ele o ano passado ainda esteve aqui no Chipre, no Anorthosis, mas depois não quis renovar e penso que está sem clube neste momento. Mas jogámos juntos no Chelsea, fomos juntos para o Marítimo e também tivemos um período na seleção [sub-21] juntos, depois acabei por vir para o Chipre e ele ainda jogou no Sp. Braga e noutros clubes. Só nos voltámos a encontra aqui no ano passado», conta.

Mas no Chelsea havia mais portugueses. Além de Mourinho e da sua equipa técnica, nesse ano também chegaram Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho e Tiago. «O facto de ter esses portugueses todos lá ajudou bastante. Saíamos bastante juntos, não só para ir para os treinos, mas também nas nossas vidas particulares. Isso ajudou-me bastante na adaptação».

«Com Mourinho nunca joguei como central»

Nuno chegou ao Chelsea como central, mas, com Mourinho, começou a jogar mais como médio. «No Penafiel tinha feito a maior parte dos jogos como central, mas na última parte da época joguei como médio defensivo também. Fui para o Chelsea como central e acabei por ir para o Marítimo como central e para o Chipre como central. Na altura, no Chelsea, era muito miúdo, acabei por fazer um jogo como lateral esquerdo, outro como trinco, acho que no Chelsea não fiz nenhum jogo na equipa principal como central. A nossa vida é assim e, principalmente quando somos jovens, temos de nos adaptar e tentar fazer o que for possível e o melhor para a equipa e para o treinador. Felizmente foi assim e estou bastante satisfeito com o meu percurso», conta.

O agora médio fala em «tempos fantásticos» em que conviveu de perto com Mourinho, mas não só. «Ele tinha acabado de vir do FC Porto para o Chelsea e foram uns anos muito bons que passámos ali juntos. Era tudo novo para todos. Aprendi muito com ele, com a sua forma de estar. Também estava o mister Villas-Boas como adjunto e scouting, dava-me bem com todo o staff».

A verdade é que Morais, apesar de treinar na equipa principal, tinha poucas oportunidades para jogar, numa equipa que contava com, por exemplo, Makelele, Lampard, Ballack e Essien. «Logo à partida, quando fui para o Chelsea, já sabia que ia ser difícil jogar, estavam lá os melhores do mundo e eu era um miúdo. Mas guardo esses tempos como muito bons, onde pude conviver com essas estrelas todas, tentei aprender ao máximo tudo o que podia com eles».

Cinco minutos de Premier League: «Momentos únicos»

Na primeira temporada, Nuno Morais joga pouco mais de cinco minutos na Premier League, mas teve a oportunidade de pisar palcos como Old Trafford e St. James Park. «Foram momentos únicos. Para um jovem como eu era foram momentos fantásticos. Lembro-me de entrar em Old Trafford nos descontos e também joguei em Newcastle. Em casa só fiz um jogo para a Taça com uma equipa do escalão inferior [Scunthorpe United]. Foram momentos únicos que nunca mais esqueci».

Mas o grande momento da época para Nuno Morais foi a estreia na Liga dos Campeões, ainda nessa primeira época [2004/05], numa deslocação a Munique para defrontar o Bayern. O Chelsea tinha ganho 4-2 em casa e estava a vencer na Alemanha por 2-1. Foi nessa altura que Nuno Morais foi chamado ao jogo. Ainda apanhou um valente susto, com a equipa alemã a marcar dois golos nos descontos, mas foi mais um marco que ficou bem gravado na memória de Nuno Morais. Afinal de contas, foi o primeiro jogo de mais de uma centena de jogos europeus que acumula nesta altura. «Foi ainda no antigo Estádio Olímpico de Munique, nos quartos-de-final. Tínhamos ganho em casa e perdemos esse jogo mesmo no fim, mas seguimos em frente. Curiosamente o Mourinho estava castigado e não estava no banco, mas já não me lembro quem é que falou comigo na altura, mas é mais um momento histórico para mim».

