A vitória desta sexta-feira foi mais um passeio no Jamor entre os muitos que James Blake tem aproveitado para dar desde que chegou a Portugal. Depois de uma primeira derrota no Casino de Estoril e que o obrigou a correr atrás do prejuízo dentro de court, o norte-americano conquistou os primeiros minutos de fama no Jamor com a vitória sobre Frederico Gil e espera, agora, que a tradição, que por sinal desconhecia, de quem vence o português ser um finalista antecipado, se mantenha.
«Espero continuar aqui até domingo, mas o Nikolay é um grande adversário. É bom sabê-lo agora e gostaria de manter a tradição. O Gil é um grande jogador, não nos dá muitos pontos de borla, não foi uma partida fácil de ganhar e por aí se explica o facto de quem lhe ganha chegar à final», observou Blake, na conferência que se seguiu ao apuramento para as meias-finais, que vai disputar com o russo Davydenko.
«O tempo tem estado fantástico, só hoje se sentiu um bocado o vento, os adeptos também têm sido espectaculares, apesar de não terem gostado de mim frente ao Gil, o que é normal, mas desde então não tem faltado apoio. Estou num hotel perto da praia e ao pé do casino. Não podia ser melhor», garantiu.
O Estoril Open marca, também, a estreia de Blake em terra batida esta temporada, palco que muitos consideram não ser o melhor para o ver em acção. «A única explicação que tenho é que podia estar menos confiante noutros desafios, mas sempre senti que podia fazer frente a qualquer pessoa na terra batida, excepto a Nadal [sorriso]. Tenho-me sentido muito bem e resolvi dar um desconto a mim mesmo, jogando sem arrependimentos, para ganhar e não para não perder», defendeu.