Afinal, a anunciada greve dos jogadores do Estoril para o jogo com o Barreirense não se concretizou, com a equipa a entrar em campo depois da hora para vencer o adversário por 2-1, em encontro relativo à 16ª jornada da Liga de Honra. Apesar do volte-face, o plantel do Estoril foi entretanto desfalcado, com os pedidos de rescisão apresentados por seis jogadores (João Comboio, Moreno, Carioca, Yoni, Moses e Hugo Santos), a que se acresce a previsível saída do médio defensivo Paulo Sousa, que representa o clube há quatro épocas, a caminho do Boavista.
Dionísio Castro, ex-atleta e sócio da empresa LP Brothers, apresentou-se na Amoreira em representação de um grupo de investidores disposto a assumir o controlo da SAD e a injectar os capitais necessários para regularizar a situação financeira do Estoril. Uma alternativa negociada na véspera com António Figueiredo, conforme este explicou ao Maisfutebol, que só não foi concretizada devido à falta de garantias de pagamentos dos valores em dívida.
Abrem-se, assim, novos horizontes para o futuro do Estoril, e António Figueiredo acredita mesmo que será possível segurar alguns jogadores que pareciam estar de saída, apesar de reconhecer que a mudança de Paulo Sousa para o Boavista não pode ser impedida: «A mudança do Paulo Sousa para o Boavista já esteve para acontecer no início da época, e ainda hoje não percebo porque não aconteceu, talvez por opções de ordem técnica. O Boavista tem cinquenta por cento do passe do jogador e, caso seja essa a sua vontade, não iremos dificultar o negócio. Sempre tivemos boas ligações com o Boavista, como se pode constatar com o facto de termos emprestado o Rui Duarte. Mas, depois do que aconteceu, temos de conversar, porque mesmo os jogadores que apresentaram as cartas de rescisão ainda podem voltar atrás».
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