A caminho da segunda ilha: «Onde nasceu o meu primeiro filho»

Momentos inesquecíveis, mas que se traduziam em pouco mais de uma dúzia de minutos em campo. Muito pouco para um jovem ambicioso que estava a crescer e tinha muito mais para dar. No final da época, Nuno tomou uma decisão. «Fui eu que tomei a iniciativa, na altura queria jogar mais. Abriu-se a possibilidade de jogar na I Liga em Portugal, no Marítimo, o que para mim era muito bom, e acabou por ser mais uma boa experiência na minha carreira».

Com o acordo de Mourinho, Nuno Morais e Filipe Oliveira rumaram ao Funchal para jogar, por empréstimo, na equipa madeirense. «É a única experiência que tenho na I Liga, foi um ano difícil para o Marítimo, mas foi muito importante para mim a nível pessoal, uma vez que foi o ano em que tive o meu primeiro filho. É mais um momento que fica gravado na minha memória. Fui para lá com o Filipe [Oliveira] e curiosamente foi lá que conheci o Manduca que viria a encontrar mais tarde no Chipre e acabou por ser um dos meus grandes amigos aqui». Manduca, depois do Marítimo, teve uma curta passagem pelo Benfica, jogou na Grécia, com a camisola do AEK, e voltou a encontrar Nuno Morais no APOEL, onde jogou cinco temporadas, em 2010.

Nuno Morais soma vinte jogos no Marítimo e, no final do ano, regressa a Londres para cumprir o último ano de contrato. «Não foi muito diferente do primeiro ano. Foi uma boa experiência, mas voltei a jogar muito pouco». Na verdade, no conjunto das duas épocas, Nuno Morais somou apenas oito jogos no Chelsea, a maior parte deles, com poucos minutos em campo, mas deixou Londres com três títulos no bolso. Além do título de campeão, logo no primeiro ano, conquistou ainda uma Taça de Inglaterra e uma Taça da Liga. «Num balanço geral, foram dois anos muito positivos em que o Chelsea ganhou sempre títulos», comenta.

Terceira ilha à vista: «Nem sabia bem onde era o Chipre»

Nuno Morais, aos 23 anos, tinha ainda uma carreira pela frente, mas era preciso tomar decisões. Em cima da mesa tinha uma proposta do desconhecido APOEL promovida por Jorge Mendes. «Senti que era uma opção muito arriscada. Acabei por dizer que sim, mas sinceramente nem sabia muito bem onde era o Chipre. Só com o passar do tempo é que posso agora dizer que foi uma decisão acertada», recorda.

Os primeiros tempos foram uma grande desilusão. Nicósia parecia uma pequena aldeia ao lado da metrópole londrina. «Fiquei bastante desiludido. Era bastante jovem e o futebol no Chipre, nessa altura, era muito pouco profissional. Tivemos de nos adaptar mas, com o passar do tempo, acabou por ser muito bom». Os contrastes eram evidentes. «Londres é diferente de qualquer outra cidade em Portugal e ainda mais do Chipre. Não dá para comparar. O Chipre é uma ilha pequena e Nicósia é ainda mais pequena, não dá para comparar com outras cidades europeias. Foi uma adaptação difícil mas, com o passar do tempo, sinto-me agora em casa».

O passar do tempo, foi mais de uma década. Nuno Morais cresceu ao mesmo tempo que o futebol do Chipre. Ao longo de dez temporadas, foi sete vezes campeão e, nesta altura, com a braçadeira de capitão, tem um estatuto ímpar na equipa. «Agora gosto mais do Chipre e de Nicósia do que de Londres ou qualquer outra coisa. Estou super-adaptado, eu e a minha família, estamos muito felizes por todos estes anos que passámos aqui».

