Leia a crónica do jogo

Djuricic: a primeira aparição de águia ao peito contrariou aquilo que Jorge Jesus disse em entrevista à Benfica TV. Não é parecido com Saviola, antes um «maestro» ao jeito de Rui Costa, até pela aparência física. Procurou pegar no jogo no último terço e esteve em destaque ao fazer as assistências para os dois primeiros golos, participando também na construção do terceiro tento, com um toque habilidoso. Não precisa de prender muito a bola para dar nas vistas, seja com toques curtos ou a fazer passes de rutura para os avançados. Mostrou já um bom entendimento com Lima e Salvio, jogadores que podem tirar proveito das suas características.

Lisandro: Obrigado a jogar todo o encontro, por força da indisponibilidade de Steven Vitória, o central contratado ao Arsenal de Sarandí teve pouco trabalho, mas ainda assim a confirmar rapidez e segurança na abordagem aos lances. Mostrou ter capacidade técnica para sair a jogar e deixou desde já o aviso de que será um perigo à solta nas áreas contrárias, em lances de bola parada.

Bruno Cortez: Confirmou a forte vocação ofensiva e também os problemas com a recuperação defensiva. Sempre que a bola lhe chega aos pés gosta de olhar para a frente e avançar sobretudo com combinações curtas, mas depois há o ponto fraco. Logo aos 11 minutos foi surpreendido nas costas, num lance em que Matic perdeu a bola a meio-campo, e o lance do golo do Etoile Carouge surge do seu lado. De forma algo estranha deixou fugir Delley, que entrou na área em diagonal e bateu Artur.

Sulejmani Foi o destaque do segundo tempo, ao apontar dois golos. Não esperem dele grandes correrias, mas define muito bem as jogadas, sobretudo quando faz o típico movimento do flanco direito para a zona central, à procura do pé esquerdo. Tem um remate muito forte, embora também tenha mostrado que consegue ir à linha cruzar com o pé direito.

Sílvio A polivalência foi aplicada logo no primeiro jogo pelo Benfica (na equipa principal, claro). Começou na direita e depois passou para a esquerda, quando Cortez saiu. Arrisca menos que o brasileiro mas também dá maior solidez defensiva. Entrega fácil a bola, sem grandes floreados, e aparece no ataque sobretudo em segunda vaga, quando a equipa já está instalada no meio-campo contrário, e não a tentar movimentos de rutura. Por isso está menos sujeito a ser surpreendido nas costas.

Mitrovic O adversário não o testou verdadeiramente (nem à defesa, no geral), mas mostrou-se autoritário, sobretudo pela capacidade física que aplica nos duelos individuais. Confirmou também que é mais um jogador para ter em conta nos lances de bola parada.

Markovic: Exibição algo inibida, uma vez que a equipa da segunda parte tinha mais caras novas (entre reforços e jogadores que estiveram emprestados), pelo que os automatismos eram também menores. Mostrou bons recursos técnicos mas faltou-lhe alguma objetividade. Teve ocasião para marcar um golo mas tentou o chapéu ao guarda-redes e a bola saiu muito por cima.