Sérgio Vieira, treinador do Estrela da Amadora, em conferência de imprensa, depois do empate cedido diante do Vizela (1-1), no Estádio José Gomes, em jogo da 16.ª jornada da Liga:

Teve mais jogadores disponíveis na preparação deste jogo, teve outro sabor?

- Não me soube melhor, fico feliz pelo regresso do Pedro Mendes, do Gustavo, do Omurwa, do Mansur, mas temos outros jogadores importantes que continuam de fora. Precisamos desses jogadores para que o grupo fique mais completo na preparação dos jogos. Não conseguimos ter os jogadores todos no banco e a qualidade de uma equipa também se vê por isso. Fico feliz por eles, mas mais uma vez o resultado soube a pouco. O objetivo eram os três pontos, tínhamos de fazer tudo bem e fizemos no período inicial. Precisamos de fazer isso o jogo todo, mas para isso precisamos que os jogadores recuperem e possam ajudar.

Pedro Mendes saiu a meio da segunda parte, foi gestão?

- Está a fazer um processo de ganhar confiança novamente, face à idade e maturidade que tem. Tem de se adaptar ao estilo competitivo ao mais alto nível, esteve muito tempo parada e o corpo humano ressente-se disso, não tem memória da competição. Estava planeado que iria fazer, no mínimo, 45 minutos, depois mais cinco, dez ou quinze minutos. Já estava a sentir os gémeos com uma pedra, mas foi muito bom para ele voltar a competir depois do problema que teve. Estamos aqui para o ajudar a fazer essa gestão e a elevar o nível dele para que ele cada vez nos possa ajudar mais.

Ronaldo Tavares teve duas boas oportunidades, mas atirou ao lado. Problemas de finalização?

- O Ronaldo sabe do compromisso que temos, qual a história dele até chegar à nossa convivência. Tem potencial para um avançado de elevadíssimo nível, ele quer muito isso, mas precisa de passar por esse processo, precisa de continuar a crescer para ser mais eficaz, não só nas as oportunidades que tem, mas também para ganhar duelos e fazer pressão. Ele sabe que pode, existe esse compromisso entre nós, mas teme uma margem muito grande de crescimento. Para nós, em termos coletivos, fica um sentimento de frustração. É a frustração da ambição. Temos a ambição de ganhar todos os jogos, sentimos que somos capazes, mas depois não conseguimos, mas não é por falta de capacidade, é por falta de tempo para trabalhar com estes jogadores. A segunda parte do campeonato vai ser importante, com a competitividade do Rodrigo Pinho. Vai ser bom para que eles [avançados] elevem os seus níveis.