Com os sucessivos títulos de campeão, Nuno Morais tem tido todos os anos acesso às competições europeias. Ao longo da última década, depois da inesquecível estreia em Munique, o nosso protagonista acumulou mais de uma centena de jogos nos palcos europeus. «É uma marca história a nível pessoal. Não é fácil. Não fazia ideia, mas em Portugal não há muitos jogadores com mais de cem jogos na Europa». A verdade é que o grupo é mesmo muito restrito e conta com nomes conceituados como Cristiano Ronaldo, Luís Figo, João Moutinho, Simão Sabrosa , Ricardo Carvalho, Vítor Baía, Ricardo Carvalho e Ricardo Quaresma.

«Basta olhar para essa lista para ver que não é nada fácil, mas fico muito feliz por estar entre essa elite, deixa-me muito orgulhoso por fazer parte de um número tão restrito de jogadores que estão acima dos cem jogos. Não era um objetivo que tinha, confesso, até porque não fazia ideia do número de jogos que tinha, mas é bom saber que com o meu trabalho, ao longo de todos estes anos, cheguei a esse marco. Estou muito feliz e orgulhoso por pertencer a esse grupo», comentou.

Na última jornada da Liga dos Campeões, em que o APOEL somou mais uma proeza [empate em Dortmund], Nuno Morais chegou mesmo aos 101 jogos na Europa. Pouco mais de metade destes jogos, 52, são, naturalmente, jogos de fases preliminares, mas a verdade é que Nuno Morais já esteve em quatro fases de grupos da Liga dos Campeões e, em 2011/12, entrou para a história do APOEL aos chegar aos quartos-de final da liga milionária.

Por curiosidade, na primeira vez que Nuno Morais chegou à fase de grupos, em 2009/10, reencontra, além do FC Porto e Atlético Madrid, o Chelsea, onde praticamente conhecia toda a gente. «Calhou-nos um grupo muito difícil, um que eu já conhecia muito bem, outro português e ainda o Atlético Madrid. Nesse ano empatámos em Stamford Bridge (2-2). Foi a primeira vez que voltei a Londres e logo com um empate, mas já lá não estava o Mourinho».

2011/12 é a tal época que está escrita a letras de ouro nos anais do clube. O APOEL volta a encontrar o FC Porto na fase de grupos, mas ao contrário da primeira vez, em que somou duas derrotas, desta vez foi empatar ao Dragão (1-1) e acabou por ganhar o grupo com uma vitória em casa por 2-1 que remeteu a equipa portuguesa para a Liga Europa. «Foi na segunda vez, já com outra experiência, com jogadores de outra qualidade e com um futebol também mais evoluído. Tínhamos um grupo muito unido e fizemos uma campanha extraordinária na Liga dos Campeões. Contra o FC Porto estivemos muito bem, aliás, nessa campanha estivemos quase sempre bem e conseguimos resultados importantes. Com o FC Porto, no segundo jogo, estávamos a ganhar 1-0, o FC Porto, quase no final, fez um golo de penalty, mas nós, já nos descontos, conseguimos a vitória».

A campanha da equipa cipriota prossegue, nos oitavos de final, com uma épica vitória sobre o Lyon no desempate por grandes penalidades, depois de um empate no conjunto dos dois jogos (1-0 e 0-1). O destino voltava a reunir Nuno Morais com José Mourinho, com o sorteio a ditar um APOEL-Real Madrid. «Era uma missão impossível, mas foi um momento histórico para o clube e para todos os jogadores». Cinco anos depois de deixar Londres, Nuno Morais reencontrava Mourinho. «Quando eles vieram aqui, estive com ele. Eles vieram dar um passeio aqui perto do estádio, onde nós ficámos também. Acabámos por conversar um pouco na véspera do jogo».

«Tenho a camisola do Xavi em casa»

Em 2015, o APOEL já era um «habitué» na Champions. «Foi a terceira vez que fomos à fase de grupos da Liga dos Campeões e voltámos a ficar com um grupo bastante difícil, com o Barcelona, Paris Saint-Germain e Ajax. Foi ais uma experiência importante para o clube, mas desta vez não conseguimos os resultados que pretendíamos». O APOEL soma apenas um ponto, marca um golo e sofre doze. Mas a verdade é que depois de já ter defrontado o Chelsea, Real Madrid, PSG e Atlético Madrid, Nuno Morais somava mais uma «medalha» frente ao Barcelona de Messi. Mário Sérgio, antigo companheiro de Nuno Morais, já tinha contado ao Maisfutebol que tinha ficado com a camisola de Messi, mas Nuno também guardou uma relíquia. «Tenho a camisola do Xavi em casa, são coisas que a gente guarda do futebol, momentos únicos que nos fazem depois lembrar o que vivemos».

Já esta época, o APOEL está de volta à Champions. Começou mal, com derrotas diante do Real Madrid (0-3) e Tottenham (0-3), mas na última semana voltou a surpreender o mundo com um empate em Dortmund (1-1). «Conseguimos um resultado muito bom, mas mais uma vez estamos num grupo difícil e mesmo a qualificação para a Liga Europa vai ser muito difícil, mas temo-nos batido bem e neste jogo contra o Borussia fizemos um excelente jogo e conseguimos um grande resultado, tendo em conta a diferença entre a grandeza de um clube e outro»

«O Chipre é mais ou menos isto»

Voltando ao Chipre, Nuno Morais é um dos jogadores mais respeitados do campeonato local. «Não podemos ignorar o facto de serem dez anos, provavelmente sou um dos  jogadores com mais tempo no mesmo clube, tenho vários recordes pessoais no Chipre e no clube também [É o estrangeiro com mais jogos no APOEL]. Os números falam por si, não tenho de dizer muito mais. São dez anos muito bons, o clube cresceu muito e as pessoas aqui no Chipre têm esse respeito e carinho por mim», conta.

Depois das desconfianças iniciais, Nuno Morais sente-se agora em casa, em Nicósia. «É um lugar onde me sinto bem, passei muito tempo aqui, tive momentos bons outros menos bons, mas felizmente os momentos bons são bastantes e deixam-me muito feliz». E como é a «casa» adotada por Nuno? «É uma cidade pequena, no meio do Mediterrânio, que faz um pouco a ligação da Europa com o Médio Oriente. Tem um misto de culturas, tanto dos ingleses que estiveram aqui, como dos países em redor. Tem um pouco dos gregos também, dos próprios turcos e do Médio Oriente. É um lugar tranquilo, com tempo bom e praias bonitas. Aqui em Nicósia até não há praias, porque estamos mesmo no centro da ilha, mas o Chipre tem praias muito bonitas e um clima fantástico. Durante quase todo o ano é verão. O Chipre é mais ou menos isto», conta.

Aos 33 anos, a realizar a 11ª temporada no Chipre, Nuno Morais tem contrato até jungo de 2018, mas não quer olhar mais além, pelo menos, para já. «Não faço planos, todos os anos deixo o futuro nas mãos de Deus. Este ano não vai ser diferente. Trabalho diariamente para dar o meu melhor para o clube, depois logo se vê. Neste momento só penso nas funções que tenho agora e já não é fácil, portanto vamos ver depois quando chegar o tempo o que vamos fazer», conta ainda.

Mário Sérgio foi alvo de uma bonita homenagem quando, há um ano, deixou o APOEL para ir jogar no rival Apolon. Nuno Morais nem quer pensar no que lhe vão fazer na despedida. «Lembro-me perfeitamente, o Mário também passou aqui bastante tempo e foi um jogador que os adeptos gostavam muito. Fizeram-lhe uma pequena homenagem que foi mais do que merecida, não só pelo jogador que foi aqui, mas também pela excelente pessoa que sempre demonstrou ser aqui no clube. No meu caso, não sei, ainda nem quero pensar nisso. Ainda é cedo para pensar no adeus», remata.